O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, está sendo pensado há cerca de três anos, a partir da ideia de promover o encontro das produções latino-americanas e ibéricas. Sua realização conta com a  inspiração e a colaboração de Isabel Ortega (consultora e pesquisadora de teatro), Pepe Bablé (diretor artístico do Festival Ibero-Americano de Cádiz, na Espanha – cidade irmã de Santos),  Ramiro Osório (diretor artístico do Teatro Julio Mario Santo Domingo, de Bogotá) e Danilo Miranda (diretor regional do SESC São Paulo).

Miranda lembrou que era desejo de todos os envolvidos na realização do Festival criar um encontro de teatro que fosse espelho do momento histórico por que passam os países latino-americanos e ibéricos, “momento em que questões políticas, econômicas e culturais são colocadas em realidades novas”, e citou o filósofo e antropólogo Edgar Morin ao ressaltar a missão educativa do SESC por meio dos debates e palestras que estão na programação do MIRADA: “Afinal, cultura que não provoca não é cultura, é entretenimento, é diversão”.

Assistido pelo diretor do CPT (Centro de Pesquisa Teatral) Antunes Filho; pelo Ministro de Cultura da cidade de Buenos Aires, Hernán Lombardi; e por Carlos Teixeira Filho representando o secretário de Cultura de Santos, Carlos Pinto – que estavam no palco do teatro do SESC Consolação –, Miranda também destacou as semelhanças entre as cidades de Cádiz, na Espanha, e Santos, pois ambas têm sua história ligada ao porto e ao mar, enquanto Cádiz fez conexão com toda a América espanhola – como porta de onde as caravelas espanholas saíram, há mais de 500 anos –, Santos conectou os países latino-americanos.