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PONTO DIGITAL MIRADA

As impressões de quem virou refugiado por uma hora

Os depoimentos de quem vivenciou FUGIT

Por Renata Dantas/Sesc Belenzinho

Refúgio. Uma das palavras mais ouvidas nos últimos tempos aqui e no resto do mundo. Mas qual o significado e abrangência que essa palavra carrega? Dizem que é impossível se colocar no lugar do outro quando nunca se passou pela mesma situação, mas aí vem a Compañía Kamchàtka, com o espetáculo Fugit pra justamente te aproximar da questão, reproduzindo de forma poética e dura as situações, medos, aflições e incertezas que eles passam. Após o espetáculo/vivência, conversamos com quem também se  jogou nesse processo imersivo pra saber o que sentiram.

Lucas das Neves

“Achei a dinâmica muito interessante em relação à simples fuga e separação. O que é a separação e o que vai ser? O que que vem depois? Essa é a sensação que o espetáculo deixa.” Lucas das Neves

Gustavo Jeronimo

“A minha maior impressão foi sobre a desvalorização do ser humano. O medo do que vai acontecer, medo de estar perdido. De não saber se o próximo passo é a morte ou a sobrevivência. Pensar que enquanto a gente vive nossa vida comum, tem gente tentando viver com o mínimo.” Gustavo Jeronimo

Allan Pereira

“A experiencia é muito forte. Bem imersivo. Um momento que me tocou bastante foi quando a gente divide o alimento. Ali me senti na situação de um refugiado mesmo. E essa incerteza do que vai acontecer depois é incrível. Vou levar na minha vida, pra dar valor ao que eu tenho.” Allan Pereira

Daniela Armentano

“O fato deles colocarem a gente em situação de separação é forte.
Logo no começo me separaram do meu marido e eu fiquei… quando a gente se encontra é uma sensação que até dói pra falar, sabe?” Daniela Armentano

*Leia mais artigos sobre o Mirada 2016 aqui.