El Olivo (El Olivo) | Teatro Niño Proletario

O cotidiano de um bar encravado num povoado do Sul chileno é marcado pela desesperança de quem ali trabalha ou frequenta. Homens e mulheres bêbados, equilibristas em suas misérias pessoais, abandonos, desamores, orfandade, um mar de desilusões. O anúncio da chegada de um barco francês àquele porto inseguro traz, quem sabe, algum alento, mote para festa e mais angústia da espera. O vazio e a deriva como faces de um país que poucos querem ver, inclusive quem nele está.
O país como metáfora já aparece nas montagens de Hambre (Fome, 2006), releitura do livro Los Vigilantes, da chilena Diamela Eltit, afeita à reflexão sobre espaços e subjetividades marginais, e Temporal (2008), adaptação da peça Zoológico de Vidro, do americano Tennessee Williams. El Olivo, que fez turnê pela Espanha em 2011, é a primeira dramaturgia própria. O nome do grupo remete ao conto Niño Proletario (1973), do argentino Osvaldo Lamborghini, relato cru sobre uma criança condenada à pobreza no meio em que sobrevive.
O diretor Luis Guenel e a atriz e dramaturga Sally Campusano estão entre os fundadores da companhia Teatro Niño Proletario, em 2005. Seus trabalhos problematizam aspectos como território, memória, gênero, classes sociais e identidade nacional, trazendo cenas com registros realistas e oníricos.
TEATRO NIÑO PROLETARIO
Direção: Luis Guenel
Dramaturgia: Sally Campusano
Elenco: Antonio Altamirano, Claudia Oyola, Claudio Riveros, Cristián Flores, Evelyn Ortíz, José Soza, Marcela Salinas, Marcia Pavez e Rodrigo Velásquez
Apoio: FITAM e Consejo Nacional de la Cultura y las Artes
80 min | 16 anos
dias
13/9, quinta, 22h
14/9, sexta, 22h
C.A.I.S. Vila Mathias
R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50
Legendagem
Os espetáculos internacionais serão apresentados com legendas em português.