Mirada » » projeto bispo https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Mirada 2014 em vídeos, textos, fotos e sensações https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-2014-em-videos-textos-fotos-e-sensacoes/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-2014-em-videos-textos-fotos-e-sensacoes/#comments Sun, 14 Sep 2014 11:36:18 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1886 Matéria-Prima

De 4 a 13 de setembro, a baixada santista foi palco do encontro de artistas e público com apresentações cênicas, shows, performances e atividades formativas durante a terceira edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. Foram mais de 70 mil pessoas assistindo aos 40 espetáculos do festival, que propiciou o encontro de trupes de 15 países.

Durante 10 dias, a extensa programação cultural ganhou destaque no Ponto Digital Mirada. Aqui, o que você não pode perder desta cobertura: - Com sete espetáculos na programação, o grande homenageado desta edição foi o Chile. Saiba por que aqui.

- Maria Pagés trouxe da Espanha a sua dança flamenca em Utopia, um espetáculo sensorial aplaudido de pé. Maria Pagés em cena - Personagens do Mirada falam sobre seus ofícios e percepções do festival em entrevistas exclusivas. Entre os nomes da cena, estão a diretora Cibele Forjaz, responsável pelos Desafios Cênicos do Mirada, o ator português António Fonseca, a preparadora vocal Letícia Coura e o diretor Leonardo Moreira.

- O público também é protagonista do Mirada e opinou sobre o que viu nos espetáculos. Foi o caso dos clássicos reinventados, do burburinho por trás de A Imaginação do Futuroda peça infantil São Jorge Menino e, ainda, refletindo: Qual é a sua peça dos sonhos? Veja a seguir algumas das respostas:

- Do centro histórico à beira do mar, Santos se transformou. Seja com o Projeto Bispo ressignificando e ocupando as ruas centrais, com a Casa Rosada e o Emissário utilizados a todo vapor, com a criação da Cidade dos Containers ou com as visitas ao Centro Cultural Português. Emissário Submarino e outro ponto de vista da cidade

- Nem só de fruição viveu o público. As atividades formativas foram parte essencial da programação. Entre Encontrões, Pontos de Conexão e muita troca nas oficinas práticas - como as performances-relâmpago dos Desafios Cênicos, o corpo expressivo proposto pelo CPT, os Ensaios de Coro e a Imersão Olho-Urubu do SescTV, entre outras. Conheça o pensamento que embasou as formativas em vídeo:

- Por trás das coxias: Preparamos uma série de vídeos com a gente de teatro que dá vazão ao imaginário comum.

- A mirada por trás do mirada: as oficinas e a E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, que ganha a área de convivência do Sesc Santos até novembro.

- O processo de criação se transformou na grande história do Ponto Digital. Das peças que retratam fatos políticos à presença feminina no Festival, fomos atrás das histórias por trás das histórias.

- Nem só de teatro vivem as artes cênicas. A dança também ganha espaço enquanto a trilha sonora dá o tom.

- Os elementos do festival se espalharam pela cidade e deram o que falar entre os moradores da baixada. Os elementos esal

- E uma última miradela com espetáculos para ver quando quiser: Ilha do Tesouro, 13 Sonhos, Projeto Bispo, UtopiaOdisseia e Matéria-Prima mostram o por quê do sucesso entre os espectadores.]]>
Matéria-Prima

De 4 a 13 de setembro, a baixada santista foi palco do encontro de artistas e público com apresentações cênicas, shows, performances e atividades formativas durante a terceira edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. Foram mais de 70 mil pessoas assistindo aos 40 espetáculos do festival, que propiciou o encontro de trupes de 15 países.

Durante 10 dias, a extensa programação cultural ganhou destaque no Ponto Digital Mirada. Aqui, o que você não pode perder desta cobertura: - Com sete espetáculos na programação, o grande homenageado desta edição foi o Chile. Saiba por que aqui.

- Maria Pagés trouxe da Espanha a sua dança flamenca em Utopia, um espetáculo sensorial aplaudido de pé. Maria Pagés em cena - Personagens do Mirada falam sobre seus ofícios e percepções do festival em entrevistas exclusivas. Entre os nomes da cena, estão a diretora Cibele Forjaz, responsável pelos Desafios Cênicos do Mirada, o ator português António Fonseca, a preparadora vocal Letícia Coura e o diretor Leonardo Moreira.

- O público também é protagonista do Mirada e opinou sobre o que viu nos espetáculos. Foi o caso dos clássicos reinventados, do burburinho por trás de A Imaginação do Futuroda peça infantil São Jorge Menino e, ainda, refletindo: Qual é a sua peça dos sonhos? Veja a seguir algumas das respostas:

- Do centro histórico à beira do mar, Santos se transformou. Seja com o Projeto Bispo ressignificando e ocupando as ruas centrais, com a Casa Rosada e o Emissário utilizados a todo vapor, com a criação da Cidade dos Containers ou com as visitas ao Centro Cultural Português. Emissário Submarino e outro ponto de vista da cidade

- Nem só de fruição viveu o público. As atividades formativas foram parte essencial da programação. Entre Encontrões, Pontos de Conexão e muita troca nas oficinas práticas - como as performances-relâmpago dos Desafios Cênicos, o corpo expressivo proposto pelo CPT, os Ensaios de Coro e a Imersão Olho-Urubu do SescTV, entre outras. Conheça o pensamento que embasou as formativas em vídeo:

- Por trás das coxias: Preparamos uma série de vídeos com a gente de teatro que dá vazão ao imaginário comum.

- A mirada por trás do mirada: as oficinas e a E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, que ganha a área de convivência do Sesc Santos até novembro.

- O processo de criação se transformou na grande história do Ponto Digital. Das peças que retratam fatos políticos à presença feminina no Festival, fomos atrás das histórias por trás das histórias.

- Nem só de teatro vivem as artes cênicas. A dança também ganha espaço enquanto a trilha sonora dá o tom.

- Os elementos do festival se espalharam pela cidade e deram o que falar entre os moradores da baixada. Os elementos esal

- E uma última miradela com espetáculos para ver quando quiser: Ilha do Tesouro, 13 Sonhos, Projeto Bispo, UtopiaOdisseia e Matéria-Prima mostram o por quê do sucesso entre os espectadores.]]>
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Os Desafios Cênicos e as performances-relâmpago espalhadas pela cidade https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/desafios-cenicos-e-performances-relampago/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/desafios-cenicos-e-performances-relampago/#comments Sat, 13 Sep 2014 23:28:37 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1719 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Os espetáculos não são só para serem vistos, eles tem uma ação direta sobre a vida e a categoria artística da cidade”, explica Diego Moschkovitch, um dos responsáveis pelo Desafios Cênicos. A apresentação da manhã deste sábado (13) no Emissário Submarino, reuniu os atores do grupo da baixada santista O Coletivo ao lado de estudantes de artes cênicas para apresentações-relâmpago na cidade. - Desafio: O que é comer pedra? O primeiro grupo se apropriou das pedreiras que separam a terra do mar. Diego se encarregou de guiar os oficineiros e conta um pouco como foi esse processo: Nós recebemos o desafio do João Garcia Miguel, que é o diretor do espetáculo Yerma. O João trouxe muitas imagens e muitas referências pessoais dele, de coisas que movem ele no processo criativo. Ele mostrou pra gente um vídeo de uma performance que ele fez um tempo atrás em Portugal. Era uma câmera ligada e ele comendo pedras. E tem toda a questão: o que é comer pedra? O que é comer pedra para cada um? Nós conversamos bastante com os oficineiros e chegamos à conclusão de que cada um deveria trazer para a cena o que é esse ato para si. Nós tínhamos essa referência, e de repente nós chegamos no Emissário e tem essa pedreira. A ideia era trabalhar com a urgência, em um desafio que pudesse ser feito brevemente, já que tivemos pouco tempo para ensaiarmos. - Desafio: O que você esconde? O diretor colombiano Fabio Rubiano, da companhia Petra Teatro, desafiou o segundo grupo, da companhia santista O Coletivo. A atriz Renata Carvalho conta como foi participar da performance. A Cibele Forjaz viu o nosso espetáculo, Projeto Bispo, e ficou muito animada e quis que nós participássemos do Desafio Cênico. O Bispo tem essa coisa de descobrir o espaço público e a Cibele tem muito disso também, e o convite apareceu no Encontrão. Por isso, ela viu esse casamento direto entre as duas ideias. O resultado foi maravilhoso, desafiador. No final, o teatro sempre acontece e sempre dá certo. Tivemos quatro perguntas que nortearam a peça. E depois, isso foi se encaixando em outras perguntas, como: Do que você tem medo? O que você esconde? O que você mente? O pacto com o diabo deveria ser o final e o final tinha que ser espetacular. Nós resolvemos falar da transfobia e lesbofobia. No final, era só pra eu me enrolar no plástico e cair, mas aconteceu esse crime bárbaro com esse jovem [na semana de 10 de setembro, um jovem de 18 anos foi encontrado morto na região metropolitana de Goiânia. A principal suspeita é que o crime tenha sido motivado por homofobia] e a lei PL22* caiu de novo, então eu resolvi usar isso em cena. As pessoas morrem por serem só o que são. Isso é muito duro. A gente não pode apenas falar que a vida é linda. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Então nós temos que colocar isso, porque eu acredito que o ator tem um papel fundamental de combate, de cunho político. E o meu é o movimento LGBT, então eu vou continuar nessa batalha. Desafio concluído Muito mais do que uma performance-relâmpago, o projeto proporcionou trocas de experiências e despertou a criatividade. O diretor Kadu Verissímo, de Projeto Bispo, conta sobre o resultado do Desafios Cênicos. O bacana do festival é a troca mesmo, é conhecer o outro, ver o trabalho do outro, ver como o outro pensa teatro e está todo mundo sempre no mesmo barco, mas cada um com a sua ideia e cada um com os seus planos. No fundo, estamos todos dialogando juntos. A troca é sempre o mais importante. Já a estudante de teatro Noemi Figueiredo participou da oficina e já está de olho no próximo Mirada. O Mirada tem um peso muito grade na vida de qualquer artista. Então se você tem no currículo que participou de um projeto do Mirada ou participou do Antunes, isso acaba deixando a bagagem forte e o peso nas costas maior ainda. Porque quem conhece o Mirada sabe que as pessoas são muito boas. É bem gratificante estar no Mirada e espero em 2016  eu esteja no festival de novo. *Projeto de lei que tem por objetivo criminalizar a homofobia no país. Coletivo Pão & Circo  ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Os espetáculos não são só para serem vistos, eles tem uma ação direta sobre a vida e a categoria artística da cidade”, explica Diego Moschkovitch, um dos responsáveis pelo Desafios Cênicos. A apresentação da manhã deste sábado (13) no Emissário Submarino, reuniu os atores do grupo da baixada santista O Coletivo ao lado de estudantes de artes cênicas para apresentações-relâmpago na cidade. - Desafio: O que é comer pedra? O primeiro grupo se apropriou das pedreiras que separam a terra do mar. Diego se encarregou de guiar os oficineiros e conta um pouco como foi esse processo: Nós recebemos o desafio do João Garcia Miguel, que é o diretor do espetáculo Yerma. O João trouxe muitas imagens e muitas referências pessoais dele, de coisas que movem ele no processo criativo. Ele mostrou pra gente um vídeo de uma performance que ele fez um tempo atrás em Portugal. Era uma câmera ligada e ele comendo pedras. E tem toda a questão: o que é comer pedra? O que é comer pedra para cada um? Nós conversamos bastante com os oficineiros e chegamos à conclusão de que cada um deveria trazer para a cena o que é esse ato para si. Nós tínhamos essa referência, e de repente nós chegamos no Emissário e tem essa pedreira. A ideia era trabalhar com a urgência, em um desafio que pudesse ser feito brevemente, já que tivemos pouco tempo para ensaiarmos. - Desafio: O que você esconde? O diretor colombiano Fabio Rubiano, da companhia Petra Teatro, desafiou o segundo grupo, da companhia santista O Coletivo. A atriz Renata Carvalho conta como foi participar da performance. A Cibele Forjaz viu o nosso espetáculo, Projeto Bispo, e ficou muito animada e quis que nós participássemos do Desafio Cênico. O Bispo tem essa coisa de descobrir o espaço público e a Cibele tem muito disso também, e o convite apareceu no Encontrão. Por isso, ela viu esse casamento direto entre as duas ideias. O resultado foi maravilhoso, desafiador. No final, o teatro sempre acontece e sempre dá certo. Tivemos quatro perguntas que nortearam a peça. E depois, isso foi se encaixando em outras perguntas, como: Do que você tem medo? O que você esconde? O que você mente? O pacto com o diabo deveria ser o final e o final tinha que ser espetacular. Nós resolvemos falar da transfobia e lesbofobia. No final, era só pra eu me enrolar no plástico e cair, mas aconteceu esse crime bárbaro com esse jovem [na semana de 10 de setembro, um jovem de 18 anos foi encontrado morto na região metropolitana de Goiânia. A principal suspeita é que o crime tenha sido motivado por homofobia] e a lei PL22* caiu de novo, então eu resolvi usar isso em cena. As pessoas morrem por serem só o que são. Isso é muito duro. A gente não pode apenas falar que a vida é linda. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Então nós temos que colocar isso, porque eu acredito que o ator tem um papel fundamental de combate, de cunho político. E o meu é o movimento LGBT, então eu vou continuar nessa batalha. Desafio concluído Muito mais do que uma performance-relâmpago, o projeto proporcionou trocas de experiências e despertou a criatividade. O diretor Kadu Verissímo, de Projeto Bispo, conta sobre o resultado do Desafios Cênicos. O bacana do festival é a troca mesmo, é conhecer o outro, ver o trabalho do outro, ver como o outro pensa teatro e está todo mundo sempre no mesmo barco, mas cada um com a sua ideia e cada um com os seus planos. No fundo, estamos todos dialogando juntos. A troca é sempre o mais importante. Já a estudante de teatro Noemi Figueiredo participou da oficina e já está de olho no próximo Mirada. O Mirada tem um peso muito grade na vida de qualquer artista. Então se você tem no currículo que participou de um projeto do Mirada ou participou do Antunes, isso acaba deixando a bagagem forte e o peso nas costas maior ainda. Porque quem conhece o Mirada sabe que as pessoas são muito boas. É bem gratificante estar no Mirada e espero em 2016  eu esteja no festival de novo. *Projeto de lei que tem por objetivo criminalizar a homofobia no país. Coletivo Pão & Circo  ]]>
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Encontrão propõe diálogo entre protagonistas do Festival https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/encontrao-propoe-dialogo-entre-atores-e-diretores-do-festival/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/encontrao-propoe-dialogo-entre-atores-e-diretores-do-festival/#comments Thu, 11 Sep 2014 02:22:08 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1489 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Para que servem os Festivais?” Foi deste questionamento da diretora da equipe de coordenação das atividades formativas do Mirada, Cibele Forjaz, que nasceram os Encontrões. “Eu penso que o festival serve tanto para os grupos se apresentarem ao público, quanto para possibilitar a troca entre companhias”. Assim foi construído o projeto, que reúne todos os protagonistas do festival para pensar ao lado de outros atores da cena em um grande intercâmbio de percepções, ideias e histórias. “Esse momento é essencial para que os grupos possam ter esse espaço de parar e sentar, se olhar e compartilhar os procedimentos de trabalho. Revelar um pouco o que está além da cena. A partir daí, novos diálogos podem acontecer”, diz Nathália Bonilha, 25 anos, atriz. Essa é exatamente a ideia central da proposta, que aconteceu na Toca, espaço de convivência do Sesc Santos. “Este encontro serve para que possamos contar uns pros outros um pouco do processo de montagem das obras que estão aqui”, comenta Cibele. “Há muita riqueza na oportunidade de fazer uma troca entre países e culturas tão diferentes e tão distantes. O Encontrão talvez seja uma das coisas mais importantes do Mirada”, completou Jorge Louraço, dramaturgo português que também participou de um dos Pontos de Conexão do festival. “Normalmente dentro de um festival de teatro não existe muita troca. Esses encontros do Mirada repensam uma lógica de produção. O debate entre pessoas da América Latina faz com que a gente olhe mais para o lado, e pare de olhar apenas para a Europa”, diz Renan Tenca, ator e um dos diretores dos Desafios Cênicos. Neste Encontrão, sentados em roda, cada grupo contextualizou seu espetáculo e explicou sua produção. “Nosso trabalho nasceu como uma pesquisa em cima do Bispo do Rosário. Como era na rua, começamos a ensaiar na rua. Ali começamos a ver muito mais bispos no centro do santos. O centro traz coisas muito fortes. Toda hora a gente sai e vê pessoas em surtos, pegando ônibus”, contou Kadu Veríssimo, de Projeto Bispo. Fernando Yamamoto, um dos fundadores do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, também falou sobre Nuestra Senhora de las Nuvens. “No trabalho a partir do texto original argentino, ficamos muito instigados pelas semelhanças e distâncias com a América Latina. E resolvemos entrar num processo de pesquisa, mas não tínhamos ideia do que íamos montar. Normalmente não somos um grupo que acha um texto e monta. Normalmente temos uma dramaturgia própria”, contou. “Completamos 20 anos em novembro, e pra falar um pouco deste trabalho, é legal falar disso. No começo era super amador, e consideramos a primeira década do grupo uma década de formação, pois o grupo foi a grande escola de todos nós. E na segunda década nos estruturamos. E este é um trabalho que comemora os 20 anos do grupo, que em 10 anos não contou com patrocínio”. De todas as trocas e misturas, “foi possível entender essa curadoria dos grupos que estão participando. A gente viu em companhias bem diferentes da nossa muita sincronicidade, isso foi interessante. E também despertou o interesse em ver outros parceiros que a gente nem sabia que estavam aqui, outras tribos”, conta Thiago Amoral, ator da companhia Hiato, que apresenta 02 Ficções. Alexandre Mate, professor do Instituto de Artes da Unesp, concluiu: “Ao final, percebemos que as nossas dificuldades são muito parecidas, que os nossos sonhos acalentados não são distantes, de que há uma necessidade das pessoas se aproximarem para construírem por si mesmas a condição de sujeito e histórias cujo o desenvolvimento tenha outra natureza que não mais manipulatória. Foram encontros absolutamente reveladores em que diferentes faces de um mesmo sujeito se mostraram, ou que uma face idêntica em vários sujeitos se manifestaram". Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Para que servem os Festivais?” Foi deste questionamento da diretora da equipe de coordenação das atividades formativas do Mirada, Cibele Forjaz, que nasceram os Encontrões. “Eu penso que o festival serve tanto para os grupos se apresentarem ao público, quanto para possibilitar a troca entre companhias”. Assim foi construído o projeto, que reúne todos os protagonistas do festival para pensar ao lado de outros atores da cena em um grande intercâmbio de percepções, ideias e histórias. “Esse momento é essencial para que os grupos possam ter esse espaço de parar e sentar, se olhar e compartilhar os procedimentos de trabalho. Revelar um pouco o que está além da cena. A partir daí, novos diálogos podem acontecer”, diz Nathália Bonilha, 25 anos, atriz. Essa é exatamente a ideia central da proposta, que aconteceu na Toca, espaço de convivência do Sesc Santos. “Este encontro serve para que possamos contar uns pros outros um pouco do processo de montagem das obras que estão aqui”, comenta Cibele. “Há muita riqueza na oportunidade de fazer uma troca entre países e culturas tão diferentes e tão distantes. O Encontrão talvez seja uma das coisas mais importantes do Mirada”, completou Jorge Louraço, dramaturgo português que também participou de um dos Pontos de Conexão do festival. “Normalmente dentro de um festival de teatro não existe muita troca. Esses encontros do Mirada repensam uma lógica de produção. O debate entre pessoas da América Latina faz com que a gente olhe mais para o lado, e pare de olhar apenas para a Europa”, diz Renan Tenca, ator e um dos diretores dos Desafios Cênicos. Neste Encontrão, sentados em roda, cada grupo contextualizou seu espetáculo e explicou sua produção. “Nosso trabalho nasceu como uma pesquisa em cima do Bispo do Rosário. Como era na rua, começamos a ensaiar na rua. Ali começamos a ver muito mais bispos no centro do santos. O centro traz coisas muito fortes. Toda hora a gente sai e vê pessoas em surtos, pegando ônibus”, contou Kadu Veríssimo, de Projeto Bispo. Fernando Yamamoto, um dos fundadores do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, também falou sobre Nuestra Senhora de las Nuvens. “No trabalho a partir do texto original argentino, ficamos muito instigados pelas semelhanças e distâncias com a América Latina. E resolvemos entrar num processo de pesquisa, mas não tínhamos ideia do que íamos montar. Normalmente não somos um grupo que acha um texto e monta. Normalmente temos uma dramaturgia própria”, contou. “Completamos 20 anos em novembro, e pra falar um pouco deste trabalho, é legal falar disso. No começo era super amador, e consideramos a primeira década do grupo uma década de formação, pois o grupo foi a grande escola de todos nós. E na segunda década nos estruturamos. E este é um trabalho que comemora os 20 anos do grupo, que em 10 anos não contou com patrocínio”. De todas as trocas e misturas, “foi possível entender essa curadoria dos grupos que estão participando. A gente viu em companhias bem diferentes da nossa muita sincronicidade, isso foi interessante. E também despertou o interesse em ver outros parceiros que a gente nem sabia que estavam aqui, outras tribos”, conta Thiago Amoral, ator da companhia Hiato, que apresenta 02 Ficções. Alexandre Mate, professor do Instituto de Artes da Unesp, concluiu: “Ao final, percebemos que as nossas dificuldades são muito parecidas, que os nossos sonhos acalentados não são distantes, de que há uma necessidade das pessoas se aproximarem para construírem por si mesmas a condição de sujeito e histórias cujo o desenvolvimento tenha outra natureza que não mais manipulatória. Foram encontros absolutamente reveladores em que diferentes faces de um mesmo sujeito se mostraram, ou que uma face idêntica em vários sujeitos se manifestaram". Coletivo Pão & Circo ]]>
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Os personagens reais do Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-personagens-reais-dentro-do-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-personagens-reais-dentro-do-mirada/#comments Wed, 10 Sep 2014 12:00:13 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1451 Foto: Otávio Dantas

Criar ficção a partir da realidade parece uma ideia louca – mas no Mirada, completamente possível. Afinal, quando o ator deixa de lado a máscara de seu personagem para ser ele mesmo, ainda há atuação. Seja no gesto, no tom, no semblante que traz de sua vivência para acrescentar ao espetáculo. Mas vestir-se com o próprio rosto, no entanto, pode ser uma tarefa muito difícil para o ator, acostumado a interpretar. “Existe um desenho de cena, mas o gestual é muito próximo do seu pessoal, o tom de voz é o seu”, conta Paula Picarelli, atriz de 02 Ficções, de Leonardo Moreira. Foto: Paola Vera O desafio também é um exercício da vivência dos próprio atores. A atriz Renata Carvalho, de Projeto Bispo, conta que a criação dos personagens de sua peça se fez de forma semelhante. “A gente coloca [na peça] quem seriam os excluídos de hoje. A rua é o grito de cada um, de cada participante desse coletivo. Jogamos um pouco pra fora os problemas que cada um, no seu universo, mais ou menos conhece”, diz. Trazer a própria emoção para dentro do palco resulta em uma grande empatia do público, que acaba se identificando em pequena frivolidades diárias retratadas em cena. Criadouro, espetáculo peruano dirigido por Mariana de Althaus, utiliza-se dessa identificação para contar a história das três atrizes no palco. “Tudo o que elas dizem em cena é verdade, aconteceu em sua vida”, revela a codiretora Nadine Vallejo. Foto: Adriana Marchiori Por outro lado, muitas vezes o próprio corpo do ator, que não se veste de um personagem, serve como mensagem de uma arte. É o caso do espetáculo-intervenção Cidade Proibida, do grupo gaúcho Companhia Rústica. “Os atores transitam por várias possibilidades e são eles mesmos, na maior parte do tempo. São eles dentro do jogo”, afirma a diretora Patrícia Fagundes. Aqui, o não-uso de personagens palpáveis (sem nome ou falas), desnuda o ator e acaba dando foco a um novo protagonista: o cenário. Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Otávio Dantas

Criar ficção a partir da realidade parece uma ideia louca – mas no Mirada, completamente possível. Afinal, quando o ator deixa de lado a máscara de seu personagem para ser ele mesmo, ainda há atuação. Seja no gesto, no tom, no semblante que traz de sua vivência para acrescentar ao espetáculo. Mas vestir-se com o próprio rosto, no entanto, pode ser uma tarefa muito difícil para o ator, acostumado a interpretar. “Existe um desenho de cena, mas o gestual é muito próximo do seu pessoal, o tom de voz é o seu”, conta Paula Picarelli, atriz de 02 Ficções, de Leonardo Moreira. Foto: Paola Vera O desafio também é um exercício da vivência dos próprio atores. A atriz Renata Carvalho, de Projeto Bispo, conta que a criação dos personagens de sua peça se fez de forma semelhante. “A gente coloca [na peça] quem seriam os excluídos de hoje. A rua é o grito de cada um, de cada participante desse coletivo. Jogamos um pouco pra fora os problemas que cada um, no seu universo, mais ou menos conhece”, diz. Trazer a própria emoção para dentro do palco resulta em uma grande empatia do público, que acaba se identificando em pequena frivolidades diárias retratadas em cena. Criadouro, espetáculo peruano dirigido por Mariana de Althaus, utiliza-se dessa identificação para contar a história das três atrizes no palco. “Tudo o que elas dizem em cena é verdade, aconteceu em sua vida”, revela a codiretora Nadine Vallejo. Foto: Adriana Marchiori Por outro lado, muitas vezes o próprio corpo do ator, que não se veste de um personagem, serve como mensagem de uma arte. É o caso do espetáculo-intervenção Cidade Proibida, do grupo gaúcho Companhia Rústica. “Os atores transitam por várias possibilidades e são eles mesmos, na maior parte do tempo. São eles dentro do jogo”, afirma a diretora Patrícia Fagundes. Aqui, o não-uso de personagens palpáveis (sem nome ou falas), desnuda o ator e acaba dando foco a um novo protagonista: o cenário. Coletivo Pão & Circo ]]>
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Projeto Bispo e os personagens das ruas de Santos https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/projeto-bispo-retrata-o-centro-historico-e-personagens-das-ruas-santistas/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/projeto-bispo-retrata-o-centro-historico-e-personagens-das-ruas-santistas/#comments Tue, 09 Sep 2014 20:15:32 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1427 Captura de tela 2014-09-09 às 17.15.09

“Um dos retratos de Santos”. É com esta frase, aos prantos, que a psicóloga Rafaela Camargo definiu o espetáculo Projeto Bispo. “Foi muito bonito como na rua eles conseguiram captar uma faixa sensível, que toca. É um contraste dessa cidade, não é?”, completa, secando as lágrimas. O Coletivo, grupo teatral de pouco mais de dois anos, trouxe para o Mirada a visão do centro histórico e seus personagens marginalizados em um espetáculo que causou fortes emoções no público ao tocar em uma das feridas da cidade: o fechamento da Casa de Saúde Anchieta, no início da década de 90. Como resultado, grande parte dos seus pacientes acabou sem abrigo e hoje, compõem uma parcela da população que vive nas ruas de Santos. O tema delicado não é desconhecido para O Coletivo. Todos os seus atores vieram da Baixada Santista, portanto a história desses personagens sempre esteve presente no imaginário. "É muito bom estar no Mirada representando Santos, ainda mais porque somos um coletivo grande. Tem pessoas de Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente. Não é só Santos, mas a Baixada toda está aqui. Pra gente é muito bacana", disse o diretor, Kadu Veríssimo. “Foi um trabalho de ressignificação de ruas, edifícios antigos, tudo que é um símbolo muito forte para a cultura santista em termos de arquitetura e história. É comum começarmos a desviar os olhos para esse ser excluído da sociedade”, completou Junior Brasseloti, ator e produtor da peça.   Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Coletivo Querô]]>
Captura de tela 2014-09-09 às 17.15.09

“Um dos retratos de Santos”. É com esta frase, aos prantos, que a psicóloga Rafaela Camargo definiu o espetáculo Projeto Bispo. “Foi muito bonito como na rua eles conseguiram captar uma faixa sensível, que toca. É um contraste dessa cidade, não é?”, completa, secando as lágrimas. O Coletivo, grupo teatral de pouco mais de dois anos, trouxe para o Mirada a visão do centro histórico e seus personagens marginalizados em um espetáculo que causou fortes emoções no público ao tocar em uma das feridas da cidade: o fechamento da Casa de Saúde Anchieta, no início da década de 90. Como resultado, grande parte dos seus pacientes acabou sem abrigo e hoje, compõem uma parcela da população que vive nas ruas de Santos. O tema delicado não é desconhecido para O Coletivo. Todos os seus atores vieram da Baixada Santista, portanto a história desses personagens sempre esteve presente no imaginário. "É muito bom estar no Mirada representando Santos, ainda mais porque somos um coletivo grande. Tem pessoas de Santos, Guarujá, Praia Grande, São Vicente. Não é só Santos, mas a Baixada toda está aqui. Pra gente é muito bacana", disse o diretor, Kadu Veríssimo. “Foi um trabalho de ressignificação de ruas, edifícios antigos, tudo que é um símbolo muito forte para a cultura santista em termos de arquitetura e história. É comum começarmos a desviar os olhos para esse ser excluído da sociedade”, completou Junior Brasseloti, ator e produtor da peça.   Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Coletivo Querô]]>
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A sobrevida do centro histórico https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/visita-ao-centro-historico/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/visita-ao-centro-historico/#comments Tue, 09 Sep 2014 12:00:22 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1374 Imagem: Coletivo Querô

O Centro de Santos é um personagem-chave dentro do Festival Mirada. Tem vida, cheiro e crias próprias. É nessa humanização do centro-protagonista, que se veste em roupas gastas, que percebemos a criação de uma nova identidade para um dos lugares mais icônicos da Baixada. Centro Cultural Português, Praça Mauá, Teatro Coliseu e Guarany. Chegar na cidade sem se encantar pelas ruas centrais com sua arquitetura característica é como sair de Santos sem pisar na areia. Ocupar o centro histórico foi uma das preocupações na concepção do Festival, como conta um dos responsáveis pela programação, Leonardo Nicoletti. “O local tem uma circulação importante. Imaginamos que seria interessante para quem é de fora da cidade poder estar aqui, para ter uma percepção artística desse espaço”, conta. Foto: Pão & Circo Transformar o centro não significa necessariamente tentar mascarar a sua realidade vandalizada. O perfume mais caro não seria capaz de disfarçar o seu cheiro ocre de urina, nem esconder as calçadas cinzas que se assemelham aos sapatos gastos dos moradores que circulam por ali. E é utilizando esse pensamento que o grupo O Coletivo, de Santos, traz para as suas ruas o espetáculo Projeto Bispo, que desbrava o local usando-o como um corredor para construir a narrativa. “Queríamos trabalhar na rua. Queríamos pesquisar espaços públicos para contar essa história”, conta Junior Brasseloti, ator da peça. A santista Erica Silva diz que não viria ao centro à noite se não fosse pelo espetáculo. “Não viria aqui em um dia de semana. Eu acho essa iniciativa muito bacana, e gostaria que o Sesc trouxesse outras. Pessoal – atores, equipes – nós temos, né?”, indaga. Bruno Almeida, que também conferiu o projeto do grupo local, partilha da mesma opinião. “É bacana trazer para o centro porque é um local que está fora do eixo de cultura. Essa região abrigou tanta coisa historicamente, e parece que hoje não é tão lembrada. Acho que essas intervenções ganham a atenção das pessoas”, afirma. Uma vez conhecido pela sua estrutura física e arquitetônica, o centro da cidade hoje luta, assim como os seus moradores, por um espaço além da rotina à luz do sol. Luta por uma sobrevida fora da marginalidade. E é aí que a arte, o teatro, se insere: na possibilidade de mirar a beleza que já cansou aos olhos. O Coletivo é um grupo que reúne atores e artistas da Baixada Santista. Com pouco mais de dois anos, ele já se tornou motivo de orgulho local ao participar do Mirada."Provamos que Santo de casa faz milagre sim", diz Brasseloti. A direção de Projeto Bispo fica por conta de Kadu Veríssimo, premiado em festivais de Guarujá e Cubatão, entre outros. Coletivo Pão & Circo]]>
Imagem: Coletivo Querô

O Centro de Santos é um personagem-chave dentro do Festival Mirada. Tem vida, cheiro e crias próprias. É nessa humanização do centro-protagonista, que se veste em roupas gastas, que percebemos a criação de uma nova identidade para um dos lugares mais icônicos da Baixada. Centro Cultural Português, Praça Mauá, Teatro Coliseu e Guarany. Chegar na cidade sem se encantar pelas ruas centrais com sua arquitetura característica é como sair de Santos sem pisar na areia. Ocupar o centro histórico foi uma das preocupações na concepção do Festival, como conta um dos responsáveis pela programação, Leonardo Nicoletti. “O local tem uma circulação importante. Imaginamos que seria interessante para quem é de fora da cidade poder estar aqui, para ter uma percepção artística desse espaço”, conta. Foto: Pão & Circo Transformar o centro não significa necessariamente tentar mascarar a sua realidade vandalizada. O perfume mais caro não seria capaz de disfarçar o seu cheiro ocre de urina, nem esconder as calçadas cinzas que se assemelham aos sapatos gastos dos moradores que circulam por ali. E é utilizando esse pensamento que o grupo O Coletivo, de Santos, traz para as suas ruas o espetáculo Projeto Bispo, que desbrava o local usando-o como um corredor para construir a narrativa. “Queríamos trabalhar na rua. Queríamos pesquisar espaços públicos para contar essa história”, conta Junior Brasseloti, ator da peça. A santista Erica Silva diz que não viria ao centro à noite se não fosse pelo espetáculo. “Não viria aqui em um dia de semana. Eu acho essa iniciativa muito bacana, e gostaria que o Sesc trouxesse outras. Pessoal – atores, equipes – nós temos, né?”, indaga. Bruno Almeida, que também conferiu o projeto do grupo local, partilha da mesma opinião. “É bacana trazer para o centro porque é um local que está fora do eixo de cultura. Essa região abrigou tanta coisa historicamente, e parece que hoje não é tão lembrada. Acho que essas intervenções ganham a atenção das pessoas”, afirma. Uma vez conhecido pela sua estrutura física e arquitetônica, o centro da cidade hoje luta, assim como os seus moradores, por um espaço além da rotina à luz do sol. Luta por uma sobrevida fora da marginalidade. E é aí que a arte, o teatro, se insere: na possibilidade de mirar a beleza que já cansou aos olhos. O Coletivo é um grupo que reúne atores e artistas da Baixada Santista. Com pouco mais de dois anos, ele já se tornou motivo de orgulho local ao participar do Mirada."Provamos que Santo de casa faz milagre sim", diz Brasseloti. A direção de Projeto Bispo fica por conta de Kadu Veríssimo, premiado em festivais de Guarujá e Cubatão, entre outros. Coletivo Pão & Circo]]>
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