O absurdo universal
O idioma é o espanhol, os atores, venezuelanos, mas a história de “Passport” é universal. Os absurdos gerados pelo abuso de poder e pelo preconceito ganham contornos kafkianos na peça escrita pelo dramaturgo carraquenho Gustavo Ott em 1988, mas cuja atual montagem data de 2003.
Apresentada em duas noites no MIRADA (3 e 4 de setembro), na Casa da Frontaria Azulejada, a produção venezuelana dirigida por Luiz Domingos González coloca no centro da cena uma imigrante que, ao chegar em uma estação de trem de um país não identificado, é obrigada a desembarcar e tem sua dignidade aviltada por um soldado que não fala a mesma língua.
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