Mirada » » santos https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Olhares envoltos no Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/olhares-envoltos-no-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/olhares-envoltos-no-mirada/#comments Wed, 17 Sep 2014 03:50:43 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1903 Foto: Coletivo Pão & Circo

A interação do Mirada com a baixada santista em comentários e imagens do moradores. Os pontos de vista são diversos tanto nos espetáculos quanto nas ruas da cidade.]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

A interação do Mirada com a baixada santista em comentários e imagens do moradores. Os pontos de vista são diversos tanto nos espetáculos quanto nas ruas da cidade.]]>
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Mirada 2014 em vídeos, textos, fotos e sensações https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-2014-em-videos-textos-fotos-e-sensacoes/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-2014-em-videos-textos-fotos-e-sensacoes/#comments Sun, 14 Sep 2014 11:36:18 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1886 Matéria-Prima

De 4 a 13 de setembro, a baixada santista foi palco do encontro de artistas e público com apresentações cênicas, shows, performances e atividades formativas durante a terceira edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. Foram mais de 70 mil pessoas assistindo aos 40 espetáculos do festival, que propiciou o encontro de trupes de 15 países.

Durante 10 dias, a extensa programação cultural ganhou destaque no Ponto Digital Mirada. Aqui, o que você não pode perder desta cobertura: - Com sete espetáculos na programação, o grande homenageado desta edição foi o Chile. Saiba por que aqui.

- Maria Pagés trouxe da Espanha a sua dança flamenca em Utopia, um espetáculo sensorial aplaudido de pé. Maria Pagés em cena - Personagens do Mirada falam sobre seus ofícios e percepções do festival em entrevistas exclusivas. Entre os nomes da cena, estão a diretora Cibele Forjaz, responsável pelos Desafios Cênicos do Mirada, o ator português António Fonseca, a preparadora vocal Letícia Coura e o diretor Leonardo Moreira.

- O público também é protagonista do Mirada e opinou sobre o que viu nos espetáculos. Foi o caso dos clássicos reinventados, do burburinho por trás de A Imaginação do Futuroda peça infantil São Jorge Menino e, ainda, refletindo: Qual é a sua peça dos sonhos? Veja a seguir algumas das respostas:

- Do centro histórico à beira do mar, Santos se transformou. Seja com o Projeto Bispo ressignificando e ocupando as ruas centrais, com a Casa Rosada e o Emissário utilizados a todo vapor, com a criação da Cidade dos Containers ou com as visitas ao Centro Cultural Português. Emissário Submarino e outro ponto de vista da cidade

- Nem só de fruição viveu o público. As atividades formativas foram parte essencial da programação. Entre Encontrões, Pontos de Conexão e muita troca nas oficinas práticas - como as performances-relâmpago dos Desafios Cênicos, o corpo expressivo proposto pelo CPT, os Ensaios de Coro e a Imersão Olho-Urubu do SescTV, entre outras. Conheça o pensamento que embasou as formativas em vídeo:

- Por trás das coxias: Preparamos uma série de vídeos com a gente de teatro que dá vazão ao imaginário comum.

- A mirada por trás do mirada: as oficinas e a E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, que ganha a área de convivência do Sesc Santos até novembro.

- O processo de criação se transformou na grande história do Ponto Digital. Das peças que retratam fatos políticos à presença feminina no Festival, fomos atrás das histórias por trás das histórias.

- Nem só de teatro vivem as artes cênicas. A dança também ganha espaço enquanto a trilha sonora dá o tom.

- Os elementos do festival se espalharam pela cidade e deram o que falar entre os moradores da baixada. Os elementos esal

- E uma última miradela com espetáculos para ver quando quiser: Ilha do Tesouro, 13 Sonhos, Projeto Bispo, UtopiaOdisseia e Matéria-Prima mostram o por quê do sucesso entre os espectadores.]]>
Matéria-Prima

De 4 a 13 de setembro, a baixada santista foi palco do encontro de artistas e público com apresentações cênicas, shows, performances e atividades formativas durante a terceira edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. Foram mais de 70 mil pessoas assistindo aos 40 espetáculos do festival, que propiciou o encontro de trupes de 15 países.

Durante 10 dias, a extensa programação cultural ganhou destaque no Ponto Digital Mirada. Aqui, o que você não pode perder desta cobertura: - Com sete espetáculos na programação, o grande homenageado desta edição foi o Chile. Saiba por que aqui.

- Maria Pagés trouxe da Espanha a sua dança flamenca em Utopia, um espetáculo sensorial aplaudido de pé. Maria Pagés em cena - Personagens do Mirada falam sobre seus ofícios e percepções do festival em entrevistas exclusivas. Entre os nomes da cena, estão a diretora Cibele Forjaz, responsável pelos Desafios Cênicos do Mirada, o ator português António Fonseca, a preparadora vocal Letícia Coura e o diretor Leonardo Moreira.

- O público também é protagonista do Mirada e opinou sobre o que viu nos espetáculos. Foi o caso dos clássicos reinventados, do burburinho por trás de A Imaginação do Futuroda peça infantil São Jorge Menino e, ainda, refletindo: Qual é a sua peça dos sonhos? Veja a seguir algumas das respostas:

- Do centro histórico à beira do mar, Santos se transformou. Seja com o Projeto Bispo ressignificando e ocupando as ruas centrais, com a Casa Rosada e o Emissário utilizados a todo vapor, com a criação da Cidade dos Containers ou com as visitas ao Centro Cultural Português. Emissário Submarino e outro ponto de vista da cidade

- Nem só de fruição viveu o público. As atividades formativas foram parte essencial da programação. Entre Encontrões, Pontos de Conexão e muita troca nas oficinas práticas - como as performances-relâmpago dos Desafios Cênicos, o corpo expressivo proposto pelo CPT, os Ensaios de Coro e a Imersão Olho-Urubu do SescTV, entre outras. Conheça o pensamento que embasou as formativas em vídeo:

- Por trás das coxias: Preparamos uma série de vídeos com a gente de teatro que dá vazão ao imaginário comum.

- A mirada por trás do mirada: as oficinas e a E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, que ganha a área de convivência do Sesc Santos até novembro.

- O processo de criação se transformou na grande história do Ponto Digital. Das peças que retratam fatos políticos à presença feminina no Festival, fomos atrás das histórias por trás das histórias.

- Nem só de teatro vivem as artes cênicas. A dança também ganha espaço enquanto a trilha sonora dá o tom.

- Os elementos do festival se espalharam pela cidade e deram o que falar entre os moradores da baixada. Os elementos esal

- E uma última miradela com espetáculos para ver quando quiser: Ilha do Tesouro, 13 Sonhos, Projeto Bispo, UtopiaOdisseia e Matéria-Prima mostram o por quê do sucesso entre os espectadores.]]>
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Mirada transforma espaços da cidade em núcleos culturais https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-transforma-espacos-da-cidade-em-nucleos-culturais/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-transforma-espacos-da-cidade-em-nucleos-culturais/#comments Fri, 12 Sep 2014 21:55:33 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1628 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Há do ponto de vista do Mirada uma investigação: que outros espaços mais nós podemos conseguir? Que outros espaços mais nós temos que dar voz? Foi assim com o Emissário, a Casa Rosada - Sabesp, o Centro de Cultura Português. São espaços de memória dentro da cidade. Eles estão por aí. Trata de nós, a cada edição, cavar um pouquinho mais, no sentido arqueológico mesmo. Uma arqueologia da cidade também é o papel do festival. Ir cavocando, pincelando e descobrindo novas texturas, novos espaços e novos parceiros”. É assim que Sérgio Luis Oliveira, da Gerência de Ação Cultural do Sesc e um dos curadores do Mirada, explica a inserção de novos cenários no festival. Neste ano, o trajeto que uma vez pertenceu ao esgoto da cidade se transformou no fluxo do público – e em parte da identidade do festival - com a inclusão do Emissário Submarino e da Casa Rosada na lista de locais onde a programação acontece. “O resultado desta parceria está sendo bastante positivo. Os espetáculos que acontecem no antigo Prédio de Prevenção, apelidado de ‘Casa Rosada’, tiveram bom público e foram bastante interessantes. É uma satisfação para nós abrir as portas para atividades culturais como o teatro. Nossa intenção sempre foi propor ações que aproximassem a população da Companhia, promovendo a conscientização ambiental e, por que não, proporcionando também um espaço diferente para eventos como o Mirada, exposições e outras intervenções artísticas”, explica João Cesar Queiroz Prado, superintendente da Sabesp na Baixada Santista. “O olhar do parque é um olhar múltiplo, é um lugar de contemplação, de atividades físicas, de esportes e de cultura. O Mirada é um evento internacional, só me dá prazer receber no parque um evento desse porte. Eu tenho as melhores avaliações para fazer”, conta Flavio Silva Martins, administrador do Parque Roberto Mário Santini - o Emissário Submarino. Esse resultado de que ele fala já pode ser visto. Rendre Ortiz, acordeonista colombiano e participante do espetáculo 13 Sonhos, aproveitou um momento de folga para passear pelo local. “Eu já estive no Brasil, mas é a primeira vez que visito Santos. Estou visitando o Emissário e achei a exposição de fotos incrível, não sabia que o festival se estendia até aqui. Foi uma ótima surpresa”, revelou. Assim como o colombiano, o professor de surf Augusto Martins vê um aspecto positivo na presença do Mirada no Emissário. "Eu frequento aqui desde criança e depois que o Parque foi urbanizado, os eventos começaram a acontecer com uma estrutura maravilhosa de segurança. Isso dá mais confiança para os turistas se aproximarem, porque aqui costumava ser uma área perigosa. Assim Com outras pessoas passam a tomar conta do espaço também. E muita gente veio conhecer o trabalho da escola de surf de Santos aqui no quebra-mar”, comemora. Na Casa Rosada, como conta Sérgio, o trabalho foi diferente, uma vez que o local não costuma receber programações culturais. “Nós tivemos o envolvimento das pessoas da gestão, elas fizeram muita questão que nos aproximássemos. No ano passado houve uma sondagem do espaço, vimos os potenciais de montagem e percebemos que poderíamos abrir ali obras de caráter mais alternativo. E o resultado lá foram as montagens de obras como o Terra de Santo, que exige um edifício particular onde é preciso remodelar o espaço. O próprio Odisseia, que é uma coisa menor, não pode ser em um teatro”, conta. “A importância é de participar ativamente do cenário cultural da Baixada Santista e contribuir em deixar uma imagem positiva da região aos nossos visitantes. Além disso, o Prédio é um patrimônio histórico da cidade de Santos, uma estrutura que faz parte da identidade do santista”, afirma João, com orgulho da parceria. Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Há do ponto de vista do Mirada uma investigação: que outros espaços mais nós podemos conseguir? Que outros espaços mais nós temos que dar voz? Foi assim com o Emissário, a Casa Rosada - Sabesp, o Centro de Cultura Português. São espaços de memória dentro da cidade. Eles estão por aí. Trata de nós, a cada edição, cavar um pouquinho mais, no sentido arqueológico mesmo. Uma arqueologia da cidade também é o papel do festival. Ir cavocando, pincelando e descobrindo novas texturas, novos espaços e novos parceiros”. É assim que Sérgio Luis Oliveira, da Gerência de Ação Cultural do Sesc e um dos curadores do Mirada, explica a inserção de novos cenários no festival. Neste ano, o trajeto que uma vez pertenceu ao esgoto da cidade se transformou no fluxo do público – e em parte da identidade do festival - com a inclusão do Emissário Submarino e da Casa Rosada na lista de locais onde a programação acontece. “O resultado desta parceria está sendo bastante positivo. Os espetáculos que acontecem no antigo Prédio de Prevenção, apelidado de ‘Casa Rosada’, tiveram bom público e foram bastante interessantes. É uma satisfação para nós abrir as portas para atividades culturais como o teatro. Nossa intenção sempre foi propor ações que aproximassem a população da Companhia, promovendo a conscientização ambiental e, por que não, proporcionando também um espaço diferente para eventos como o Mirada, exposições e outras intervenções artísticas”, explica João Cesar Queiroz Prado, superintendente da Sabesp na Baixada Santista. “O olhar do parque é um olhar múltiplo, é um lugar de contemplação, de atividades físicas, de esportes e de cultura. O Mirada é um evento internacional, só me dá prazer receber no parque um evento desse porte. Eu tenho as melhores avaliações para fazer”, conta Flavio Silva Martins, administrador do Parque Roberto Mário Santini - o Emissário Submarino. Esse resultado de que ele fala já pode ser visto. Rendre Ortiz, acordeonista colombiano e participante do espetáculo 13 Sonhos, aproveitou um momento de folga para passear pelo local. “Eu já estive no Brasil, mas é a primeira vez que visito Santos. Estou visitando o Emissário e achei a exposição de fotos incrível, não sabia que o festival se estendia até aqui. Foi uma ótima surpresa”, revelou. Assim como o colombiano, o professor de surf Augusto Martins vê um aspecto positivo na presença do Mirada no Emissário. "Eu frequento aqui desde criança e depois que o Parque foi urbanizado, os eventos começaram a acontecer com uma estrutura maravilhosa de segurança. Isso dá mais confiança para os turistas se aproximarem, porque aqui costumava ser uma área perigosa. Assim Com outras pessoas passam a tomar conta do espaço também. E muita gente veio conhecer o trabalho da escola de surf de Santos aqui no quebra-mar”, comemora. Na Casa Rosada, como conta Sérgio, o trabalho foi diferente, uma vez que o local não costuma receber programações culturais. “Nós tivemos o envolvimento das pessoas da gestão, elas fizeram muita questão que nos aproximássemos. No ano passado houve uma sondagem do espaço, vimos os potenciais de montagem e percebemos que poderíamos abrir ali obras de caráter mais alternativo. E o resultado lá foram as montagens de obras como o Terra de Santo, que exige um edifício particular onde é preciso remodelar o espaço. O próprio Odisseia, que é uma coisa menor, não pode ser em um teatro”, conta. “A importância é de participar ativamente do cenário cultural da Baixada Santista e contribuir em deixar uma imagem positiva da região aos nossos visitantes. Além disso, o Prédio é um patrimônio histórico da cidade de Santos, uma estrutura que faz parte da identidade do santista”, afirma João, com orgulho da parceria. Coletivo Pão & Circo ]]>
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E.CO celebra a mirada e os coletivos https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/e-co-celebra-a-mirada-e-os-coletivos/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/e-co-celebra-a-mirada-e-os-coletivos/#comments Fri, 12 Sep 2014 12:00:17 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1579 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Vivemos uma época de confusão de coisas, de politica, e também de massificação. Temos muito de tudo. Nesse sentido, a individualidade está sumindo, entrando em uma forma de trabalhar um pouco mais poliédrica: os coletivos”. Essa é a reflexão que faz Claudi Carreras, curador de E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos. Além de trazer um retrato da cidade de Santos, a exposição ainda celebra a produção em conjunto, um dos temas dos quais Claudi é entusiasta. “Foi uma forma de entender a coletividade, e uma forma muito bonita. Além disso, alguns coletivos disseram que foi o encontro mais frutífero que eles foram, porque todos pensaram juntos. Foi um evento verdadeiramente participativo”, conta. A exposição é resultado do trabalho de 20 coletivos fotográficos durante a semana anterior ao Mirada. “Neste modelo de evento participam 70 ou 80 pessoas e o objetivo é produzir, expor e montar a exposição em dez dias”, explica Paulo Fehlauer, jornalista e fotógrafo do Coletivo Garapa, um dos participantes do encontro. Assim como Claudi, Paulo partilha do entusiasmo pela criação coletiva, e reafirma a ideia de dividir as forças. “Da nossa parte, existe uma disposição para trabalhar em colaboração. Quase todos os nossos projetos são desenvolvidos com colaborações de outros profissionais, sejam jornalistas ou designers, gente do cinema. A gente sempre busca isso. Pra nós isso é importante porque é uma forma de trabalhar diferente, não é apenas uma relação de contratação de forma hierárquica. A gente tenta inverter a dinâmica e pensar como parceria, uma colaboração horizontal”, conta Rafael Vilela, do Mídia Ninja, também participante do evento. “Não há outra forma mais interessante e inteligente do que o trabalho coletivo no século 21. Barateamos os custos e compartilhamos as angústias e críticas: tudo já sai mais delineado, com mais debate. A inteligência coletiva é fundamental para fotografia. As pessoas tem que sair de suas bolhas, largar seu ego e partir para essa aventura”. O processo de produção e o resultado “Eu pesquiso há dez anos sobre a cena latino-americana. Em 2006 comecei a mapear esse trabalho e em 2008 fizemos a primeira exposição como um encontro de coletivos. A partir dai fizemos uma pesquisa continuada, com uma curadoria mais abrangente desses países”, conta Claudi. “Fotograficamente, o Brasil me fascinou. A partir disso, a exposição fez todo sentido”, acrescentou. Rafael Vilela também explicou o trabalho do Mídia Ninja dentro do projeto. “Foram 10 dias juntos, uma explosão de alegria, de trocas e de conhecimento. Já viemos trabalhando nos últimos anos na concepção de uma rede latino-americana de fotografia, linkando articulações distintas”, revela. Como resultado, ele acredita em um trabalho que além de interessante, possa ser duradouro. “A ideia da fotografia enquanto vetor de conexão é muito potente, tenho certeza que essas trocas irão gerar consequências deliciosas nos meses que seguem, como a revista de fotografia latino-americana gerida pelos coletivos, que criamos em uma reunião aberta fora dos espaços formais do encontro em Santos. O E.CO é excelente, ao meu ver, ao possibilitar essas conexões e permitir que se criem estruturas e projetos para além dele”, disse. Laura del Rey, fotógrafa participante, contou como funcionou o trabalho: “Eu e outros 13 fotógrafos, jornalistas, historiadores e professores, participamos da fase chamada 'esquenta' do E.CO, que teve três workshops. Fiz o Orla Latente, com o Coletivo Garapa. Nesse esquenta, foram três dias de encontros, sendo o primeiro uma conversa geral, um pouco da história, trabalho e metodologia deles. Foi um grande brainstorm sobre Santos e o que fotografaríamos no dia seguinte. O segundo dia já foi a saída dos minigrupos (2 ou 3 pessoas por coletivo), cada qual com seu respectivo canal da orla para registrar. O terceiro dia foi a edição das imagens”, explica. “Foi muito importante estar dentro de um evento internacional ibero-americano. Porque os meus trabalhos tem uma ligação muito forte com isso. O próprio nome indica: mirada. E nós trouxemos um olhar sobre a cidade de Santos”, finalizou Claudi.   Coletivo Pão & Circo]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Vivemos uma época de confusão de coisas, de politica, e também de massificação. Temos muito de tudo. Nesse sentido, a individualidade está sumindo, entrando em uma forma de trabalhar um pouco mais poliédrica: os coletivos”. Essa é a reflexão que faz Claudi Carreras, curador de E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos. Além de trazer um retrato da cidade de Santos, a exposição ainda celebra a produção em conjunto, um dos temas dos quais Claudi é entusiasta. “Foi uma forma de entender a coletividade, e uma forma muito bonita. Além disso, alguns coletivos disseram que foi o encontro mais frutífero que eles foram, porque todos pensaram juntos. Foi um evento verdadeiramente participativo”, conta. A exposição é resultado do trabalho de 20 coletivos fotográficos durante a semana anterior ao Mirada. “Neste modelo de evento participam 70 ou 80 pessoas e o objetivo é produzir, expor e montar a exposição em dez dias”, explica Paulo Fehlauer, jornalista e fotógrafo do Coletivo Garapa, um dos participantes do encontro. Assim como Claudi, Paulo partilha do entusiasmo pela criação coletiva, e reafirma a ideia de dividir as forças. “Da nossa parte, existe uma disposição para trabalhar em colaboração. Quase todos os nossos projetos são desenvolvidos com colaborações de outros profissionais, sejam jornalistas ou designers, gente do cinema. A gente sempre busca isso. Pra nós isso é importante porque é uma forma de trabalhar diferente, não é apenas uma relação de contratação de forma hierárquica. A gente tenta inverter a dinâmica e pensar como parceria, uma colaboração horizontal”, conta Rafael Vilela, do Mídia Ninja, também participante do evento. “Não há outra forma mais interessante e inteligente do que o trabalho coletivo no século 21. Barateamos os custos e compartilhamos as angústias e críticas: tudo já sai mais delineado, com mais debate. A inteligência coletiva é fundamental para fotografia. As pessoas tem que sair de suas bolhas, largar seu ego e partir para essa aventura”. O processo de produção e o resultado “Eu pesquiso há dez anos sobre a cena latino-americana. Em 2006 comecei a mapear esse trabalho e em 2008 fizemos a primeira exposição como um encontro de coletivos. A partir dai fizemos uma pesquisa continuada, com uma curadoria mais abrangente desses países”, conta Claudi. “Fotograficamente, o Brasil me fascinou. A partir disso, a exposição fez todo sentido”, acrescentou. Rafael Vilela também explicou o trabalho do Mídia Ninja dentro do projeto. “Foram 10 dias juntos, uma explosão de alegria, de trocas e de conhecimento. Já viemos trabalhando nos últimos anos na concepção de uma rede latino-americana de fotografia, linkando articulações distintas”, revela. Como resultado, ele acredita em um trabalho que além de interessante, possa ser duradouro. “A ideia da fotografia enquanto vetor de conexão é muito potente, tenho certeza que essas trocas irão gerar consequências deliciosas nos meses que seguem, como a revista de fotografia latino-americana gerida pelos coletivos, que criamos em uma reunião aberta fora dos espaços formais do encontro em Santos. O E.CO é excelente, ao meu ver, ao possibilitar essas conexões e permitir que se criem estruturas e projetos para além dele”, disse. Laura del Rey, fotógrafa participante, contou como funcionou o trabalho: “Eu e outros 13 fotógrafos, jornalistas, historiadores e professores, participamos da fase chamada 'esquenta' do E.CO, que teve três workshops. Fiz o Orla Latente, com o Coletivo Garapa. Nesse esquenta, foram três dias de encontros, sendo o primeiro uma conversa geral, um pouco da história, trabalho e metodologia deles. Foi um grande brainstorm sobre Santos e o que fotografaríamos no dia seguinte. O segundo dia já foi a saída dos minigrupos (2 ou 3 pessoas por coletivo), cada qual com seu respectivo canal da orla para registrar. O terceiro dia foi a edição das imagens”, explica. “Foi muito importante estar dentro de um evento internacional ibero-americano. Porque os meus trabalhos tem uma ligação muito forte com isso. O próprio nome indica: mirada. E nós trouxemos um olhar sobre a cidade de Santos”, finalizou Claudi.   Coletivo Pão & Circo]]>
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Projeto Bispo e os personagens das ruas de Santos https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/projeto-bispo-retrata-o-centro-historico-e-personagens-das-ruas-santistas/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/projeto-bispo-retrata-o-centro-historico-e-personagens-das-ruas-santistas/#comments Tue, 09 Sep 2014 20:15:32 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1427 Captura de tela 2014-09-09 às 17.15.09

“Um dos retratos de Santos”. É com esta frase, aos prantos, que a psicóloga Rafaela Camargo definiu o espetáculo Projeto Bispo. “Foi muito bonito como na rua eles conseguiram captar uma faixa sensível, que toca. É um contraste dessa cidade, não é?”, completa, secando as lágrimas. O Coletivo, grupo teatral de pouco mais de dois anos, trouxe para o Mirada a visão do centro histórico e seus personagens marginalizados em um espetáculo que causou fortes emoções no público ao tocar em uma das feridas da cidade: o fechamento da Casa de Saúde Anchieta, no início da década de 90. Como resultado, grande parte dos seus pacientes acabou sem abrigo e hoje, compõem uma parcela da população que vive nas ruas de Santos. O tema delicado não é desconhecido para O Coletivo. Todos os seus atores vieram da Baixada Santista, portanto a história desses personagens sempre esteve presente no imaginário. "É muito bom estar no Mirada representando Santos, ainda mais porque somos um coletivo grande. Tem pessoas de Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente. Não é só Santos, mas a Baixada toda está aqui. Pra gente é muito bacana", disse o diretor, Kadu Veríssimo. “Foi um trabalho de ressignificação de ruas, edifícios antigos, tudo que é um símbolo muito forte para a cultura santista em termos de arquitetura e história. É comum começarmos a desviar os olhos para esse ser excluído da sociedade”, completou Junior Brasseloti, ator e produtor da peça.   Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Coletivo Querô]]>
Captura de tela 2014-09-09 às 17.15.09

“Um dos retratos de Santos”. É com esta frase, aos prantos, que a psicóloga Rafaela Camargo definiu o espetáculo Projeto Bispo. “Foi muito bonito como na rua eles conseguiram captar uma faixa sensível, que toca. É um contraste dessa cidade, não é?”, completa, secando as lágrimas. O Coletivo, grupo teatral de pouco mais de dois anos, trouxe para o Mirada a visão do centro histórico e seus personagens marginalizados em um espetáculo que causou fortes emoções no público ao tocar em uma das feridas da cidade: o fechamento da Casa de Saúde Anchieta, no início da década de 90. Como resultado, grande parte dos seus pacientes acabou sem abrigo e hoje, compõem uma parcela da população que vive nas ruas de Santos. O tema delicado não é desconhecido para O Coletivo. Todos os seus atores vieram da Baixada Santista, portanto a história desses personagens sempre esteve presente no imaginário. "É muito bom estar no Mirada representando Santos, ainda mais porque somos um coletivo grande. Tem pessoas de Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente. Não é só Santos, mas a Baixada toda está aqui. Pra gente é muito bacana", disse o diretor, Kadu Veríssimo. “Foi um trabalho de ressignificação de ruas, edifícios antigos, tudo que é um símbolo muito forte para a cultura santista em termos de arquitetura e história. É comum começarmos a desviar os olhos para esse ser excluído da sociedade”, completou Junior Brasseloti, ator e produtor da peça.   Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Coletivo Querô]]>
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A sobrevida do centro histórico https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/visita-ao-centro-historico/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/visita-ao-centro-historico/#comments Tue, 09 Sep 2014 12:00:22 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1374 Imagem: Coletivo Querô

O Centro de Santos é um personagem-chave dentro do Festival Mirada. Tem vida, cheiro e crias próprias. É nessa humanização do centro-protagonista, que se veste em roupas gastas, que percebemos a criação de uma nova identidade para um dos lugares mais icônicos da Baixada. Centro Cultural Português, Praça Mauá, Teatro Coliseu e Guarany. Chegar na cidade sem se encantar pelas ruas centrais com sua arquitetura característica é como sair de Santos sem pisar na areia. Ocupar o centro histórico foi uma das preocupações na concepção do Festival, como conta um dos responsáveis pela programação, Leonardo Nicoletti. “O local tem uma circulação importante. Imaginamos que seria interessante para quem é de fora da cidade poder estar aqui, para ter uma percepção artística desse espaço”, conta. Foto: Pão & Circo Transformar o centro não significa necessariamente tentar mascarar a sua realidade vandalizada. O perfume mais caro não seria capaz de disfarçar o seu cheiro ocre de urina, nem esconder as calçadas cinzas que se assemelham aos sapatos gastos dos moradores que circulam por ali. E é utilizando esse pensamento que o grupo O Coletivo, de Santos, traz para as suas ruas o espetáculo Projeto Bispo, que desbrava o local usando-o como um corredor para construir a narrativa. “Queríamos trabalhar na rua. Queríamos pesquisar espaços públicos para contar essa história”, conta Junior Brasseloti, ator da peça. A santista Erica Silva diz que não viria ao centro à noite se não fosse pelo espetáculo. “Não viria aqui em um dia de semana. Eu acho essa iniciativa muito bacana, e gostaria que o Sesc trouxesse outras. Pessoal – atores, equipes – nós temos, né?”, indaga. Bruno Almeida, que também conferiu o projeto do grupo local, partilha da mesma opinião. “É bacana trazer para o centro porque é um local que está fora do eixo de cultura. Essa região abrigou tanta coisa historicamente, e parece que hoje não é tão lembrada. Acho que essas intervenções ganham a atenção das pessoas”, afirma. Uma vez conhecido pela sua estrutura física e arquitetônica, o centro da cidade hoje luta, assim como os seus moradores, por um espaço além da rotina à luz do sol. Luta por uma sobrevida fora da marginalidade. E é aí que a arte, o teatro, se insere: na possibilidade de mirar a beleza que já cansou aos olhos. O Coletivo é um grupo que reúne atores e artistas da Baixada Santista. Com pouco mais de dois anos, ele já se tornou motivo de orgulho local ao participar do Mirada."Provamos que Santo de casa faz milagre sim", diz Brasseloti. A direção de Projeto Bispo fica por conta de Kadu Veríssimo, premiado em festivais de Guarujá e Cubatão, entre outros. Coletivo Pão & Circo]]>
Imagem: Coletivo Querô

O Centro de Santos é um personagem-chave dentro do Festival Mirada. Tem vida, cheiro e crias próprias. É nessa humanização do centro-protagonista, que se veste em roupas gastas, que percebemos a criação de uma nova identidade para um dos lugares mais icônicos da Baixada. Centro Cultural Português, Praça Mauá, Teatro Coliseu e Guarany. Chegar na cidade sem se encantar pelas ruas centrais com sua arquitetura característica é como sair de Santos sem pisar na areia. Ocupar o centro histórico foi uma das preocupações na concepção do Festival, como conta um dos responsáveis pela programação, Leonardo Nicoletti. “O local tem uma circulação importante. Imaginamos que seria interessante para quem é de fora da cidade poder estar aqui, para ter uma percepção artística desse espaço”, conta. Foto: Pão & Circo Transformar o centro não significa necessariamente tentar mascarar a sua realidade vandalizada. O perfume mais caro não seria capaz de disfarçar o seu cheiro ocre de urina, nem esconder as calçadas cinzas que se assemelham aos sapatos gastos dos moradores que circulam por ali. E é utilizando esse pensamento que o grupo O Coletivo, de Santos, traz para as suas ruas o espetáculo Projeto Bispo, que desbrava o local usando-o como um corredor para construir a narrativa. “Queríamos trabalhar na rua. Queríamos pesquisar espaços públicos para contar essa história”, conta Junior Brasseloti, ator da peça. A santista Erica Silva diz que não viria ao centro à noite se não fosse pelo espetáculo. “Não viria aqui em um dia de semana. Eu acho essa iniciativa muito bacana, e gostaria que o Sesc trouxesse outras. Pessoal – atores, equipes – nós temos, né?”, indaga. Bruno Almeida, que também conferiu o projeto do grupo local, partilha da mesma opinião. “É bacana trazer para o centro porque é um local que está fora do eixo de cultura. Essa região abrigou tanta coisa historicamente, e parece que hoje não é tão lembrada. Acho que essas intervenções ganham a atenção das pessoas”, afirma. Uma vez conhecido pela sua estrutura física e arquitetônica, o centro da cidade hoje luta, assim como os seus moradores, por um espaço além da rotina à luz do sol. Luta por uma sobrevida fora da marginalidade. E é aí que a arte, o teatro, se insere: na possibilidade de mirar a beleza que já cansou aos olhos. O Coletivo é um grupo que reúne atores e artistas da Baixada Santista. Com pouco mais de dois anos, ele já se tornou motivo de orgulho local ao participar do Mirada."Provamos que Santo de casa faz milagre sim", diz Brasseloti. A direção de Projeto Bispo fica por conta de Kadu Veríssimo, premiado em festivais de Guarujá e Cubatão, entre outros. Coletivo Pão & Circo]]>
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São Jorge pelo olhar dos meninos https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/sao-jorge-pelo-olhar-dos-meninos/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/sao-jorge-pelo-olhar-dos-meninos/#comments Mon, 08 Sep 2014 20:50:04 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1328 Foto: Coletivo Pão & Circo

Oito de setembro de 2014, Santos fica mais leve no feriado de Nossa Senhora de Monte Serrat. O clima quente e nublado parece ter sido escolhido a dedo para as apresentações de rua. A maresia enrosca os cabelos das mães, e as crianças correm para gastar a energia que não gastaram hoje na escola. Os olhares curiosos são brilhantes, e se fixam nas excêntricas roupas da Companhia São Jorge de Variedades, que apresenta na Fonte do Sapo, na orla santista, o espetáculo São Jorge Menino. Vitor, 13 anos, e Nícolas, 11 anos, saíram cedo de casa, com uma missão especial – pedalar de São Vicente até a beira da praia de Santos. O motivo não poderia ser mais nobre: a arte. Sozinhos eles andaram os 9 quilômetros que separam as cidades para ver de perto a peça trazida pela companhia de teatro criada em 1998. “Viemos de bike para ver a peça aqui na praia”, dizem, com os seus sorrisos espaçados de quem ainda não terminou de trocar os dentes. “A gente sempre vem quando tem alguma coisa na rua”, completam. Na plateia, as bocas sujas de milho e doce de leite mostram que a tarde de espetáculo já está garantida. Crianças se amontoam entre as palmeiras para conferir de perto a encenação, que apresenta para o público infantil um olhar diferenciado sobre a sociedade e o homem. Assim ele permite que os pequenos possam, através de um instante de imaginação, encontrar seus próprios dizeres. Pensando nisso, demos o espaço para que eles pensem e nos contem suas percepções sobre a peça e o Mirada. Os entendimentos, você lê abaixo. Foto: Coletivo Pão & Circo "Eu fico muito feliz de participar desses espetáculos na rua. Esse é o primeiro que eu tô vendo, tô bem ansioso". André, 11 anos "É tudo legal. Já vi outros na rua, são legais. É feriado na escola, mas é legal vir aqui". Stephanie, 10 anos "É legal porque como a gente tá do lado da praia, dá pra brincar um pouco". Letícia, 7 anos Foto: Coletivo Pão & Circo "Tô achando tudo legal. Eu acho teatro o máximo. Quando eu crescer eu quero ser que nem essas pessoas que fazem isso aí. Como chama mesmo? Atriz? É". Larissa, 9 anos "Eu acho da hora isso daqui. Dá pra brincar, dá pra correr, dá pra ver teatro". Marcos Vinícius, 9 anos "Tem várias pessoas, brincadeiras, atividades. É muito legal". Jeferson, 11 anos A companhia São Jorge de Variedades fez a sua última apresentação de São Jorge Menino nesta segunda, dia 8. A partir do dia 12, sexta-feira, ela volta com o espetáculo adulto inédito Fausto. Clique aqui para saber mais informações sobre ingressos, e aqui e aqui para as próximas peças infantis/familiares. Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

Oito de setembro de 2014, Santos fica mais leve no feriado de Nossa Senhora de Monte Serrat. O clima quente e nublado parece ter sido escolhido a dedo para as apresentações de rua. A maresia enrosca os cabelos das mães, e as crianças correm para gastar a energia que não gastaram hoje na escola. Os olhares curiosos são brilhantes, e se fixam nas excêntricas roupas da Companhia São Jorge de Variedades, que apresenta na Fonte do Sapo, na orla santista, o espetáculo São Jorge Menino. Vitor, 13 anos, e Nícolas, 11 anos, saíram cedo de casa, com uma missão especial – pedalar de São Vicente até a beira da praia de Santos. O motivo não poderia ser mais nobre: a arte. Sozinhos eles andaram os 9 quilômetros que separam as cidades para ver de perto a peça trazida pela companhia de teatro criada em 1998. “Viemos de bike para ver a peça aqui na praia”, dizem, com os seus sorrisos espaçados de quem ainda não terminou de trocar os dentes. “A gente sempre vem quando tem alguma coisa na rua”, completam. Na plateia, as bocas sujas de milho e doce de leite mostram que a tarde de espetáculo já está garantida. Crianças se amontoam entre as palmeiras para conferir de perto a encenação, que apresenta para o público infantil um olhar diferenciado sobre a sociedade e o homem. Assim ele permite que os pequenos possam, através de um instante de imaginação, encontrar seus próprios dizeres. Pensando nisso, demos o espaço para que eles pensem e nos contem suas percepções sobre a peça e o Mirada. Os entendimentos, você lê abaixo. Foto: Coletivo Pão & Circo "Eu fico muito feliz de participar desses espetáculos na rua. Esse é o primeiro que eu tô vendo, tô bem ansioso". André, 11 anos "É tudo legal. Já vi outros na rua, são legais. É feriado na escola, mas é legal vir aqui". Stephanie, 10 anos "É legal porque como a gente tá do lado da praia, dá pra brincar um pouco". Letícia, 7 anos Foto: Coletivo Pão & Circo "Tô achando tudo legal. Eu acho teatro o máximo. Quando eu crescer eu quero ser que nem essas pessoas que fazem isso aí. Como chama mesmo? Atriz? É". Larissa, 9 anos "Eu acho da hora isso daqui. Dá pra brincar, dá pra correr, dá pra ver teatro". Marcos Vinícius, 9 anos "Tem várias pessoas, brincadeiras, atividades. É muito legal". Jeferson, 11 anos A companhia São Jorge de Variedades fez a sua última apresentação de São Jorge Menino nesta segunda, dia 8. A partir do dia 12, sexta-feira, ela volta com o espetáculo adulto inédito Fausto. Clique aqui para saber mais informações sobre ingressos, e aqui e aqui para as próximas peças infantis/familiares. Coletivo Pão & Circo ]]>
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Os Lusíadas no Centro Cultural Português https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-lusiadas-no-centro-portugues/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-lusiadas-no-centro-portugues/#comments Mon, 08 Sep 2014 12:00:38 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1280 Foto: Pão & Circo

Até junho de 1945, o tradicional Real Centro Português era o principal elo da colônia portuguesa em Santos. Depois desta data, a casa mudou de nome, mas não de identidade. O atual Centro Cultural Português abriga atividades literárias, educacionais e sociais, além de ser um dos personagens do Mirada. O edifício ganha destaque pelo projeto arquitetônico e chama a atenção na Baixada Santista. Decoração e mobílias impecáveis conferem requinte à altura. O ator António Fonseca apresenta a aclamada obra de Camões, Os Lusíadas, de cabo a rabo em três dias de espetáculo solitário no palco. A locação não poderia ter sido outra. Cada detalhe é importante. Toda a frase dita e cada quadro na parede formam um conjunto perfeito. Passeie por lá.]]>
Foto: Pão & Circo

Até junho de 1945, o tradicional Real Centro Português era o principal elo da colônia portuguesa em Santos. Depois desta data, a casa mudou de nome, mas não de identidade. O atual Centro Cultural Português abriga atividades literárias, educacionais e sociais, além de ser um dos personagens do Mirada. O edifício ganha destaque pelo projeto arquitetônico e chama a atenção na Baixada Santista. Decoração e mobílias impecáveis conferem requinte à altura. O ator António Fonseca apresenta a aclamada obra de Camões, Os Lusíadas, de cabo a rabo em três dias de espetáculo solitário no palco. A locação não poderia ter sido outra. Cada detalhe é importante. Toda a frase dita e cada quadro na parede formam um conjunto perfeito. Passeie por lá.]]>
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Aíla esquenta a noite fria santista com um show feito para bailar https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/aila-esquenta-a-noite-fria-santista-com-um-show-feito-para-bailar/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/aila-esquenta-a-noite-fria-santista-com-um-show-feito-para-bailar/#comments Sun, 07 Sep 2014 18:49:38 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1222 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Senti falta de mais calor”, diz Jorge León, 35 anos, ator da peça mexicana Banhos Roma. O calor desejado por León era lá fora. Dentro da área de convivência do Sesc Santos, a temperatura era pautada pelo som da cantora paraense Aíla, que transformou os 18 graus da noite fria do último sábado (6) nos 35 graus típicos do seu estado natal. Baile. A palavra de origem espanhola define bem os movimentos do show. O evento, que faz parte da programação do Mirada 2014, trouxe a artista para uma mistura de ritmos, etnias e cores que tomaram conta da cidade. “O mais legal é que ela é estrangeira pra gente que mora aqui em São Paulo também, não só para quem veio de outro país. Ela é novidade para todos nós”, lembrou Claudia Garcia, 32 anos, assistente da área de Dança do Sesc. Em um só ritmo, artistas e espectadores de diversos países conviveram em um momento de encontro, descobrindo que a música, sim, derruba barreiras - nem que seja a da inibição. O Querô conversou com a cantora sobre a sua relação com o teatro e a importância do Mirada: A programação musical do Mirada continua durante a semana, com os shows do coletivo musical Aláfia, no dia 11, e Irene Atienza & Lamérica, no dia 13. Texto e Imagens: Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Senti falta de mais calor”, diz Jorge León, 35 anos, ator da peça mexicana Banhos Roma. O calor desejado por León era lá fora. Dentro da área de convivência do Sesc Santos, a temperatura era pautada pelo som da cantora paraense Aíla, que transformou os 18 graus da noite fria do último sábado (6) nos 35 graus típicos do seu estado natal. Baile. A palavra de origem espanhola define bem os movimentos do show. O evento, que faz parte da programação do Mirada 2014, trouxe a artista para uma mistura de ritmos, etnias e cores que tomaram conta da cidade. “O mais legal é que ela é estrangeira pra gente que mora aqui em São Paulo também, não só para quem veio de outro país. Ela é novidade para todos nós”, lembrou Claudia Garcia, 32 anos, assistente da área de Dança do Sesc. Em um só ritmo, artistas e espectadores de diversos países conviveram em um momento de encontro, descobrindo que a música, sim, derruba barreiras - nem que seja a da inibição. O Querô conversou com a cantora sobre a sua relação com o teatro e a importância do Mirada: A programação musical do Mirada continua durante a semana, com os shows do coletivo musical Aláfia, no dia 11, e Irene Atienza & Lamérica, no dia 13. Texto e Imagens: Coletivo Pão & Circo ]]>
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O Ilha do Tesouro brinca com a imaginação trazendo o público para dentro do espetáculo https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-ilha-do-tesouro-brinca-com-a-imaginacao-trazendo-o-publico-para-dentro-do-espetaculo/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-ilha-do-tesouro-brinca-com-a-imaginacao-trazendo-o-publico-para-dentro-do-espetaculo/#comments Sun, 07 Sep 2014 14:19:20 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1189 Captura de tela 2014-09-07 às 11.23.23

Soltar a imaginação e brincar com as emoções infantis em uma vista de tirar o fôlego. Esse é o resultado do espetáculo O Ilha do Tesouro, um dos destaques do Mirada 2014. Apresentada pelo Kompanhia de Teatro, grupo paulista formado em 1989, a peça teve lugar no Museu Fortaleza da Barra, localizado nas dependências da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá. Com uma proposta totalmente diferente ao teatro convencional, as crianças participam da peça enfrentando piratas, fugindo de inimigos e superando obstáculos que causam diferentes sensações. A ideia é que os pequenos, acompanhados de pessoas com quem possuem um vínculo afetivo, possam transformar esse momento em uma conquista mágica e pessoal. Trazer um teatro fora dos padrões, que brinca com o imaginário infantil e adulto, não é novidade para a Kompanhia, que inspirou a criação do Teatro do Centro da Terra, em São Paulo. A casa de espetáculos situa-se a 12 metros da superfície terrestre, e para chegar ao teatro, o público deve equipar-se com capacetes e luzes de mineiro para enfrentar a descida pelos túneis e escadarias de uma mina de ouro abandonada. O Ilha do Tesouro segue em cartaz dos dias 7 a 8, e então de 12 a 13 de setembro, sempre com duas apresentações diárias, as 11h e 15. Para saber mais informações sobre ingressos e acessibilidade, clique aqui. Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Querô Filmes]]>
Captura de tela 2014-09-07 às 11.23.23

Soltar a imaginação e brincar com as emoções infantis em uma vista de tirar o fôlego. Esse é o resultado do espetáculo O Ilha do Tesouro, um dos destaques do Mirada 2014. Apresentada pelo Kompanhia de Teatro, grupo paulista formado em 1989, a peça teve lugar no Museu Fortaleza da Barra, localizado nas dependências da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá. Com uma proposta totalmente diferente ao teatro convencional, as crianças participam da peça enfrentando piratas, fugindo de inimigos e superando obstáculos que causam diferentes sensações. A ideia é que os pequenos, acompanhados de pessoas com quem possuem um vínculo afetivo, possam transformar esse momento em uma conquista mágica e pessoal. Trazer um teatro fora dos padrões, que brinca com o imaginário infantil e adulto, não é novidade para a Kompanhia, que inspirou a criação do Teatro do Centro da Terra, em São Paulo. A casa de espetáculos situa-se a 12 metros da superfície terrestre, e para chegar ao teatro, o público deve equipar-se com capacetes e luzes de mineiro para enfrentar a descida pelos túneis e escadarias de uma mina de ouro abandonada. O Ilha do Tesouro segue em cartaz dos dias 7 a 8, e então de 12 a 13 de setembro, sempre com duas apresentações diárias, as 11h e 15. Para saber mais informações sobre ingressos e acessibilidade, clique aqui. Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Querô Filmes]]>
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