O MIRADA vai mostrar que uma parte das produções selecionadas para o Festival tem buscado inspiração nos autores clássicos e modernos.
São recriações e adaptações que vão do fundador da literatura ocidental, o grego Homero, passando por Cervantes (século 16), até os escritores e dramaturgos do século 19 e 20 – Tchekhov, Ibsen, Dostoiévski e Lima Barreto.
As identidades, processos e produções ibero-americanas passam pelo MIRADA, nas atividades formativas oferecidas pelo Festival, visando, sobretudo, as trocas humanas. Criadores brasileiros e estrangeiros se encontram com o público no Diálogo Entre Fronteiras – Mesas de Discussão, que vai de 5 a 8 de setembro, sempre às 11h, trazendo o dramaturgo Samir Yazbek (foto) – que acabou de estrear o espetáculo “As Folhas do Cedro”.
Uma parte importante e estimulante do trabalho da equipe que está organizando o MIRADA tem sido encontrar espaços adequados para cada tipo de espetáculo. Uma construção que tem representado um grande desafio para a equipe é a Casa da Frontaria Azulejada – localizada na Rua do Comércio, 93, no Centro de Santos –, que irá receber quatro espetáculos.
O público brasileiro terá oportunidade rara de conhecer uma seleta mostra de espetáculos argentinos durante o MIRADA. País homenageado nesta primeira edição do Festival, a Argentina está representada em sete espetáculos, dos quais três são do premiado diretor e dramaturgo Daniel Veronese, conhecido recentemente no Brasil pelos espetáculos “Teatro para Pássaros” e “Gorda” (escrita por Neil Labute) – este com os atores brasileiros Fabiana Karla e Michel Bercovitch.
O esforço de dar novo uso às edificações do centro histórico de Santos será intensificado durante o MIRADA, que será realizado em dois antigos teatros municipais – o Guarany (nas fotos, antes e depois) e o Coliseu, que passaram por obras de restauro e estão sendo reinaugurados pela prefeitura – e na Casa da Frontaria Azulejada, que também passou por reformas e vai abrigar quatro espetáculos do Festival.