Tão diferentes e tão iguais

Com um sentimento visível de emoção respeitosa, o dramaturgo, ator e diretor brasileiro Samir Yazbek abriu a solenidade de lançamento da segunda edição do MIRADA, quarta-feira (15 de agosto), no teatro do SESC Santos lendo textos de três grandes autores mexicanos – Carlos Fuentes (“O Espelho Enterrado”), Juan Rulfo (“Pedro Páramo”) e Octávio Paz (“A Outra Voz) – que têm em comum o desejo de mudanças políticas na busca pela justiça social nessa América Latina tão desigual.
País homenageado nesta edição do Festival, o México será representado por sete espetáculos que refletem questões que falam não somente ao seu povo, mas a todos os povos ibero-americanos, como os fluxos migratórios, a luta pela democracia, pela igualdade de direitos e pela sobrevivência da humanidade através de sua cultura, da arte e da poesia, essa “lufada de ar que não ocupa lugar no espaço”, como escreveu prêmio Nobel Octávio Paz.
Autor de peças como “O Fingidor”, “A Terra Prometida” e “A Entrevista”, Yazbek deixou o palco para a atriz Ligia Cortez (filha de Raul Cortez e Célia Helena) saudar as autoridades presentes e chamar ao palco o diretor regional do SESC, o professor Danilo Santos de Miranda, que destacou as ações dos curadores e equipe do Festival para a realização de uma edição quantitativamente maior, em busca de uma seleção ainda mais expressiva da produção ibero-americana de teatro.
Na foto abaixo, da esquerda para a direita: Samir Iazbek, Ligia Cortez e Sebastião Milaré, autor – junto de Emidio Luisi – do livro “Antunes Filho – poeta da cena” (Selo SESC), que terá lançamento durante o MIRADA.