Uruguai – Sesc Mirada https://mirada.sescsp.org.br/2016 MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos Tue, 31 Jan 2017 21:44:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.5.8 [Webdoc] No Daré Hijos, Daré Versos – Marianella Morena https://mirada.sescsp.org.br/2016/webdoc/webdoc-no-dare-hijos-dare-versos-marianella-morena/ https://mirada.sescsp.org.br/2016/webdoc/webdoc-no-dare-hijos-dare-versos-marianella-morena/#respond Tue, 01 Nov 2016 14:41:07 +0000 https://mirada.sescsp.org.br/2016/?p=3034

Delmira Agustini era uma poetisa uruguaia que morreu assassinada a tiros pelo ex-marido em 1914. Foi a primeira mulher poetisa que escreveu literatura erótica na América Latina.

E foi também a primeira mulher que se divorciou no Uruguai.

De acordo com o escritor Eduardo Galeano, Delmira “tinha sido condenada pelos que castigam nas mulheres o que nos homens aplaudem, porque a castidade é dever feminino, e o desejo, como a razão, um privilégio masculino.”

Com direção de Marianella Morena, “No Daré Hijos, Daré Versos (Não darei filhos, darei versos)” esteve no #Mirada2016 intercalando prosa e canções a partir da vida e da obra de Delmira.

 

*Leia mais artigos sobre o Mirada 2016 aqui.

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A mirada de Narciso https://mirada.sescsp.org.br/2016/digital/a-mirada-de-narciso/ https://mirada.sescsp.org.br/2016/digital/a-mirada-de-narciso/#respond Mon, 19 Sep 2016 15:22:22 +0000 https://mirada.sescsp.org.br/2016/?p=2782 Por André Venancio/SescSP

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O que é a realidade senão uma história que alguém contou? Seriam as verdades, mentiras muito bem contadas? Qual é a sua verdade?

Realidade e ficção são as matérias-primas usadas pelo uruguaio Gabriel Calderón na apresentação de La Ira de Narciso. Carismático e com evidente timidez, Gabriel recebeu o público que adentrava a sala do C.A.I.S Vila Mathias cantando clássicos da música uruguaia. Pensado para um momento de descontração, em quanto os mais atrasados tinham algum tempo para chegar, a estratégia não dá certo: evidentemente, o momento karaokê só funcionaria se a plateia conhecesse alguma canção. Gabriel, então, arrisca seu português para cantar “Pense em Mim”. O público ajuda.

Antes de iniciar o que ele chama de relato, Calderón explica que não é ator. Diretor e dramaturgo, ele está ali para contar uma história. Uma enorme tela atrás dele, faz às vezes de Power Point e também oferece outros recursos multimídia. É por ela que conseguimos conversar via Skype com a mãe do protagonista. Também por ela conhecemos a cidade de Liubliana, capital da Eslovênia, por meio  dos recursos do Google Maps. É por ela que somos cúmplices de Gabriel ao usar um aplicativo de paquera com geolocalização, e juntos (nós e ele) conhecemos o Igor. Ou o torço do Igor, sem camisa, exibido com orgulho no perfil online.

A questão é que não sabemos se é mesmo Gabriel que está diante de nós. Apesar de ser o que consta nos créditos do espetáculo, isso pode não ser verdade. O jovem de uns 35 anos que diz ser Gabriel Calderón explica que, em alguns momentos da história, se tornará Sergio Blanco, o criador do espetáculo e de quem recebera o texto de presente, criado em sua homenagem. Dúvidas.

Qualquer coisa que se diga a partir daqui sobre o enredo seria leviano, porque pode não ser verdade. O fato é que, por cerca de duas horas – que passam rápidas como minutos – Gabriel relata o caso vivido por Sergio durante sua estada na Eslovênia onde apresentou uma conferência sobre o mito de Narciso. Um estranho caso de assassinato, uma atração sexual incontrolável e o excesso de trabalho permeiam a narrativa, sempre com o bom humor do palestrante que não é ator.

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Nos trechos em que conta detalhes sobre a conferência, ao falar sobre o olhar de Narciso, o discurso de Gabriel parece falar sobre o Festival que estamos vivenciando em Santos: segundo ele, la mirada do Narciso é uma metáfora para o olhar de um artista. Uma Mirada que olha para si em busca do outro. Que transforma e imortaliza o que vê. Apesar do texto não ter esse propósito, serviu perfeitamente como homenagem a tudo que vivenciamos, transformamos e imortalizamos dentro de nós nesses últimos dez dias.

Mas, se estamos falando em autoficção, será que foi tudo verdade?

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Espetáculos que sobem a serra https://mirada.sescsp.org.br/2016/digital/espetaculos-que-sobem-a-serra/ https://mirada.sescsp.org.br/2016/digital/espetaculos-que-sobem-a-serra/#comments Fri, 16 Sep 2016 15:00:56 +0000 https://mirada.sescsp.org.br/2016/?p=2224 Por Patrícia Diguê

A partir deste sábado (17), espetáculos que participam do Mirada serão levados a outras unidades do Sesc, dentro do projeto Extensão Mirada. Eles passam pelo Sesc Consolação, Pompeia, Pinheiros, Bom Retiro, Ipiranga, Vila Mariana e Sorocaba. Confira:
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Cuando todos pensaban que habíamos desaparecido – gastronomiaescénica (MEX)

O subtítulo dessa criação coletiva fornece outras pistas para o que virá: gastronomia cênica e teatro documental baseado na comida e na festa dos mortos. Ao contrário do tabu ocidental, na cultura mexicana o Dia de Finados é celebrado com as casas enfeitadas e os familiares e amigos preparando os pratos favoritos daqueles que não se encontram mais fisicamente entre eles. Sábado e domingo  17 e 18/09 – Pompeia

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¿Que haré yo con esta espada? (Aproximación a la ley y al problema de la belleza) (ESP)

O trabalho que estreou no Festival d’Avignon, em julho, parte de dois crimes transcorridos em Paris, em diferentes épocas: o canibalismo do universitário japonês Issei Sagawa, que esquartejou a namorada e declarou tê-lo feito por amor em 1981, e o terrorismo dos ataques em série que deixaram 130 mortos na noite de 15 de novembro de 2015. Apesar de macabros, a artista catalã Angélica Liddell prospecta em cena uma tomada de consciência da própria existência, uma rebelião contra o racionalismo. Sábado e domingo – 17 e 18/09 – Pinheiros

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No daré hijos, daré versos (URU)

O drama intercala prosa e canções a partir da vida e da obra da poeta Delmira Agustini (1886-1914), cuja memória e arte andavam relegadas até ganhar novo alento nos últimos anos. Ela morreu assassinada a tiros pelo ex-marido. Referência no teatro de pesquisa em seu país, a dramaturga e diretora Marianella Morena compõe três atos em movimentos distintos em gênero e linguagem, do realismo ao hiper-realismo. Questiona a premissa de verdade única borrando o real, a história e a ficção. Terça e quarta – 20 e 21/09 – Ipiranga

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Dínamo (ARG)

Acompanhamos o inusitado contexto de três mulheres que compartilham um trailer perdido em alguma estrada qualquer. Em princípio, elas não sabem da presença das demais. A peça expõe como tanta solidão e estranhamento podem gerar novas energias à vida. Quarta – 21/09 – Sorocaba / Sábado e domingo – 24 e 25/09 – Bom Retiro

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La contadora de películas (CHI)

Não é difícil imaginar as dificuldades de quem vive e trabalha na região das minas de salitre no deserto de Atacama, no norte chileno. Foi lá que o escritor Hernán Rivera Letelier, de 66 anos, passou a infância e, por isso, escolheu a geografia isolada para ambientar a história de María Margarita no livro lançado em 2009 e adaptado sob mesmo título pela Cia. Teatrocinema, em 2015. Quarta e quinta – 21 e 22/09 – Vila Mariana

psico

Psico/embutidos, carnicería escénica (MEX)

Essa instalação cênica replica o aparelho digestivo e propõe uma vivência sensorial. A obra deglute os espectadores, estimulados a transitar pela estrutura em diferentes níveis, no limite de oito metros, contornando obstáculos até a etapa em que todos são, simbolicamente, expulsos do mecanismo. O objetivo do autor e diretor Richard Viqueira é transmitir a sensação de cumprir essa travessia dentro do organismo vivo. O itinerário é feito de encontros com os 19 atores, um a um, cujas idades variam na casa dos 20 aos 80. De sexta a sábado – 23/09 a 01/10 – Consolação

**Leia mais sobre o Mirada 2016 aqui.

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