Acompanhe as novas obras de grupos e criadores que retornam ao MIRADA

Sin Titulo_Foto Miguel Rubio (02)

“Hecho en el Perú, Vitrinas para um Museo de la Memoria”, “La Odisea”, “Mi Muñequita”, ”In On It”, “Vida”, “O Idiota – Uma Novela Teatral” e “Policarpo Quaresma”... o que estes seis espetáculos têm a ver com o segundo ano do Festival?

Todos são de autoria de grupos e criadores que retornam com novos trabalhos ao MIRADA, respectivamente: Grupo Cultural Yuyachkani (Peru), Teatro de Los Andes (Bolívia), Complot Cia de Artes Escénicas Contemporáneas (Uruguai), Enrique Diaz, Companhia Brasileira de Teatro (Uruguai), Mundana Companhia de Teatro e Grupo de Teatro Macunaíma/Centro de Pesquisa Teatral (do Brasil).

Para quem acompanhou alguma das produções acima na edição de 2010, rever estes grupos em cena representa oportunidade de acompanhar um pouco da trajetória de seus criadores, de observar os temas que lhes têm impelido a se expressar.

Aos 41 anos de existência, o Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru, traz um espetáculo inédito: “Sin título, técnica Mixta” (foto acima), em cartaz desde 2004. Criação coletiva, a montagem apresenta as mesmas provocações cenográficas e temáticas (evocações à religiosidade e à resistência política do povo peruano) com “Hecho en el Perú…” (de 2001) – ambos têm concepção e direção de Miguel Rubio Zapata. Se no espetáculo anterior os atores ocupavam pequenos cenários que lembravam vitrines estáticas dentro da Casa da Frontaria Azulejada (no Centro de Santos), neste, eles ocupam cenários móveis, convertidos em quadros que vão se deslocar pelo Galpão Coliseu nos dias 14 e 15 de setembro.

LEIA AQUI SOBRE O NOVO ESPETÁCULO QUE O GRUPO TEATRO DE LOS ANDES APRESENTA NO MIRADA

Do Uruguai, a companhia Complot vem com uma livre adaptação de “A Gaivota”, do russo Anton Tchékhov.  “Chaika” (imagem acima), o novo espetáculo traz o jovem e premiado dramaturgo Gabriel Calderón, de 29 anos, apenas como ator – curiosamente, representando o dramaturgo Tréplev. Fundador da companhia Complot em 2005, Calderón participou do MIRADA de 2010 com uma peça de sua autoria, “Mi Muñequita”, na qual também atua e assina a codireção. “Chaika” poderá ser vista nos dias 10 e 11 de setembro, no Teatro Guarany.

O ator, diretor e dramaturgo peruano radicado no Brasil Enrique Díaz – volta ao MIRADA com a adaptação da obra de um mesmo autor – o canadense Daniel MacIvor – mas com uma nova dupla: as atrizes Drica Moraes e Mariana Lima (foto acima). No espetáculo apresentado em 2010, “In On It” (de 2009), a dupla era Emílio de Mello e Fernando Eiras, que faziam dois atores que ensaiavam a história de um homem moribundo. Em “A Primeira Vista”, que estreou em março deste ano, as atrizes Drica e Mariana vivem uma história de amor, como as personagens L e M, que um dia se esbarram por acaso e nunca mais se largam. As apresentações serão nos dias 14 e 15 de setembro, no Teatro Municipal Brás Cubas.

Sempre garimpando obras literárias passíveis de adaptação para o teatro, a Companhia Brasileira de Teatro (de Curitiba/PR) também marca nova presença no Festival, desta vez com um texto inédito no Brasil: “Bon, Saint Cloud”, da francesa Noëlle Renaud – em 2010, a cia encenou o elogiado “Vida”, baseado na obra do poeta Paulo Leminski. Com o nome de “Isso te interessa?” (acima) – ingressos esgotados -, o espetáculo que tem direção de Márcio Abreu traz os atores nus em cena, se revezando entre diversos personagens de diferentes gerações, todos de uma mesma família.

Um novo romance russo motiva a criação da Mundana Companhia Teatral, de São Paulo. Se na primeira edição do Festival o público acompanhou a montagem épica – dividida em três partes – “O Idiota – Uma Novela Teatral” (adaptação do romance de Dostoiévski sob direção de Cibele Forjaz), nesta edição, a cia vem à cena com “Pais e Filhos” (vídeo acima), do romance homônimo de Turguêniev – autor do século 19, contemporâneo de Dostoiévski. Adaptado e dirigido pelo encenador-pedagogo russo Adolf Shapiro – que veio ao Brasil a convite dos atores -, este espetáculo tem pré-estreia no MIRADA – a duas semanas da estreia em São Paulo. As duas sessões estão com ingressos esgotados.

Antunes Filho volta ao MIRADA como dramaturgo, por meio de uma criação que reúne o Centro de Pesquisa Teatral (CPT) – que completa 30 anos de existência, mantido pelo SESC/SP -, e o Grupo de Teatro Macunaíma, onde são produzidas as criações de Antunes. Em 2010, tivemos oportunidade de ver no MIRADA 2010 “Policarpo Quaresma”, adaptação teatral da obra-prima do escritor Lima Barreto, uma epopeia sobre um anti-herói brasileiro, que acreditava no poder civilizatório do Estado. Agora, o Grupo de Teatro Macunaíma/CPT encena “Lamartine Babo” (foto acima), com roteiro de Antunes, baseado na vida e obra do compositor Lamartine Babo (1904-1963), célebre por suas marchinhas de Carnaval. O espetáculo está também com ingressos esgotados.

 

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5 – 15 de setembro de 2012

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