Durante 10 dias, uma equipe de produtores de conteúdo se empenhou em levar até você o que rolou de melhor em Santos. Correria, emoções à flor da pele, reflexão, vontade de comunicar e muita empolgação tomaram conta da sala do Ponto Digital e das nossas redes.

E como não poderia deixar de ser, reunimos aqui os relatos de alguns editores web que contaram como foi a experiência e o que esperam da próxima edição do Mirada. QUE VENHA 2018!

Parte da equipe de Editores Web do Mirada 2016. Foto: Bob Sousa

“Da capital para o litoral, minha trajetória se encontrou com várias outras em um ambiente plural, convivendo com diferentes línguas, sotaques e visões de mundo. Em uma imersão neste universo ibero-americano de múltiplas linguagens artísticas, de efervescência cultural e política, provocador, que deglutiu valores e processou temas tabus em uma digestão difícil. Uma experiência sensorial, intelectual e profissional completa, em meio a uma brisa vinda de mares tempestuosos.” Carol Vidal – Sesc Itaquera

“Foi incrível. Foi difícil. Duro, pesado. E também foi leve, engraçado. Eu vi gente chorando sentada ao lado de gente rindo. O Festival desperta todos os tipos de emoções. Vou guardar frases lindas que ouvi em cena e que me servirão para a vida. E vou esperar ansiosamente 2018.” Juliana Ramos – Sesc São Paulo

“A cada dois anos estamos lá, descendo a serra, ansiosos por novas histórias e emoções. A gente já sabe que vai ter Mirada. Sabe que o site vai estar sob nossa responsabilidade. Mas o que não é possível imaginar é o quanto essa experiência pode ser transformadora. Esse ano, diferente da edição passada, conseguimos reunir um grupo maior de Editores Web para cuidar do Ponto Digital Mirada. E junto de nós, novos atores, esse elenco incrível do Chicken or Pasta, conduzido pela Lalai Persson, que de forma bastante generosa foi ampliando nossas possibilidades, propondo pautas, ajustes e olhares diferentes daqueles que estamos acomodados a ter. Para além da cobertura, vivenciar o Festival é, por si só, uma experiência transformadora.

Este ano pude assistir Psico/Embutidos, espetáculo intimista que me pegou pelo coração e me conduziu por uma história maluca, apresentada por gente de verdade, que de forma bastante sedutora me fez pensar sobre a vida. Sobre as transformações que nosso corpo sofre ao longo dos anos, como nos relacionamos com os outros e as reviravoltas da vida. Um espetáculo que me ajudou a perceber a importância em se escutar o outro. E foi no sábado à noite que o performático Jaloo me pois pra bailar, como há tempos eu não fazia, liberando mente e corpo de qualquer censura. Muita alegria e gratidão por essas experiências. Obrigado Iran, Lalai, Renato e Flavia. Obrigado a cada um dos editores web que estiveram no Mirada. A parceria com todos vocês foi inspiradora.” Rafael Munduruca – Sesc São Paulo 

“Levar para a internet – e, consequentemente, para todos os lugares – um Festival como Mirada foi uma tarefa desafiadora: como traduzir todos os sentimentos e sensações vividos nos dias em que estivemos imersos no mundo das artes cênicas? A maneira que encontrei foi tentar pensar com o coração e escrever com sinceridade sobre o que os espetáculos me trouxeram, o que o público me mostrou, o que aprendi e apreendi. E agora o que fica é a lembrança de dias intensos e viscerais, que já evocam pelo Mirada 2018.” Thais Amendola – Sesc São Paulo

“Não é por acaso que esse festival se chama Mirada, porque aqui os olhares estão presentes o tempo todo. Atentos, distantes, indagadores, emocionados, reflexivos. Tem olhar de todo jeito, pra tudo que é lado. Tem olhar que até sorri. O que mais gostei do Mirada é que ele instigou meu olhar, o tempo inteiro, de uma maneira que nunca tinha acontecido – desde às experiências com o teatro imersivo até o olhar de “Bom descanso, colega, amanhã tem mais”. Que bom que a minha vista alcançou o Mirada esse ano”. André Venancio – Sesc São Paulo

“Uma coisa que me chamou a atenção foi ter visto pessoas que não têm o perfil de “gente de teatro” circulando pelos espetáculos também. Teve um caso que eu lembro, de um casal fã de teatro que estava no Coliseu assistindo “A Comédia Latino-Americana”, eles são de São Paulo, mas tinham ido à Praia Grande a trabalho. Ficaram encantados de estarem na mesma época do Mirada e decidiram ir para Santos e prestigiar. Outra mulher, no espetáculo de dança da Cia. Cena 11 tinha gasto mais de 300 reais em ingressos e ainda não estava satisfeita. Queria ver tudo.” Renan Abreu – Sesc Consolação 

“A possibilidade de enxergar o teatro em formatos jamais imaginados, o lance de despertar os sentimentos mais profundos em uma imersão surreal, escutar pelos palcos e pelos cantos os belos e diferentes sotaques de um idioma tão gracioso e a liberdade em tentar transmitir todas essas emoções escrevendo foi bem especial.” Renata Dantas – Sesc Belenzinho

“O que mais me marcou foram as transformações provocadas pelo Mirada. Nos espectadores que saíram tocados por cada peça. Nos espaços da cidade que ganharam novos usos para receber o festival, servindo de cenário. Nas relações entre as pessoas que fizeram tudo acontecer: as companhias que trocaram experiências, os funcionários que se desdobraram tantas vezes. Participar do Mirada e poder acompanhar tudo isso foi inspirador, provocador. Impossível passar por ele e continuar igual.” Cris Komesu – Sesc São Paulo

“Foram dias intensos em Santos: cada espetáculo nos envolveu de tal maneira que fica difícil quantificar os sentimentos que vieram à tona. Vivenciar cada peça, conhecer o cenário teatral de outros países, ficar por dentro das pesquisas das companhias e ver toda a cidade envolvida pelo festival foi simplesmente sensacional. Que cada vez mais as pessoas possam sentir, viver, respirar… teatro. Vida longa ao Mirada!” Indiara Fernanda – Sesc Sorocaba

“DESBRAVADOR. O Mirada me abriu os olhos para o desconhecido, pois não sou tão conhecedora das Artes Cênicas. LIBERTADOR. Tirei preconceitos e pudores ao ver tantos corpos nus entregues à Arte. ENCORAJADOR. Participei de espetáculos e atividades que me tiraram da zona de conforto, me forçando a enfrentar a temida interação. REALIZADOR. Escrevi minhas impressões, podendo livremente transportar o leitor ao que vivenciei.” Julia Parpulov – Sesc Vila Mariana

Vale lembrar que o Mirada ainda sobe a serra e espera pelo público em São Paulo.