11/09
11/09, Blog do Mirada, data »

A atriz argentina María Merlino (fotos) arrancou suspiros e aplausos em cena aberta durante a apresentação do monólogo “Nada del Amor me Produce Envidia”, ontem, no fosso do Teatro do SESC Santos – além de gritos de “bravo” no final. Apesar de ser um melodrama musical – com direção de Diego Lerman -, a atriz imprimiu presença elegante e fez uma interpretação delicada do texto de Santiago Loza.
11/09, Blog do Mirada, data »

No dia em que se completa mais um ano do atentado às Torres Gêmeas de Nova York, o teatro promove o entendimento e o reconhecimento das diferenças no MIRADA, que se encerra hoje, às 21h30, com nova apresentação de “La Odisea”, do grupo Teatro de Los Andes, da Bolívia. Leia comentários do público sobre a peça que melhor simboliza o intercâmbio entre culturas.
11/09, Blog do Mirada »

Durante todos os dias e noites do MIRADA, uma senhora ruiva, de olhos azuis, pequenina e inquieta (tanto que a foto saiu um pouco fora de foco) circulou alegremente por todos os espaços e atrações do Festival. Ela falou e hablou muito. Durante os debates, ela apresentava a mesa sempre de maneira informal e divertida. É Isabel Ortega, organizadora de eventos que visam o entendimento cultural.
05/09, 11/09, Brasil, Fonte do Sapo, Nacional, Praça da Paz Universal, espetáculo, teatro de rua »
O capitalismo ganha uma crítica bem-humorada do grupo da cidade-sede do Festival. Um cortejo profético anuncia o jogo que seis gerentes de venda estabelecem com o público ao ar livre. O espetáculo de 2007 questiona o homem moderno e o que pode haver de patético na relação do trabalho com o sonho de prosperidade. A Trupe Olho da Rua surgiu em 2002 com o objetivo de pesquisar, exercitar e difundir o gênero, suas dimensões artística e cidadã. As referências são a linguagem do palhaço e a música de bases melódica e percussiva. O núcleo montou nove peças afeitas à farsa, ao circo, ao épico e ao musical. Organizou seis edições da sua Caravana pelo Mundaréu, percorrendo os litorais de SP e RJ. Foi parceiro do encontro santista A Rua é o Palco, de 2008. E idealizador da 1ª Mostra de Teatro Olho da Rua, de 2009, na qual recebeu seus pares locais e de outros Estados.
06/09, 07/09, 08/09, 09/09, 10/09, 11/09, Brasil, Galpão do Porto - Armazém 7a, Nacional, destaque, espetáculo »

A produção deste ano reúne criadores ligados ao Teatro de Grupo em São Paulo. A recriação do clássico de Dostoiévski teve boa repercussão crítica e ingressos esgotados. No Brasil, o substantivo “novela” é mais associado à trama em episódios na TV do que à narrativa literária. O subtítulo refere-se às três partes, uma por noite, em que o espectador pode acompanhar a adaptação. Michkin é o príncipe despido de dotes, um visionário misto de Cristo e Dom Quixote. Ele retorna à Rússia após tratar de epilepsia. Do trem à estadia, envolve-se em novelo amoroso, financista e sagrado. Quem ancora o projeto é a Mundana Companhia, fundada em 2007. A diretora é da Companhia Livre. Ela e outros nomes do projeto passaram pelo histórico Grupo Oficina. Vertigem e Companhia São Jorge de Variedades também estão representados.
10/09, 11/09, Chile, Internacional, Teatro Guarany, espetáculo »

A criação coletiva retrata a estupidez e o vazio dominantes na sociedade pós-ditadura chilena (1973-1990). Na sala de (mal) estar de uma casa, seis pessoas revelam-se cada uma delas em sua ilha. São talvez quatro horas da madrugada, acabou a bebida, a música, ninguém dança e elas tampouco têm ideia do que celebram. O marasmo e o silêncio dão lugar ao riso postiço, aos diálogos fugazes. Algumas apelam a “shows” individuais na ânsia por dissimular o desconcerto. O espetáculo propõe uma partitura feita de movimentos, atmosferas, sensações e ruídos. Em suma, os malefícios da inconsciência, da desmemória. Trinidad González dirige o projeto paralelo a seu grupo, o Teatro en el Blanco – premiado núcleo surgido na cena chilena em 2004 e que o Brasil conheceu há pouco com Neva e Diciembre, nos quais ela atua sob encenação de Guillermo Calderón.
11/09, Brasil, Ginásio SESC Santos, Nacional, espetáculo, infantil »

O tom desse musical para crianças é a mistura entre o popular e o erudito com atalho para o circo-teatro, uma casamento típico da cultura pelo interior do país. Samba e ópera vão à mesma roda de brincadeiras para falar de amor e arte. O texto conta as confusões do criado Espoleta. Ele promete ao desafinado patrão uma ópera em seu castelo. Mas, tentado a economizar algumas moedas, contrata uma trupe de picadeiro para a tal apresentação. O espectador em formação acompanha um jeito brasileiro de criar e, sobretudo, de mesclar influências. São 11 atores-músicos que não saem de cena, cantando e tocando ao vivo canções que flertam com a MPB. A Banda Mirim surgiu 2004 com o show Felizardo, que depois virou teatro e inovou no jeito original de contar histórias. Chega à quarta peça que também caiu nas graças do público e da crítica.
10/09, 11/09, Casa da Frontaria Azulejada, Colômbia, Internacional, destaque, espetáculo »

Formado em 1994, o coletivo de Bogotá estende as artes cênicas a territórios do vídeo, música e artes plásticas, entre outros, para jogar com o imaginário social. A produção de 2010 é exemplar disso. Às vésperas do Réveillon de 2009, o Mapa Teatro rumou para a cidade de Guapi, na costa do país, beirando o Pacífico. O objetivo: acompanhar o Dia dos Santos Inocentes, 28 de dezembro, quando as ruas são tomadas por mascarados que dão chibatadas a quem lhe cruzar o caminho, tal Herodes perseguindo crianças, reza a crença local. Um testemunho da barbárie e autoflagelos. As imagens capturadas intercalam cenas ao vivo de um fim de festa. Narradores e artistas populares vindos da terra do rebu espelham a guerra colombiana entre realidade e ficção.
10/09, 11/09, Auditório SESC Santos, Equador, Internacional, destaque, espetáculo »

Todo domingo, ao entardecer, eles se encontram para imaginar outra realidade possível. Perseguidos por manifestar consciência crítica, dois presos políticos agarram-se às reinações de Quixote e Sancho Pança, o fio da meada para sobreviver, nesta montagem de 2005. Trocam fábulas entre si para, quem sabe, transpor os muros de segurança máxima feito o herói de Cervantes a confrontar monstros e moinhos gigantes. O Malayerba foi criado em Quito em 1979, formado por criadores vindos da Argentina e Espanha, entre eles o ator, diretor e dramaturgo Arístides Vargas e a atriz María del Rosario “Charo” Francés. O núcleo circula com frequencia por Europa, Estados Unidos e América do Sul, tendo se apresentado inclusive no Brasil. Seus espetáculos abarcam a rica diversidade cultural e a complexa história do Equador, assim como questões de migração, exílio, violência política e individual e memória coletiva.
10/09, 11/09, Bolívia, Internacional, Teatro SESC Santos, espetáculo »

O grupo associa a narrativa épica do grego Homero à perseguição atual em países que adotam lei anti-imigração. Milhões de Ulisses abandonam suas terras em busca de paraísos quase sempre inóspitos. No original, o herói põe fim aos desmanches material e moral de Ítaca, onde vai resgatar a mulher e os filhos 20 anos depois de partir. A aventura é um testemunho de processos históricos, políticos e sociais. Memória e presente versus xenofobia. O sentido de urgência se expressa por meio de fontes da cultura andina. Criado em 1991, o Teatro de Los Andes abriga artistas de outros países: Argentina, Brasil e Itália. Sua sede fica numa comunidade próxima a Sucre, onde ensaia, se apresenta, realiza encontros e oficinas. Desde 1995, o núcleo edita a revista El Tonto del Pueblo.