Mirada » » teatro https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Entrevista: A [não] Ficção de Leonardo Moreira https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-nao-ficcao-de-leonardo-moreira/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-nao-ficcao-de-leonardo-moreira/#comments Mon, 08 Sep 2014 22:43:04 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1343 Foto: Coletivo Pão & Circo

“A ficção transforma a realidade”. A reflexão trazida pelo diretor Leonardo Moreira e o seu 02 Ficções mostra como a vida hoje é pautada pelo que conhecemos como irreal. “Quantas vezes a gente não conta uma história e reconta do mesmo jeito, como se fosse um texto decorado, com as mesmas pausas?”, reflete. Seriam essas histórias reais ou ficção? Baseado nesse pensamento, ele criou o espetáculo que traz pela primeira vez para o Mirada. A peça é a sequência de Ficção, conjunto de 6 monólogos em que os atores misturavam elementos de sua vida à fatos irreais. A ideia central de Moreira é trazer à tona uma nova linguagem que ele acredita ser um movimento recente da cena teatral, onde a ficção dá espaço para o drama. O resultado é um espetáculo dividido em duas plateias distintas: uma em um âmbito pessoal e íntimo; outra, mais estruturada como um espaço de teatro. Nesta sequência, o estudo une os monólogos de ficção às narrativas literárias A Gaivota, de Tchekov, e Reparação, de Ian McEwan, questionando os limites da imaginação e forçando as fronteiras teatrais. Para entender melhor a peça, conversamos com Leonardo. Confira abaixo: Vocês estão sempre pesquisando esse limite entre o real e a ficção: O que já encontraram? O que ainda estão questionando? Nos monólogos (ficção) a plateia estava sempre num lugar instável, entre o modo de presença do ator me falando o nome dele, a vida dele de verdade, o pai dele de verdade. Por exemplo, em um dos monólogos quem fazia era o Thiago [Amaral] com o próprio pai, e os dois não se falavam desde que o Thiago contou que é gay. O pai dele deixou de falar com ele e disse que esse não era o seu projeto de filho. E então seis anos depois, nós chamamos o pai do Thiago. Já que ele não era o projeto de filho, que escrevesse uma peça com o projeto de filho que gostaria de ter. Então era pai e filho em uma peça juntos. A ficção transforma a realidade: os dois voltaram a se falar. Não é só a peça. Porque tem que dormir junto e viajar junto, ir pro Chile e pra Alemanha junto. E como funciona essa ideia de transformar a ficção em realidade ou vice-versa? Eu sinto que é um movimento recente, de ter uma linguagem mais próxima do documentário. Teatro documentário, biodrama. A gente resolveu perguntar o contrário: Se a gente fica tentando colocar tanta realidade em cena, é possível fugir da ficção na vida? Porque agora, por exemplo, eu não estou no teatro, mas eu estou falando textos que eu já falei algumas vezes. Quantas vezes a gente não conta uma história e reconta do mesmo jeito, como se fosse um texto decorado, com as mesmas pausas. Eu faço muito isso com a minha mãe, eu peço pra ela contar uma história. Aí chega alguém e eu peço pra ela contar de novo e ela conta tudo igual, com as mesmas pausas. Que padrões de ficção nós temos também na vida? O seu espetáculo quebra uma barreira, usa diferentes linguagens. Podemos chamar de uma arte performática? Talvez. A gente pensa muito nisso. Estamos em um caminho mais performático. O espetáculo tem um pouco disso, que é uma questão de momento, de não poder ser resgatado depois. Sendo assim, o processo de construção artística de vocês é muito importante. Muito. A gente usa aqui na companhia um processo chamado pentimento – ele é um termo que designa quando você vai restaurar uma pintura e você descobre que por trás da tinta tinha outra tinta, um esboço de desenho, um erro. A nossa ideia é mostrar o pentimento em cena também. - O espetáculo 02 Ficções é trazido pela Cia. Hiato, de São Paulo, que tem como base o uso de formas cênicas que suscitem questionamentos sobre a "diferença" e as formas de percepção da realidade. A peça de estreia da companhia, Cachorro Morto (2008), ganhou os olhares da crítica no Sesc Avenida Paulista, e foi eleita pela Veja São Paulo como uma das dez melhores peças em cartaz na cidade na época.   Coletivo Pão & Circo]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“A ficção transforma a realidade”. A reflexão trazida pelo diretor Leonardo Moreira e o seu 02 Ficções mostra como a vida hoje é pautada pelo que conhecemos como irreal. “Quantas vezes a gente não conta uma história e reconta do mesmo jeito, como se fosse um texto decorado, com as mesmas pausas?”, reflete. Seriam essas histórias reais ou ficção? Baseado nesse pensamento, ele criou o espetáculo que traz pela primeira vez para o Mirada. A peça é a sequência de Ficção, conjunto de 6 monólogos em que os atores misturavam elementos de sua vida à fatos irreais. A ideia central de Moreira é trazer à tona uma nova linguagem que ele acredita ser um movimento recente da cena teatral, onde a ficção dá espaço para o drama. O resultado é um espetáculo dividido em duas plateias distintas: uma em um âmbito pessoal e íntimo; outra, mais estruturada como um espaço de teatro. Nesta sequência, o estudo une os monólogos de ficção às narrativas literárias A Gaivota, de Tchekov, e Reparação, de Ian McEwan, questionando os limites da imaginação e forçando as fronteiras teatrais. Para entender melhor a peça, conversamos com Leonardo. Confira abaixo: Vocês estão sempre pesquisando esse limite entre o real e a ficção: O que já encontraram? O que ainda estão questionando? Nos monólogos (ficção) a plateia estava sempre num lugar instável, entre o modo de presença do ator me falando o nome dele, a vida dele de verdade, o pai dele de verdade. Por exemplo, em um dos monólogos quem fazia era o Thiago [Amaral] com o próprio pai, e os dois não se falavam desde que o Thiago contou que é gay. O pai dele deixou de falar com ele e disse que esse não era o seu projeto de filho. E então seis anos depois, nós chamamos o pai do Thiago. Já que ele não era o projeto de filho, que escrevesse uma peça com o projeto de filho que gostaria de ter. Então era pai e filho em uma peça juntos. A ficção transforma a realidade: os dois voltaram a se falar. Não é só a peça. Porque tem que dormir junto e viajar junto, ir pro Chile e pra Alemanha junto. E como funciona essa ideia de transformar a ficção em realidade ou vice-versa? Eu sinto que é um movimento recente, de ter uma linguagem mais próxima do documentário. Teatro documentário, biodrama. A gente resolveu perguntar o contrário: Se a gente fica tentando colocar tanta realidade em cena, é possível fugir da ficção na vida? Porque agora, por exemplo, eu não estou no teatro, mas eu estou falando textos que eu já falei algumas vezes. Quantas vezes a gente não conta uma história e reconta do mesmo jeito, como se fosse um texto decorado, com as mesmas pausas. Eu faço muito isso com a minha mãe, eu peço pra ela contar uma história. Aí chega alguém e eu peço pra ela contar de novo e ela conta tudo igual, com as mesmas pausas. Que padrões de ficção nós temos também na vida? O seu espetáculo quebra uma barreira, usa diferentes linguagens. Podemos chamar de uma arte performática? Talvez. A gente pensa muito nisso. Estamos em um caminho mais performático. O espetáculo tem um pouco disso, que é uma questão de momento, de não poder ser resgatado depois. Sendo assim, o processo de construção artística de vocês é muito importante. Muito. A gente usa aqui na companhia um processo chamado pentimento – ele é um termo que designa quando você vai restaurar uma pintura e você descobre que por trás da tinta tinha outra tinta, um esboço de desenho, um erro. A nossa ideia é mostrar o pentimento em cena também. - O espetáculo 02 Ficções é trazido pela Cia. Hiato, de São Paulo, que tem como base o uso de formas cênicas que suscitem questionamentos sobre a "diferença" e as formas de percepção da realidade. A peça de estreia da companhia, Cachorro Morto (2008), ganhou os olhares da crítica no Sesc Avenida Paulista, e foi eleita pela Veja São Paulo como uma das dez melhores peças em cartaz na cidade na época.   Coletivo Pão & Circo]]>
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Aíla esquenta a noite fria santista com um show feito para bailar https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/aila-esquenta-a-noite-fria-santista-com-um-show-feito-para-bailar/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/aila-esquenta-a-noite-fria-santista-com-um-show-feito-para-bailar/#comments Sun, 07 Sep 2014 18:49:38 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1222 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Senti falta de mais calor”, diz Jorge León, 35 anos, ator da peça mexicana Banhos Roma. O calor desejado por León era lá fora. Dentro da área de convivência do Sesc Santos, a temperatura era pautada pelo som da cantora paraense Aíla, que transformou os 18 graus da noite fria do último sábado (6) nos 35 graus típicos do seu estado natal. Baile. A palavra de origem espanhola define bem os movimentos do show. O evento, que faz parte da programação do Mirada 2014, trouxe a artista para uma mistura de ritmos, etnias e cores que tomaram conta da cidade. “O mais legal é que ela é estrangeira pra gente que mora aqui em São Paulo também, não só para quem veio de outro país. Ela é novidade para todos nós”, lembrou Claudia Garcia, 32 anos, assistente da área de Dança do Sesc. Em um só ritmo, artistas e espectadores de diversos países conviveram em um momento de encontro, descobrindo que a música, sim, derruba barreiras - nem que seja a da inibição. O Querô conversou com a cantora sobre a sua relação com o teatro e a importância do Mirada: A programação musical do Mirada continua durante a semana, com os shows do coletivo musical Aláfia, no dia 11, e Irene Atienza & Lamérica, no dia 13. Texto e Imagens: Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Senti falta de mais calor”, diz Jorge León, 35 anos, ator da peça mexicana Banhos Roma. O calor desejado por León era lá fora. Dentro da área de convivência do Sesc Santos, a temperatura era pautada pelo som da cantora paraense Aíla, que transformou os 18 graus da noite fria do último sábado (6) nos 35 graus típicos do seu estado natal. Baile. A palavra de origem espanhola define bem os movimentos do show. O evento, que faz parte da programação do Mirada 2014, trouxe a artista para uma mistura de ritmos, etnias e cores que tomaram conta da cidade. “O mais legal é que ela é estrangeira pra gente que mora aqui em São Paulo também, não só para quem veio de outro país. Ela é novidade para todos nós”, lembrou Claudia Garcia, 32 anos, assistente da área de Dança do Sesc. Em um só ritmo, artistas e espectadores de diversos países conviveram em um momento de encontro, descobrindo que a música, sim, derruba barreiras - nem que seja a da inibição. O Querô conversou com a cantora sobre a sua relação com o teatro e a importância do Mirada: A programação musical do Mirada continua durante a semana, com os shows do coletivo musical Aláfia, no dia 11, e Irene Atienza & Lamérica, no dia 13. Texto e Imagens: Coletivo Pão & Circo ]]>
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Pontos de Conexão: A Cena Brasileira Contemporânea https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/pontos-de-conexao-a-cena-brasileira-contemporanea/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/pontos-de-conexao-a-cena-brasileira-contemporanea/#comments Sun, 07 Sep 2014 18:46:44 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1219 Foto: Coletivo Pão & Circo

Os encontros do Pontos de Conexão continuam acontecendo no Mirada. Para seguir com a conversa sobre teatro, a mesa deste domingo (7) foi composta por Antônio Rogério Toscano, diretor, dramaturgo, professor e pesquisador de teoria do teatro, e Grace Passô, dramaturga, diretora e atriz. Um dos objetivos do debate é criar uma rede de ideias e troca que possa servir como fomento para a criação teatral do eixo de países inseridos no Mirada. O assunto da vez, A Cena Brasileira Contemporânea do Ponto de Vista da Dramaturgia, falou sobre a nova forma de criação brasileira, bem como do papel do ator dentro dessas criações. Passô, ganhadora do Prêmio Shell de Teatro, possui um trabalho focado na metáfora, utilizando de situações cotidianas na criação de textos que retratam problemas comuns da humanidade. A sua dramaturgia também é marcada pelo trabalho em conjunto com os atores do espetáculo. Sobre Por Elise, seu primeiro trabalho no teatro, ela falou: "No processo de construção da peça, o grupo se revelou não só como um grupo de atores mas também de criadores [...] acredito também que foi um processo generoso, em que os cinco criadores se engajaram na construção de forma bonita". Ao lado da dramaturga, Toscano também possui um trabalho de construção onde traz a realidade para dentro dos palcos. Em 2003, o tema foi mostrado na premiada peça Osvaldo Raspado no Asfalto. O Pontos de Conexão segue até segunda-feira debatendo assuntos pertinentes à produção e atual cena do teatro em Portugal, Espanha e América Latina. No último sábado (6), o tema da conversa foi a cena teatral ibero-americana. Para mais informações, aqui. Fotos e Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

Os encontros do Pontos de Conexão continuam acontecendo no Mirada. Para seguir com a conversa sobre teatro, a mesa deste domingo (7) foi composta por Antônio Rogério Toscano, diretor, dramaturgo, professor e pesquisador de teoria do teatro, e Grace Passô, dramaturga, diretora e atriz. Um dos objetivos do debate é criar uma rede de ideias e troca que possa servir como fomento para a criação teatral do eixo de países inseridos no Mirada. O assunto da vez, A Cena Brasileira Contemporânea do Ponto de Vista da Dramaturgia, falou sobre a nova forma de criação brasileira, bem como do papel do ator dentro dessas criações. Passô, ganhadora do Prêmio Shell de Teatro, possui um trabalho focado na metáfora, utilizando de situações cotidianas na criação de textos que retratam problemas comuns da humanidade. A sua dramaturgia também é marcada pelo trabalho em conjunto com os atores do espetáculo. Sobre Por Elise, seu primeiro trabalho no teatro, ela falou: "No processo de construção da peça, o grupo se revelou não só como um grupo de atores mas também de criadores [...] acredito também que foi um processo generoso, em que os cinco criadores se engajaram na construção de forma bonita". Ao lado da dramaturga, Toscano também possui um trabalho de construção onde traz a realidade para dentro dos palcos. Em 2003, o tema foi mostrado na premiada peça Osvaldo Raspado no Asfalto. O Pontos de Conexão segue até segunda-feira debatendo assuntos pertinentes à produção e atual cena do teatro em Portugal, Espanha e América Latina. No último sábado (6), o tema da conversa foi a cena teatral ibero-americana. Para mais informações, aqui. Fotos e Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
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3 perguntas para Trinidad González, de A Reunião https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/3-perguntas-para-trinidad-gonzalez-de-a-reuniao/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/3-perguntas-para-trinidad-gonzalez-de-a-reuniao/#comments Sat, 06 Sep 2014 21:06:22 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1164 Foto: Coletivo Pão & Circo

A Reunião é uma das representantes do Chile, país homenageado no Mirada 2014. A peça apresenta a história de Cristóvão Colombo, descobridor da América, aprisionado pelos reis católicos após entenderem que ele abusou de seu poder nas Índias. Com esta história central, o espetáculo passa por uma reflexão sobre temas como a relação com os povos indígenas, o poder da Igreja e da oligarquia, e a luta de classes. Apresentada pelo grupo Teatro en El Blanco, formado em 2006, ela chega ao Mirada com uma nova direção da companhia: Trinidad González – que também atua em cena. Essa é a terceira visita do Teatro ao Brasil. Durante o ensaio deste sábado (6), o Coletivo Pão e Circo bateu um papo rápido com a diretora, antes que entrasse nas coxias para o seu momento de concentração. Confira: PGM: A Reunião é uma peça política? O que se percebe, assistindo ao espetáculo, é a preocupação do grupo para mostrar sempre uma visão bilateral. Quando se reflete sobre um tema, me parece que é sempre melhor mostrar os dois lados. Mostrar só um lado é limitar. A nós não interessa ser um teatro panfletário. Muito pelo contrário. Nos interessamos em lançar perguntas. PGM: Como o Grupo foi formado? O nosso grupo foi criado em 2006, e havia outro diretor e dramaturgo. Quem dirigia a companhia era Guillermo Calderón, que agora trabalha na Alemanha, Nova York e América Latina. Com ele fizemos Neve e Diciembre, nosso primeiro trabalho. Ele saiu do grupo para tomar novos caminhos e eu assumi a dramaturgia e direção. PGM: Toda arte é política? Eu creio que todo ato é político - entendendo que ela [a política] é um elemento essencial para a vida humana. Jamais como uma coisa panfletária ou partidista. Nesse sentido, jamais. E sim como um espaço de reflexão. Eu penso no mundo como um espaço político. Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

A Reunião é uma das representantes do Chile, país homenageado no Mirada 2014. A peça apresenta a história de Cristóvão Colombo, descobridor da América, aprisionado pelos reis católicos após entenderem que ele abusou de seu poder nas Índias. Com esta história central, o espetáculo passa por uma reflexão sobre temas como a relação com os povos indígenas, o poder da Igreja e da oligarquia, e a luta de classes. Apresentada pelo grupo Teatro en El Blanco, formado em 2006, ela chega ao Mirada com uma nova direção da companhia: Trinidad González – que também atua em cena. Essa é a terceira visita do Teatro ao Brasil. Durante o ensaio deste sábado (6), o Coletivo Pão e Circo bateu um papo rápido com a diretora, antes que entrasse nas coxias para o seu momento de concentração. Confira: PGM: A Reunião é uma peça política? O que se percebe, assistindo ao espetáculo, é a preocupação do grupo para mostrar sempre uma visão bilateral. Quando se reflete sobre um tema, me parece que é sempre melhor mostrar os dois lados. Mostrar só um lado é limitar. A nós não interessa ser um teatro panfletário. Muito pelo contrário. Nos interessamos em lançar perguntas. PGM: Como o Grupo foi formado? O nosso grupo foi criado em 2006, e havia outro diretor e dramaturgo. Quem dirigia a companhia era Guillermo Calderón, que agora trabalha na Alemanha, Nova York e América Latina. Com ele fizemos Neve e Diciembre, nosso primeiro trabalho. Ele saiu do grupo para tomar novos caminhos e eu assumi a dramaturgia e direção. PGM: Toda arte é política? Eu creio que todo ato é político - entendendo que ela [a política] é um elemento essencial para a vida humana. Jamais como uma coisa panfletária ou partidista. Nesse sentido, jamais. E sim como um espaço de reflexão. Eu penso no mundo como um espaço político. Coletivo Pão & Circo ]]>
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Burburinhos por trás de ‘A Imaginação do Futuro’ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/burburinhos-por-tras-de-a-imaginacao-do-futuro/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/burburinhos-por-tras-de-a-imaginacao-do-futuro/#comments Sat, 06 Sep 2014 17:08:09 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1145 A Imaginação do Futuro (Foto: Compañia La Resentida)

Salvador Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América. Governou o Chile entre 1970 a 1973 e foi deposto por um golpe liderado por Augusto Pinochet, seu chefe das Forças Armadas. Sua morte durante o golpe nunca foi explicada. Suicídio (com a arma que fora presente de Fidel Castro) ou assassinato (como defende sua sobrinha, a escritora Isabel Allende)? Ninguém tem respostas. Todos têm imaginação. Para contar sobre os últimos dias deste homem que mudou a história do Chile, o diretor Marco Layera usou humor ácido, uma trupe de atores afiados, som alto nudez e ironia escancarada. Exatamente nesta ordem. Durante a peça, um grito. Um xingamento impublicável. O restante do público comentou baixinho e a peça seguiu. Ninguém se retirou. Logo que as luzes se apagaram indicando o final do espetáculo, as palmas encheram o teatro. A plateia ficou dividida entre aqueles que aplaudiram fervorosamente em pé e os que educadamente permaneceram sentados. Na saída, pouca coragem para ir embora. Quem estava em grupo debatia, desconhecidos trocavam opiniões como se tivesse ali uma mesa, um bar, uma urna eletrônica por perto. “A peça é polêmica. Mas a história política do Chile é polêmica. Os atores só mostraram isso. Aos berros, pra que todo mundo ouvisse". Rosane Viana, 72 anos, socióloga. “Gosto quando alguém explica política fazendo deboche. Fica mais fácil de entender e até de se revoltar”. Wellington Sousa, 27 anos, analista de sistemas. “Um soco. Bem No estômago. Preciso que pare de doer pra conseguir falar”. Bete Prado, 60 anos, professora universitária. A Imaginação do Futuro é apresentada pela Cia Teatro La re-sentida, do Chile. Nascida em 2008, ela foi formada por jovens atores da cena teatral do país, e tem como ideia central a reflexão a partir da provocação e quebra de tabus. A programação do Mirada segue. Confira os próximos espetáculos e mire você mesmo. Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
A Imaginação do Futuro (Foto: Compañia La Resentida)

Salvador Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América. Governou o Chile entre 1970 a 1973 e foi deposto por um golpe liderado por Augusto Pinochet, seu chefe das Forças Armadas. Sua morte durante o golpe nunca foi explicada. Suicídio (com a arma que fora presente de Fidel Castro) ou assassinato (como defende sua sobrinha, a escritora Isabel Allende)? Ninguém tem respostas. Todos têm imaginação. Para contar sobre os últimos dias deste homem que mudou a história do Chile, o diretor Marco Layera usou humor ácido, uma trupe de atores afiados, som alto nudez e ironia escancarada. Exatamente nesta ordem. Durante a peça, um grito. Um xingamento impublicável. O restante do público comentou baixinho e a peça seguiu. Ninguém se retirou. Logo que as luzes se apagaram indicando o final do espetáculo, as palmas encheram o teatro. A plateia ficou dividida entre aqueles que aplaudiram fervorosamente em pé e os que educadamente permaneceram sentados. Na saída, pouca coragem para ir embora. Quem estava em grupo debatia, desconhecidos trocavam opiniões como se tivesse ali uma mesa, um bar, uma urna eletrônica por perto. “A peça é polêmica. Mas a história política do Chile é polêmica. Os atores só mostraram isso. Aos berros, pra que todo mundo ouvisse". Rosane Viana, 72 anos, socióloga. “Gosto quando alguém explica política fazendo deboche. Fica mais fácil de entender e até de se revoltar”. Wellington Sousa, 27 anos, analista de sistemas. “Um soco. Bem No estômago. Preciso que pare de doer pra conseguir falar”. Bete Prado, 60 anos, professora universitária. A Imaginação do Futuro é apresentada pela Cia Teatro La re-sentida, do Chile. Nascida em 2008, ela foi formada por jovens atores da cena teatral do país, e tem como ideia central a reflexão a partir da provocação e quebra de tabus. A programação do Mirada segue. Confira os próximos espetáculos e mire você mesmo. Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
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Os desafios na produção de Puzzle https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-desafios-na-producao-de-puzzle-2/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-desafios-na-producao-de-puzzle-2/#comments Sat, 06 Sep 2014 13:26:09 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1137 Cenário de papel do espetáculo Puzzle (a), com produção de Luque Daltrozo.

Luque Daltrozo, diretor de produção do espetáculo Puzzle (a), desembarcou no Mirada 2014. Enquanto o trabalho de montagem do cenário da peça que será exibida nos dias 7 e 8 de setembro não começam, ele aproveitou para assistir alguns dos espetáculos do festival e conversou com a equipe do Ponto Digital Mirada. Perguntamos a ele qual foi o principal desafio para a produção de Puzzle. Ele contou que vinte dias antes de embarcar para a Frankfurt, onde o espetáculo realizou sua estreia mundial durante a Feira do Livro, que neste ano homenageava o Brasil, sua equipe soube que o teatro Mousonturm não permitia papel no cenário. Motivo? Ser um material com grande capacidade de combustão, colocando o espaço em risco. Puzzle possui cenário todo feito de papel, que vai se transformando à tinta e sofrendo intervenções dos atores ao longo da encenação. Sem papel quem entrava em risco era o espetáculo. Então Luque e sua equipe teve que pesquisar novos materiais até descobrirem um papel que não queima, conseguindo, finalmente, a aprovação para realizar o espetáculo no centro cultural alemão. Nem sempre Luque trabalhou na produção. Antes gostava de estar no palco atuando. Começou na produção quase sem querer, ajudando nos espetáculos em que era ator, sempre com medo que isso atrapalhasse a concentração dos ensaios. Com o passar do tempo foi percebendo que era muito mais protagonista atrás das cortinas que na frente delas. E já soma quase trinta anos de trabalho como diretor. Puzzle será apresentado no Teatro do Sesc Santos, mesmo palco em que foi encenado o espetáculo A Imaginação do Futuro, da companhia La Resentida, que representou o Chile, país homenageado desta edição do Mirada. Daltrozo disse ter se emocionado com a forma que o grupo recriou os últimos dias de Salvador Allende antes do golpe, pela semelhança que percebe na história daquele país com o nosso.]]>
Cenário de papel do espetáculo Puzzle (a), com produção de Luque Daltrozo.

Luque Daltrozo, diretor de produção do espetáculo Puzzle (a), desembarcou no Mirada 2014. Enquanto o trabalho de montagem do cenário da peça que será exibida nos dias 7 e 8 de setembro não começam, ele aproveitou para assistir alguns dos espetáculos do festival e conversou com a equipe do Ponto Digital Mirada. Perguntamos a ele qual foi o principal desafio para a produção de Puzzle. Ele contou que vinte dias antes de embarcar para a Frankfurt, onde o espetáculo realizou sua estreia mundial durante a Feira do Livro, que neste ano homenageava o Brasil, sua equipe soube que o teatro Mousonturm não permitia papel no cenário. Motivo? Ser um material com grande capacidade de combustão, colocando o espaço em risco. Puzzle possui cenário todo feito de papel, que vai se transformando à tinta e sofrendo intervenções dos atores ao longo da encenação. Sem papel quem entrava em risco era o espetáculo. Então Luque e sua equipe teve que pesquisar novos materiais até descobrirem um papel que não queima, conseguindo, finalmente, a aprovação para realizar o espetáculo no centro cultural alemão. Nem sempre Luque trabalhou na produção. Antes gostava de estar no palco atuando. Começou na produção quase sem querer, ajudando nos espetáculos em que era ator, sempre com medo que isso atrapalhasse a concentração dos ensaios. Com o passar do tempo foi percebendo que era muito mais protagonista atrás das cortinas que na frente delas. E já soma quase trinta anos de trabalho como diretor. Puzzle será apresentado no Teatro do Sesc Santos, mesmo palco em que foi encenado o espetáculo A Imaginação do Futuro, da companhia La Resentida, que representou o Chile, país homenageado desta edição do Mirada. Daltrozo disse ter se emocionado com a forma que o grupo recriou os últimos dias de Salvador Allende antes do golpe, pela semelhança que percebe na história daquele país com o nosso.]]>
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Um clássico revisitado https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/um-classico-revisitado/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/um-classico-revisitado/#comments Sat, 06 Sep 2014 05:38:16 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1127 Ruy Filho, em primeiro plano, durante a performance do grupo Insectotrópics.

Meia noite e meia. Logo após a segunda apresentação de "Chapeuzinho Galáctico", do grupo espanhol Insectotrópics, conversamos com Ruy Filho, diretor de teatro e editor da revista digital Antro Positivo, sobre essa experimentação que se apropria e revisita o conto da Chapeuzinho Vermelho, misturando teatro, música, artes visuais e live cinema. Ponto Digital Mirada - O que você achou do espetáculo? Ruy Filho - Achei divertido. Achei ousado. Uma mistura meio de anos 1980 com a tecnologia, do chroma key com o som de hoje. Uma mistureba muito interessante. Nesse sentido, acho que o espetáculo convence pelo jogo, pela maneira que vai lidando performaticamente com todos os elementos. Isso é o mais bacana de tudo. Eu fiquei muito impressionado no instante em que eles matam a vovó. Acho que ali é o ápice estético e dramático. A atriz faz bem, o momento da música é muito bom e a estética nesse instante é realmente primorosa. PDM - Como você percebe um espetáculo como este inserido no contexto de um festival como o Mirada? RF - Eu acho importantíssimo! Acho que tem que ter cada vez mais essas coisas no festival para tirar um pouco do ranso que a gente costuma ter de que o experimentalismo é sempre muito chato e muito hermético. Isso aqui é uma grande diversão. É quase que uma rave em forma de teatro, para a gente poder assistir e se entreter. É muito bacana. PDM - Teatro é ritual? RF - Não necessariamente. Esse aqui, apesar dele terminar com essa cara ritualística, do lobo, do cósmico e essa coisa toda, ele tem que ser muito programado, o tempo todo controlado por quem está editando todas essas imagens ao vivo e o jogo da atriz com a câmera tem que ser muito correto. Não dá pra fazer aquilo de uma forma muito catártica. Tem que ser muito ensaiado. PDM - Você já tinha visto alguma coisa do grupo? RF - Não tinha. Eu estava super curioso para ver o trabalho deles. Só conhecia por imagens. E as imagens não mentem o que o espetáculo é.]]>
Ruy Filho, em primeiro plano, durante a performance do grupo Insectotrópics.

Meia noite e meia. Logo após a segunda apresentação de "Chapeuzinho Galáctico", do grupo espanhol Insectotrópics, conversamos com Ruy Filho, diretor de teatro e editor da revista digital Antro Positivo, sobre essa experimentação que se apropria e revisita o conto da Chapeuzinho Vermelho, misturando teatro, música, artes visuais e live cinema. Ponto Digital Mirada - O que você achou do espetáculo? Ruy Filho - Achei divertido. Achei ousado. Uma mistura meio de anos 1980 com a tecnologia, do chroma key com o som de hoje. Uma mistureba muito interessante. Nesse sentido, acho que o espetáculo convence pelo jogo, pela maneira que vai lidando performaticamente com todos os elementos. Isso é o mais bacana de tudo. Eu fiquei muito impressionado no instante em que eles matam a vovó. Acho que ali é o ápice estético e dramático. A atriz faz bem, o momento da música é muito bom e a estética nesse instante é realmente primorosa. PDM - Como você percebe um espetáculo como este inserido no contexto de um festival como o Mirada? RF - Eu acho importantíssimo! Acho que tem que ter cada vez mais essas coisas no festival para tirar um pouco do ranso que a gente costuma ter de que o experimentalismo é sempre muito chato e muito hermético. Isso aqui é uma grande diversão. É quase que uma rave em forma de teatro, para a gente poder assistir e se entreter. É muito bacana. PDM - Teatro é ritual? RF - Não necessariamente. Esse aqui, apesar dele terminar com essa cara ritualística, do lobo, do cósmico e essa coisa toda, ele tem que ser muito programado, o tempo todo controlado por quem está editando todas essas imagens ao vivo e o jogo da atriz com a câmera tem que ser muito correto. Não dá pra fazer aquilo de uma forma muito catártica. Tem que ser muito ensaiado. PDM - Você já tinha visto alguma coisa do grupo? RF - Não tinha. Eu estava super curioso para ver o trabalho deles. Só conhecia por imagens. E as imagens não mentem o que o espetáculo é.]]>
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Por que Santos? https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/por-que-santos/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/por-que-santos/#comments Fri, 05 Sep 2014 21:28:00 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1068 Foto: Coletivo Pão & Circo

por·to |ô| 1 substantivo masculino 1. Lugar de uma costa onde os navios podem fundear. 2. [Figurado] Localidade onde se situa esse lugar. 3. Lugar onde se pode descansar ou encontrar proteção. 4. Abrigo, Refúgio. A definição de Porto se mescla ao propósito da arte. A busca por uma nova realidade cria refúgios imaginários que hoje recebem, assim como o embarcadouro, diferentes culturas. No maior porto da américa latina, os colonizadores europeus deixaram heranças visíveis no cotidiano dos santistas. Do bolinho de bacalhau à santa padroeira. [gallery ids="1112,1111,1110,1109,1106,1108"] Hoje ele desembarca artistas vizinhos, separados apenas pela água. E junto deles, novos sonhos. Como a ideia de criar um grande Festival Ibero-Americano de Teatro em Santos. “Aqui desembarcaram portugueses e espanhóis. A cidade foi construída por eles. Pensando nisso, vimos que não havia outra escolha senão a cidade de Santos para receber o Mirada”, explica Isabel Ortega, curadora do Festival. Santos, o Porto, e o povo representam a busca pela derrubada de barreiras. Transformando a arte em um barco a vela, o Mirada usa a imaginação como vento, combustível. Aqui, o porto é seguro. É uma promessa de vida mais farta de novas realidades, novas etnias. Mesmo que apenas imaginadas. Texto e Imagens: Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

por·to |ô| 1 substantivo masculino 1. Lugar de uma costa onde os navios podem fundear. 2. [Figurado] Localidade onde se situa esse lugar. 3. Lugar onde se pode descansar ou encontrar proteção. 4. Abrigo, Refúgio. A definição de Porto se mescla ao propósito da arte. A busca por uma nova realidade cria refúgios imaginários que hoje recebem, assim como o embarcadouro, diferentes culturas. No maior porto da américa latina, os colonizadores europeus deixaram heranças visíveis no cotidiano dos santistas. Do bolinho de bacalhau à santa padroeira. [gallery ids="1112,1111,1110,1109,1106,1108"] Hoje ele desembarca artistas vizinhos, separados apenas pela água. E junto deles, novos sonhos. Como a ideia de criar um grande Festival Ibero-Americano de Teatro em Santos. “Aqui desembarcaram portugueses e espanhóis. A cidade foi construída por eles. Pensando nisso, vimos que não havia outra escolha senão a cidade de Santos para receber o Mirada”, explica Isabel Ortega, curadora do Festival. Santos, o Porto, e o povo representam a busca pela derrubada de barreiras. Transformando a arte em um barco a vela, o Mirada usa a imaginação como vento, combustível. Aqui, o porto é seguro. É uma promessa de vida mais farta de novas realidades, novas etnias. Mesmo que apenas imaginadas. Texto e Imagens: Coletivo Pão & Circo ]]>
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Bienvenido. Bem-vindo. https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/bienvenido-bem-vindo-welcome/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/bienvenido-bem-vindo-welcome/#comments Fri, 05 Sep 2014 15:14:36 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1011 Captura de Tela 2014-09-05 às 12.15.16

A mistura gera uma nova expressão. Dificuldades da língua-mãe caem por terra com sorrisos universais, capazes de receber qualquer nacionalidade. Aqui a expressão é uma só: o teatro. Entre com o pé direito. ]]>
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A mistura gera uma nova expressão. Dificuldades da língua-mãe caem por terra com sorrisos universais, capazes de receber qualquer nacionalidade. Aqui a expressão é uma só: o teatro. Entre com o pé direito. ]]>
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8 motivos para você não perder o Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/8-motivos-para-voce-nao-perder-o-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/8-motivos-para-voce-nao-perder-o-mirada/#comments Fri, 05 Sep 2014 00:43:44 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1002 (Foto: Irolan)

1. Nenhuma nudez será castigada Não há espaço para ser puritano. No espetáculo dirigido por Nelda Castillo, Rapsódia para uma Mula, a atriz Mariela Brito faz uma performance nua e exposta. Baseado no poema homônimo de José Lezama Lima. 2. Viva o Chile! Em 2014, o país cordilheira é o grande homenageado. Divide com o Brasil o número de espetáculos - sete ao todo - com temas que passeiam entre a política e questões cotidianas contemporâneas. 3. Ineditismo O Festival apresenta três estreias nacionais. A companhia [ph2], de São Paulo, apresenta Stereo Franz, e a conterrânea Cia São Jorge mostra a sua versão de Fausto. Já o grupo Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, traz Nuestra Senhora de las Nuvens. 4. Ocupe Santos Nos próximos dias, o porto desembarca arte. Olhe a cidade com novos olhos, respire um ar mais doce. Alguns espetáculos, como o Projeto Bispo, de Kadu Veríssimo, convidam os espectadores a desvendar o centro histórico da cidade. 5. Um clássico é sempre moderno Clássicos de Shakespeare, como Otelo e Rei Lear, ganham trajes contemporâneos em peças homônimas da Argentina e Chile. 6. Carga Política Os 50 anos do Golpe Militar respingam nas programação do Mirada. Chile e Bolívia, além do Brasil, são alguns dos países que se baseiam suas histórias em dores do passado. 7. Acredite na Utopia Na arte como transformadora da sociedade. E na obra de María Pagés. Executada com música original ao vivo, ela usa versos de autores como Baudelaire, Neruda e Cervantes para pautar uma dança poética inspirada na obra de Oscar Niemeyer. 8. Para aprender a ver A mirar. Este é um convite, uma ordem, um desejo. Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
(Foto: Irolan)

1. Nenhuma nudez será castigada Não há espaço para ser puritano. No espetáculo dirigido por Nelda Castillo, Rapsódia para uma Mula, a atriz Mariela Brito faz uma performance nua e exposta. Baseado no poema homônimo de José Lezama Lima. 2. Viva o Chile! Em 2014, o país cordilheira é o grande homenageado. Divide com o Brasil o número de espetáculos - sete ao todo - com temas que passeiam entre a política e questões cotidianas contemporâneas. 3. Ineditismo O Festival apresenta três estreias nacionais. A companhia [ph2], de São Paulo, apresenta Stereo Franz, e a conterrânea Cia São Jorge mostra a sua versão de Fausto. Já o grupo Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, traz Nuestra Senhora de las Nuvens. 4. Ocupe Santos Nos próximos dias, o porto desembarca arte. Olhe a cidade com novos olhos, respire um ar mais doce. Alguns espetáculos, como o Projeto Bispo, de Kadu Veríssimo, convidam os espectadores a desvendar o centro histórico da cidade. 5. Um clássico é sempre moderno Clássicos de Shakespeare, como Otelo e Rei Lear, ganham trajes contemporâneos em peças homônimas da Argentina e Chile. 6. Carga Política Os 50 anos do Golpe Militar respingam nas programação do Mirada. Chile e Bolívia, além do Brasil, são alguns dos países que se baseiam suas histórias em dores do passado. 7. Acredite na Utopia Na arte como transformadora da sociedade. E na obra de María Pagés. Executada com música original ao vivo, ela usa versos de autores como Baudelaire, Neruda e Cervantes para pautar uma dança poética inspirada na obra de Oscar Niemeyer. 8. Para aprender a ver A mirar. Este é um convite, uma ordem, um desejo. Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
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