Mirada » » Teatro Sesc Santos https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Projeto Bispo e os personagens das ruas de Santos https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/projeto-bispo-retrata-o-centro-historico-e-personagens-das-ruas-santistas/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/projeto-bispo-retrata-o-centro-historico-e-personagens-das-ruas-santistas/#comments Tue, 09 Sep 2014 20:15:32 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1427 Captura de tela 2014-09-09 às 17.15.09

“Um dos retratos de Santos”. É com esta frase, aos prantos, que a psicóloga Rafaela Camargo definiu o espetáculo Projeto Bispo. “Foi muito bonito como na rua eles conseguiram captar uma faixa sensível, que toca. É um contraste dessa cidade, não é?”, completa, secando as lágrimas. O Coletivo, grupo teatral de pouco mais de dois anos, trouxe para o Mirada a visão do centro histórico e seus personagens marginalizados em um espetáculo que causou fortes emoções no público ao tocar em uma das feridas da cidade: o fechamento da Casa de Saúde Anchieta, no início da década de 90. Como resultado, grande parte dos seus pacientes acabou sem abrigo e hoje, compõem uma parcela da população que vive nas ruas de Santos. O tema delicado não é desconhecido para O Coletivo. Todos os seus atores vieram da Baixada Santista, portanto a história desses personagens sempre esteve presente no imaginário. "É muito bom estar no Mirada representando Santos, ainda mais porque somos um coletivo grande. Tem pessoas de Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente. Não é só Santos, mas a Baixada toda está aqui. Pra gente é muito bacana", disse o diretor, Kadu Veríssimo. “Foi um trabalho de ressignificação de ruas, edifícios antigos, tudo que é um símbolo muito forte para a cultura santista em termos de arquitetura e história. É comum começarmos a desviar os olhos para esse ser excluído da sociedade”, completou Junior Brasseloti, ator e produtor da peça.   Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Coletivo Querô]]>
Captura de tela 2014-09-09 às 17.15.09

“Um dos retratos de Santos”. É com esta frase, aos prantos, que a psicóloga Rafaela Camargo definiu o espetáculo Projeto Bispo. “Foi muito bonito como na rua eles conseguiram captar uma faixa sensível, que toca. É um contraste dessa cidade, não é?”, completa, secando as lágrimas. O Coletivo, grupo teatral de pouco mais de dois anos, trouxe para o Mirada a visão do centro histórico e seus personagens marginalizados em um espetáculo que causou fortes emoções no público ao tocar em uma das feridas da cidade: o fechamento da Casa de Saúde Anchieta, no início da década de 90. Como resultado, grande parte dos seus pacientes acabou sem abrigo e hoje, compõem uma parcela da população que vive nas ruas de Santos. O tema delicado não é desconhecido para O Coletivo. Todos os seus atores vieram da Baixada Santista, portanto a história desses personagens sempre esteve presente no imaginário. "É muito bom estar no Mirada representando Santos, ainda mais porque somos um coletivo grande. Tem pessoas de Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente. Não é só Santos, mas a Baixada toda está aqui. Pra gente é muito bacana", disse o diretor, Kadu Veríssimo. “Foi um trabalho de ressignificação de ruas, edifícios antigos, tudo que é um símbolo muito forte para a cultura santista em termos de arquitetura e história. É comum começarmos a desviar os olhos para esse ser excluído da sociedade”, completou Junior Brasseloti, ator e produtor da peça.   Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Coletivo Querô]]>
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Os desafios na produção de Puzzle https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-desafios-na-producao-de-puzzle-2/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-desafios-na-producao-de-puzzle-2/#comments Sat, 06 Sep 2014 13:26:09 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1137 Cenário de papel do espetáculo Puzzle (a), com produção de Luque Daltrozo.

Luque Daltrozo, diretor de produção do espetáculo Puzzle (a), desembarcou no Mirada 2014. Enquanto o trabalho de montagem do cenário da peça que será exibida nos dias 7 e 8 de setembro não começam, ele aproveitou para assistir alguns dos espetáculos do festival e conversou com a equipe do Ponto Digital Mirada. Perguntamos a ele qual foi o principal desafio para a produção de Puzzle. Ele contou que vinte dias antes de embarcar para a Frankfurt, onde o espetáculo realizou sua estreia mundial durante a Feira do Livro, que neste ano homenageava o Brasil, sua equipe soube que o teatro Mousonturm não permitia papel no cenário. Motivo? Ser um material com grande capacidade de combustão, colocando o espaço em risco. Puzzle possui cenário todo feito de papel, que vai se transformando à tinta e sofrendo intervenções dos atores ao longo da encenação. Sem papel quem entrava em risco era o espetáculo. Então Luque e sua equipe teve que pesquisar novos materiais até descobrirem um papel que não queima, conseguindo, finalmente, a aprovação para realizar o espetáculo no centro cultural alemão. Nem sempre Luque trabalhou na produção. Antes gostava de estar no palco atuando. Começou na produção quase sem querer, ajudando nos espetáculos em que era ator, sempre com medo que isso atrapalhasse a concentração dos ensaios. Com o passar do tempo foi percebendo que era muito mais protagonista atrás das cortinas que na frente delas. E já soma quase trinta anos de trabalho como diretor. Puzzle será apresentado no Teatro do Sesc Santos, mesmo palco em que foi encenado o espetáculo A Imaginação do Futuro, da companhia La Resentida, que representou o Chile, país homenageado desta edição do Mirada. Daltrozo disse ter se emocionado com a forma que o grupo recriou os últimos dias de Salvador Allende antes do golpe, pela semelhança que percebe na história daquele país com o nosso.]]>
Cenário de papel do espetáculo Puzzle (a), com produção de Luque Daltrozo.

Luque Daltrozo, diretor de produção do espetáculo Puzzle (a), desembarcou no Mirada 2014. Enquanto o trabalho de montagem do cenário da peça que será exibida nos dias 7 e 8 de setembro não começam, ele aproveitou para assistir alguns dos espetáculos do festival e conversou com a equipe do Ponto Digital Mirada. Perguntamos a ele qual foi o principal desafio para a produção de Puzzle. Ele contou que vinte dias antes de embarcar para a Frankfurt, onde o espetáculo realizou sua estreia mundial durante a Feira do Livro, que neste ano homenageava o Brasil, sua equipe soube que o teatro Mousonturm não permitia papel no cenário. Motivo? Ser um material com grande capacidade de combustão, colocando o espaço em risco. Puzzle possui cenário todo feito de papel, que vai se transformando à tinta e sofrendo intervenções dos atores ao longo da encenação. Sem papel quem entrava em risco era o espetáculo. Então Luque e sua equipe teve que pesquisar novos materiais até descobrirem um papel que não queima, conseguindo, finalmente, a aprovação para realizar o espetáculo no centro cultural alemão. Nem sempre Luque trabalhou na produção. Antes gostava de estar no palco atuando. Começou na produção quase sem querer, ajudando nos espetáculos em que era ator, sempre com medo que isso atrapalhasse a concentração dos ensaios. Com o passar do tempo foi percebendo que era muito mais protagonista atrás das cortinas que na frente delas. E já soma quase trinta anos de trabalho como diretor. Puzzle será apresentado no Teatro do Sesc Santos, mesmo palco em que foi encenado o espetáculo A Imaginação do Futuro, da companhia La Resentida, que representou o Chile, país homenageado desta edição do Mirada. Daltrozo disse ter se emocionado com a forma que o grupo recriou os últimos dias de Salvador Allende antes do golpe, pela semelhança que percebe na história daquele país com o nosso.]]>
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