Assim como as artes cênicas absorvem outras expressões artísticas, o cinema é uma das áreas que mais recebe criadores vindos do teatro. Dos espetáculos que compõem o MIRADA, vários têm dramaturgos, diretores e/ou atores que se dedicam à produção cinematográfica. Entre eles, estão: Diego Lerman (foto), Claudio Tolcachir, Enrique Diaz, Daniel MacIvor, Fernando Eiras, Emílio de Mello e Juan Cavestany.
Além dos artistas e criadores nacionais e internacionais que desembarcam em Santos na próxima semana, quando começa o MIRADA, também chegam à cidade 21 representantes de festivais do Brasil e do Exterior que irão acompanhar todo o Festival. Há, também, jornalistas estrangeiros, como Carlos Gil Zamora (diretor da Revista Artez, Espanha) e Nestor Norma (do Diario La Capital e Boletín Argentino).
Neste momento em que o noticiário mundial acompanha as mais recentes tragédias e esperanças de países da América Latina, o MIRADA deve ajudar a fortalecer os lastros culturais entre os povos latino e ibero-americanos, revelando – no palco e na rua – nossas dores, alegrias e, sobretudo, como nos enxergamos e olhamos para o mundo. Estes olhares estão representados por diferentes gerações de artistas e grupos teatrais que se encontram no Festival.
Esta é uma das cenas de “Monstruos y Prodígios: la Historia de los Castrati”, da companhia mexicana Teatro de Ciertos Habitantes, que abre o MIRADA e leva um cavalo de verdade à cena (leia no post anterior). Com dramaturgia de Jorge Kuri e direção de Claudio Valdés Kuri, o espetáculo mescla teatro e ópera para falar do fenômeno dos castrati (do italiano, “castrados”), que formavam um grupo especial de cantores líricos que existiu na Europa do século 16.
Está vendo o cavalo aí da foto? Da raça Puro Sangue Lusitano, o nome dele é Thor, e ele vai estrelar o espetáculo mexicano “De Monstruos y Prodígios: la Historia de los Castrati”, que abre o MIRADA, na quinta-feira, dia 2 de setembro, com reapresentação na sexta, dia 3, no Teatro SESC Santos. Thor chegará da cidade de Ibiúna (SP) na quinta-feira (1/9), para ensaios. Afinal, ele representará nada menos do que o cavalo de Napoleão Bonaparte.