As questões levantadas no “Livro das Juventudes Sul-Americanas” – resultado da pesquisa coordenada pelo Ibase – interessam também ao MIRADA e, sobretudo, ao teatro sul-americano, como mostram três espetáculos que têm a juventude como protagonista, ponto de partida ou pano de fundo: “Gigantes pela Própria Natureza”, da Cia de Mystérios (Brasil), “Mi Muñequita”, da Complot (Uruguai) e “Fiesta”, de Trinidad González (Chile).
O que você sabe sobre seus vizinhos da América do Sul? Qual a situação dos jovens nestes países? Desde 2004, grupos de pesquisadores vêm lançando estas questões em seis países do continente – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai – e revelam, assim como o MIRADA, que há muito mais semelhanças do que diferenças entre “nosotros”.
Com feriado nacional prolongado à vista (7 de setembro), não tem desculpa para deixar de vir a Santos durante o MIRADA. Serão apresentados 21 espetáculos dos 31 que fazem parte da programação e uma série de atividades formativas, como exposições, encontros e debates – ou seja, a organização do Festival conseguiu concentrar mais da metade das atrações para os dias de folga.
Raros criadores contemporâneos ousam voltar a um tempo em que os papéis masculinos eram bem definidos e falar de jovens dedicados a tarefas rurais – quando as novas tecnologias encantam e desafiam diferentes gerações –, mas o jovem dramaturgo e diretor argentino Marcelo Mininno revolveu as próprias origens no campo para escrever e dirigir “Lote 77″, que será apresentando no MIRADA.
Reprodução de reportagem publicada no dia 18 de agosto, no Jornal A Tribuna, de Santos, sobre o lançamento do MIRADA. Trecho de texto assinado por Gustavo Klein destaca a fala de Danilo Miranda, diretor regional do SESC SP: “É um marco importante tanto para o SESC, quanto para a cidade de Santos e para o teatro. Faz falta para o Brasil uma maior integração com os outros países da América. É preciso olhar para fora de nossas fronteiras”.