4 (ESP)
RODRIGO GARCÍA
75 minutos
16 anos
75 minutos
16 anos
R$40 – inteira
R$20 – meia
R$10 – credencial plena
Desista de encontrar um tema a priori em peça de Rodrigo García, o diretor e dramaturgo argentino radicado em Madri, onde fundou o coletivo La Carnicería Teatro, em 1989. Para ele, é tarefa do espectador detectar o que lhe pareça essencial. A forma costuma ser radical e flerta com a cultura de massa. Mesmo ao criticar o triunfo do consumismo, como nesta criação de 2015.
Entre os ruídos de imagens, estão movimentos com roupa ensaboada, galos que calçam tênis infantis e vagueiam livremente, minhocas presas por plantas carnívoras, desenhos animados, o sobrevoo de um drone e reflexões sobre o doggy style.
O palco poderia ser uma tela frontal com perpendiculares, volumes, frente, fundo e vazios compostos de texto, vídeo, corpo, objeto, música. O artifício das artes cênicas é munição poética para o manifesto contra a fabricação da imagem, as ditaduras publicitárias e industriais do que é beleza. A violência sobre a mulher, o homem, o velho e, como mais perversão, o adolescente e a criança.
Em tempo: o título alude ao número de atores (participam ainda duas meninas da cidade de Santos, por volta de dez anos).
TEXTO, ESPAÇO CÊNICO E ENCENAÇÃO RODRIGO GARCÍA
COM GONZALO CUNILL, NÚRIA LLOANSI, JUAN LORIENTE E JUAN NAVARR
CENOGRAFIA E LUZ SYLVIE MÉLIS
CRIAÇÃO DE VÍDEO SERGE MONSÉGU, DANIEL ROMERO E RAMÓN DIAGO
CRIAÇÃO DE SOM DANIEL ROMERO, SERGE MONSÉGU E JUAN NAVARRO