centro histórico – Sesc Mirada https://mirada.sescsp.org.br/2016 MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos Tue, 31 Jan 2017 21:44:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.5.8 Mirada pela cidade – espaços importantes da cidade que abrigam peças https://mirada.sescsp.org.br/2016/digital/mirada-pela-cidade-espacos-importantes-da-cidade-que-abrigam-pecas/ https://mirada.sescsp.org.br/2016/digital/mirada-pela-cidade-espacos-importantes-da-cidade-que-abrigam-pecas/#respond Sat, 10 Sep 2016 00:33:38 +0000 https://mirada.sescsp.org.br/2016/?p=1497 por Patrícia Diguê

Shakespeare em um teatro de 1882; uma estreia nacional em uma sala com decoração italiana montada com 39 lustres; um espetáculo internacional em um antigo armazém que ainda mantém sua fachada original de azulejos portugueses; e uma peça que fala da resistência das mulheres durante a ditadura em uma fortaleza de verdade. Estes são apenas alguns detalhes dos espaços ocupados pelas obras do Mirada. Além dos teatros e salas de espetáculos da cidade, o festival está sendo realizado também em construções históricas, pontos turísticos e até nas ruas.

Primeiro edifício construído para fins teatrais em Santos, o Teatro Guarany foi inaugurado em 1882 e destruído por um incêndio que poupou apenas as paredes externas, em 1981. Após duas décadas de abandono, foi reconstruído e reinaugurado em 2008. Por lá, passarão “Hamlet – Processo de Revelação” (BRA), “Brickman Brando Bubble Boom” (ESP), “Birdie” (ESP) e “No daré hijos, daré versos” (URU).

guarany

A história do Coliseu começou em 1897, com a inauguração de um ginásio de madeira, com velódromo, arquibancada e botequim. Em 1909, foi substituído por um teatro com 1.500 lugares e acústica considerada perfeita. Em 1924, foi reinaugurado com a configuração atual e 2.300 lugares. Terão o privilégio de apreciar a arte italiana que decora o local quem for assistir a “Zululuzu” (POR), “Comédia latino-americana” (BRA) e “Antigonon, um contingente” (CUB).

coliseu

Na Casa da Frontaria Azulejada, estão programados “Quando todos pensavam que havíamos desaparecido” (MEX), “Cabras” (BRA) e “Rebú” (COL). O armazém é um dos prédios históricos mais significativos de Santos, construído em 1865 para ser residência e armazém de um bem sucedido comerciante de café.

frontaria azulejada

A Fortaleza da Barra (hoje Museu Histórico Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande), construída em 1584 e reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN em 1964, ocupa um esporão rochoso no canal do porto. O local foi o escolhido pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz para apresentar “Viúvas – Performance sobre a ausência” (BRA), que fala sobre a resistência das mulheres que perderam pais, maridos e filhos para as ditaduras latino-americanas. A montagem foi criada em um lugar histórico de Porto Alegre, as ruínas do presídio de segurança máxima da Ilha das Pedras Brancas, ambiente que será reproduzido na fortaleza.

fortaleza da barra menor

Além desses, estão na lista de espaços que recebem espetáculos o C.A.I.S. Vila Mathias, o Teatro Brás Cubas, a Cadeia Velha, a Casa Rosada (Prédio de Prevenção da Sabesp), a Sala Princesa Isabel, a Bacia do Mercado, a Estação do Valongo, a Fonte do Sapo e o Emissário Submarino.

*Leia mais artigos sobre o Mirada 2016 aqui

]]>
https://mirada.sescsp.org.br/2016/digital/mirada-pela-cidade-espacos-importantes-da-cidade-que-abrigam-pecas/feed/ 0
Refugiados no teatro https://mirada.sescsp.org.br/2016/teatro/refugiados-no-teatro/ https://mirada.sescsp.org.br/2016/teatro/refugiados-no-teatro/#respond Fri, 09 Sep 2016 22:23:43 +0000 https://mirada.sescsp.org.br/2016/?p=1477 refugiados-no-teatro

por Iran Giusti – Chicken or Pasta

Segundo a agência da ONU para refugiados, 65,3 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas por conta de guerras e conflitos até o final de 2015. Isso significa que uma em cada 113 pessoas do mundo é solicitante de refúgio. A questão é um tema global mais que atual e não poderia ficar de fora do Mirada 2016. Nesta edição, três espetáculos abordam o tema.

No espetáculo espanhol “Fugit”, os espectadores fazem o percurso junto com os artistas, como se estivessem realmente fugindo para um outro país. Assim o público é tirado da passividade para tornar-se protagonista, tendo que lidar física e emocionalmente com questões como abandono, medo, insegurança e esperança. As cenas acontecem nas ruas do Centro Histórico de Santos.   

De forma mais subjetiva, a Agrupación Señor Serrano, vencedora do Leão de Prata da Bienal de Veneza 2015, discute o fenômeno da miragem e do refúgio com a ajuda da cenografia e projeções na peça “Birdie”.  

Quem acompanha as notícias sobre as crises de refugiados, também já se acostumou a assistir cenas de destruição abarrotada de entulhos. Reproduzindo essa estética, a peça “Andante” traz sapatos, malas, velas, espelhos trincados, cadeiras quebradas, areia, cacos de telha, entre outros materiais, espalhados em cena junto a três atores e um músico. Tudo em plena rua.

Em comum, além da temática, os espetáculos carregam a bandeira da Espanha, o país homenageado pelo Mirada 2016 e parte da União Europeia, que só nos dois primeiros meses do ano recebeu 130 mil refugiados através do Mar Mediterrâneo.

*Leia mais artigos sobre o Mirada 2016 aqui

]]>
https://mirada.sescsp.org.br/2016/teatro/refugiados-no-teatro/feed/ 0