Mirada » » pontos de conexão https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Encontrão propõe diálogo entre protagonistas do Festival https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/encontrao-propoe-dialogo-entre-atores-e-diretores-do-festival/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/encontrao-propoe-dialogo-entre-atores-e-diretores-do-festival/#comments Thu, 11 Sep 2014 02:22:08 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1489 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Para que servem os Festivais?” Foi deste questionamento da diretora da equipe de coordenação das atividades formativas do Mirada, Cibele Forjaz, que nasceram os Encontrões. “Eu penso que o festival serve tanto para os grupos se apresentarem ao público, quanto para possibilitar a troca entre companhias”. Assim foi construído o projeto, que reúne todos os protagonistas do festival para pensar ao lado de outros atores da cena em um grande intercâmbio de percepções, ideias e histórias. “Esse momento é essencial para que os grupos possam ter esse espaço de parar e sentar, se olhar e compartilhar os procedimentos de trabalho. Revelar um pouco o que está além da cena. A partir daí, novos diálogos podem acontecer”, diz Nathália Bonilha, 25 anos, atriz. Essa é exatamente a ideia central da proposta, que aconteceu na Toca, espaço de convivência do Sesc Santos. “Este encontro serve para que possamos contar uns pros outros um pouco do processo de montagem das obras que estão aqui”, comenta Cibele. “Há muita riqueza na oportunidade de fazer uma troca entre países e culturas tão diferentes e tão distantes. O Encontrão talvez seja uma das coisas mais importantes do Mirada”, completou Jorge Louraço, dramaturgo português que também participou de um dos Pontos de Conexão do festival. “Normalmente dentro de um festival de teatro não existe muita troca. Esses encontros do Mirada repensam uma lógica de produção. O debate entre pessoas da América Latina faz com que a gente olhe mais para o lado, e pare de olhar apenas para a Europa”, diz Renan Tenca, ator e um dos diretores dos Desafios Cênicos. Neste Encontrão, sentados em roda, cada grupo contextualizou seu espetáculo e explicou sua produção. “Nosso trabalho nasceu como uma pesquisa em cima do Bispo do Rosário. Como era na rua, começamos a ensaiar na rua. Ali começamos a ver muito mais bispos no centro do santos. O centro traz coisas muito fortes. Toda hora a gente sai e vê pessoas em surtos, pegando ônibus”, contou Kadu Veríssimo, de Projeto Bispo. Fernando Yamamoto, um dos fundadores do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, também falou sobre Nuestra Senhora de las Nuvens. “No trabalho a partir do texto original argentino, ficamos muito instigados pelas semelhanças e distâncias com a América Latina. E resolvemos entrar num processo de pesquisa, mas não tínhamos ideia do que íamos montar. Normalmente não somos um grupo que acha um texto e monta. Normalmente temos uma dramaturgia própria”, contou. “Completamos 20 anos em novembro, e pra falar um pouco deste trabalho, é legal falar disso. No começo era super amador, e consideramos a primeira década do grupo uma década de formação, pois o grupo foi a grande escola de todos nós. E na segunda década nos estruturamos. E este é um trabalho que comemora os 20 anos do grupo, que em 10 anos não contou com patrocínio”. De todas as trocas e misturas, “foi possível entender essa curadoria dos grupos que estão participando. A gente viu em companhias bem diferentes da nossa muita sincronicidade, isso foi interessante. E também despertou o interesse em ver outros parceiros que a gente nem sabia que estavam aqui, outras tribos”, conta Thiago Amoral, ator da companhia Hiato, que apresenta 02 Ficções. Alexandre Mate, professor do Instituto de Artes da Unesp, concluiu: “Ao final, percebemos que as nossas dificuldades são muito parecidas, que os nossos sonhos acalentados não são distantes, de que há uma necessidade das pessoas se aproximarem para construírem por si mesmas a condição de sujeito e histórias cujo o desenvolvimento tenha outra natureza que não mais manipulatória. Foram encontros absolutamente reveladores em que diferentes faces de um mesmo sujeito se mostraram, ou que uma face idêntica em vários sujeitos se manifestaram". Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Para que servem os Festivais?” Foi deste questionamento da diretora da equipe de coordenação das atividades formativas do Mirada, Cibele Forjaz, que nasceram os Encontrões. “Eu penso que o festival serve tanto para os grupos se apresentarem ao público, quanto para possibilitar a troca entre companhias”. Assim foi construído o projeto, que reúne todos os protagonistas do festival para pensar ao lado de outros atores da cena em um grande intercâmbio de percepções, ideias e histórias. “Esse momento é essencial para que os grupos possam ter esse espaço de parar e sentar, se olhar e compartilhar os procedimentos de trabalho. Revelar um pouco o que está além da cena. A partir daí, novos diálogos podem acontecer”, diz Nathália Bonilha, 25 anos, atriz. Essa é exatamente a ideia central da proposta, que aconteceu na Toca, espaço de convivência do Sesc Santos. “Este encontro serve para que possamos contar uns pros outros um pouco do processo de montagem das obras que estão aqui”, comenta Cibele. “Há muita riqueza na oportunidade de fazer uma troca entre países e culturas tão diferentes e tão distantes. O Encontrão talvez seja uma das coisas mais importantes do Mirada”, completou Jorge Louraço, dramaturgo português que também participou de um dos Pontos de Conexão do festival. “Normalmente dentro de um festival de teatro não existe muita troca. Esses encontros do Mirada repensam uma lógica de produção. O debate entre pessoas da América Latina faz com que a gente olhe mais para o lado, e pare de olhar apenas para a Europa”, diz Renan Tenca, ator e um dos diretores dos Desafios Cênicos. Neste Encontrão, sentados em roda, cada grupo contextualizou seu espetáculo e explicou sua produção. “Nosso trabalho nasceu como uma pesquisa em cima do Bispo do Rosário. Como era na rua, começamos a ensaiar na rua. Ali começamos a ver muito mais bispos no centro do santos. O centro traz coisas muito fortes. Toda hora a gente sai e vê pessoas em surtos, pegando ônibus”, contou Kadu Veríssimo, de Projeto Bispo. Fernando Yamamoto, um dos fundadores do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte, também falou sobre Nuestra Senhora de las Nuvens. “No trabalho a partir do texto original argentino, ficamos muito instigados pelas semelhanças e distâncias com a América Latina. E resolvemos entrar num processo de pesquisa, mas não tínhamos ideia do que íamos montar. Normalmente não somos um grupo que acha um texto e monta. Normalmente temos uma dramaturgia própria”, contou. “Completamos 20 anos em novembro, e pra falar um pouco deste trabalho, é legal falar disso. No começo era super amador, e consideramos a primeira década do grupo uma década de formação, pois o grupo foi a grande escola de todos nós. E na segunda década nos estruturamos. E este é um trabalho que comemora os 20 anos do grupo, que em 10 anos não contou com patrocínio”. De todas as trocas e misturas, “foi possível entender essa curadoria dos grupos que estão participando. A gente viu em companhias bem diferentes da nossa muita sincronicidade, isso foi interessante. E também despertou o interesse em ver outros parceiros que a gente nem sabia que estavam aqui, outras tribos”, conta Thiago Amoral, ator da companhia Hiato, que apresenta 02 Ficções. Alexandre Mate, professor do Instituto de Artes da Unesp, concluiu: “Ao final, percebemos que as nossas dificuldades são muito parecidas, que os nossos sonhos acalentados não são distantes, de que há uma necessidade das pessoas se aproximarem para construírem por si mesmas a condição de sujeito e histórias cujo o desenvolvimento tenha outra natureza que não mais manipulatória. Foram encontros absolutamente reveladores em que diferentes faces de um mesmo sujeito se mostraram, ou que uma face idêntica em vários sujeitos se manifestaram". Coletivo Pão & Circo ]]>
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Pontos de Conexão: A Cena Brasileira Contemporânea https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/pontos-de-conexao-a-cena-brasileira-contemporanea/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/pontos-de-conexao-a-cena-brasileira-contemporanea/#comments Sun, 07 Sep 2014 18:46:44 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1219 Foto: Coletivo Pão & Circo

Os encontros do Pontos de Conexão continuam acontecendo no Mirada. Para seguir com a conversa sobre teatro, a mesa deste domingo (7) foi composta por Antônio Rogério Toscano, diretor, dramaturgo, professor e pesquisador de teoria do teatro, e Grace Passô, dramaturga, diretora e atriz. Um dos objetivos do debate é criar uma rede de ideias e troca que possa servir como fomento para a criação teatral do eixo de países inseridos no Mirada. O assunto da vez, A Cena Brasileira Contemporânea do Ponto de Vista da Dramaturgia, falou sobre a nova forma de criação brasileira, bem como do papel do ator dentro dessas criações. Passô, ganhadora do Prêmio Shell de Teatro, possui um trabalho focado na metáfora, utilizando de situações cotidianas na criação de textos que retratam problemas comuns da humanidade. A sua dramaturgia também é marcada pelo trabalho em conjunto com os atores do espetáculo. Sobre Por Elise, seu primeiro trabalho no teatro, ela falou: "No processo de construção da peça, o grupo se revelou não só como um grupo de atores mas também de criadores [...] acredito também que foi um processo generoso, em que os cinco criadores se engajaram na construção de forma bonita". Ao lado da dramaturga, Toscano também possui um trabalho de construção onde traz a realidade para dentro dos palcos. Em 2003, o tema foi mostrado na premiada peça Osvaldo Raspado no Asfalto. O Pontos de Conexão segue até segunda-feira debatendo assuntos pertinentes à produção e atual cena do teatro em Portugal, Espanha e América Latina. No último sábado (6), o tema da conversa foi a cena teatral ibero-americana. Para mais informações, aqui. Fotos e Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

Os encontros do Pontos de Conexão continuam acontecendo no Mirada. Para seguir com a conversa sobre teatro, a mesa deste domingo (7) foi composta por Antônio Rogério Toscano, diretor, dramaturgo, professor e pesquisador de teoria do teatro, e Grace Passô, dramaturga, diretora e atriz. Um dos objetivos do debate é criar uma rede de ideias e troca que possa servir como fomento para a criação teatral do eixo de países inseridos no Mirada. O assunto da vez, A Cena Brasileira Contemporânea do Ponto de Vista da Dramaturgia, falou sobre a nova forma de criação brasileira, bem como do papel do ator dentro dessas criações. Passô, ganhadora do Prêmio Shell de Teatro, possui um trabalho focado na metáfora, utilizando de situações cotidianas na criação de textos que retratam problemas comuns da humanidade. A sua dramaturgia também é marcada pelo trabalho em conjunto com os atores do espetáculo. Sobre Por Elise, seu primeiro trabalho no teatro, ela falou: "No processo de construção da peça, o grupo se revelou não só como um grupo de atores mas também de criadores [...] acredito também que foi um processo generoso, em que os cinco criadores se engajaram na construção de forma bonita". Ao lado da dramaturga, Toscano também possui um trabalho de construção onde traz a realidade para dentro dos palcos. Em 2003, o tema foi mostrado na premiada peça Osvaldo Raspado no Asfalto. O Pontos de Conexão segue até segunda-feira debatendo assuntos pertinentes à produção e atual cena do teatro em Portugal, Espanha e América Latina. No último sábado (6), o tema da conversa foi a cena teatral ibero-americana. Para mais informações, aqui. Fotos e Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
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