As questões levantadas no “Livro das Juventudes Sul-Americanas” – resultado da pesquisa coordenada pelo Ibase (ver post anterior) – interessam também ao MIRADA e, sobretudo, ao teatro sul-americano, como mostram três espetáculos que têm a juventude como protagonista, ponto de partida ou pano de fundo: “Gigantes pela Própria Natureza”, da Cia de Mystérios (Brasil), “Mi Muñequita”, da Complot (Uruguai) e “Fiesta”, de Trinidad González (Chile).

A Grande Companhia Brasileira de Mystérios e Novidades vasculhou nossas raízes ibéricas, indígenas e africanas para criar o espetáculo de rua “Gigantes pela Própria Natureza” (foto acima), que tem a participação da Orquestra Itinerantes de Rua Sobre Pernas de Pau, formada por jovens aprendizes de comunidades cariocas. Dirigida por Ligia Veiga, a montagem é resultado de oficinas realizadas com 45 jovens do projeto Escola Sem Paredes. Destes 14 formam a orquestra junto a cinco atores-músicos da Cia de Mystérios. Dia 6/9, 16h, Fonte do Sapo

O dramaturgo uruguaio Gabriel Calderón tinha apenas 17 anos quando escreveu a peça “Mi Muñequita” (foto acima), que ganhou os palcos em 2004, quando o autor contava com 21 anos de idade. O espetáculo foi sucesso de público e crítica em seu país natal, atraindo, principalmente, jovens espectadores ao teatro. A história é protagonizada por uma menina que tem tenta se libertar da opressão familiar. Dias 8 e 9/9, 19h30, Auditório do SESC Santos

A alienação política da juventude é o foco de “Fiesta”, peça criada coletivamente que aborda a sociedade chilena após a ditadura de Pinochet. Em um apartamento de classe média, de madrugada, o clima de fim de festa coloca um grupo de jovens diante da própria estupidez. Dias 10 e 11/9, 18h, Teatro Guarany

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