PONTO DIGITAL MIRADA

Cabras – cabeças que voam, cabeças que rolam em 10 imagens
Guerra, festa e fé: as cabras - ou os cabras - se aventuram em um mundo onde viver é perigoso
Por Indiara Duarte/Sesc Sorocaba

“A barra do dia subiu e o bando já havia saído. Eram vinte pegadas de alpercatas, contou o vento que passava por ali, e quando chegou ao rio o bando já tinha passado.”

“O homem que vai me matar nunca vi, mas sei quem é. Já nasceu, com certeza, e vejo o brilho do sol na arma que ele acaba de limpar.”

“Toda coisa, tudo que existe no mundo tem uma finalidade. Se não, é o mundo em revelia, sem ordem, tropelia e confusão.”

“Dizem que aquilo era religião. Que fosse! De alguma espécie era.”

” E, assustada, com o sacrilégio dessa oração, ela começa uma reza cristã pelo perdão e misericórdia, mas não desdiz a blasfêmia proferida.

“Me tome! Enche meu ventre com a seiva do seu espírito e faça de mim seu gozo, Senhor!”

Vida de gente é risco de raio, ribombo de trovão, e cumpre, nesse curto espaço de tempo, procurar e achar o sentido dela.”

“Em tempos antigos, o mundo era de ninguém. Palavra – ordem – não tinha, nem se cumpria mando. Mundo era desordem, embora muito bem ajustado.”

“Tirem as sandálias dos pés porque a terra onde pisam é sagrada. E sobre essa terra pasta uma cabra.”
Confira aqui a crítica do espetáculo.
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