Mirada » » mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Os Desafios Cênicos e as performances-relâmpago espalhadas pela cidade https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/desafios-cenicos-e-performances-relampago/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/desafios-cenicos-e-performances-relampago/#comments Sat, 13 Sep 2014 23:28:37 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1719 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Os espetáculos não são só para serem vistos, eles tem uma ação direta sobre a vida e a categoria artística da cidade”, explica Diego Moschkovitch, um dos responsáveis pelo Desafios Cênicos. A apresentação da manhã deste sábado (13) no Emissário Submarino, reuniu os atores do grupo da baixada santista O Coletivo ao lado de estudantes de artes cênicas para apresentações-relâmpago na cidade. - Desafio: O que é comer pedra? O primeiro grupo se apropriou das pedreiras que separam a terra do mar. Diego se encarregou de guiar os oficineiros e conta um pouco como foi esse processo: Nós recebemos o desafio do João Garcia Miguel, que é o diretor do espetáculo Yerma. O João trouxe muitas imagens e muitas referências pessoais dele, de coisas que movem ele no processo criativo. Ele mostrou pra gente um vídeo de uma performance que ele fez um tempo atrás em Portugal. Era uma câmera ligada e ele comendo pedras. E tem toda a questão: o que é comer pedra? O que é comer pedra para cada um? Nós conversamos bastante com os oficineiros e chegamos à conclusão de que cada um deveria trazer para a cena o que é esse ato para si. Nós tínhamos essa referência, e de repente nós chegamos no Emissário e tem essa pedreira. A ideia era trabalhar com a urgência, em um desafio que pudesse ser feito brevemente, já que tivemos pouco tempo para ensaiarmos. - Desafio: O que você esconde? O diretor colombiano Fabio Rubiano, da companhia Petra Teatro, desafiou o segundo grupo, da companhia santista O Coletivo. A atriz Renata Carvalho conta como foi participar da performance. A Cibele Forjaz viu o nosso espetáculo, Projeto Bispo, e ficou muito animada e quis que nós participássemos do Desafio Cênico. O Bispo tem essa coisa de descobrir o espaço público e a Cibele tem muito disso também, e o convite apareceu no Encontrão. Por isso, ela viu esse casamento direto entre as duas ideias. O resultado foi maravilhoso, desafiador. No final, o teatro sempre acontece e sempre dá certo. Tivemos quatro perguntas que nortearam a peça. E depois, isso foi se encaixando em outras perguntas, como: Do que você tem medo? O que você esconde? O que você mente? O pacto com o diabo deveria ser o final e o final tinha que ser espetacular. Nós resolvemos falar da transfobia e lesbofobia. No final, era só pra eu me enrolar no plástico e cair, mas aconteceu esse crime bárbaro com esse jovem [na semana de 10 de setembro, um jovem de 18 anos foi encontrado morto na região metropolitana de Goiânia. A principal suspeita é que o crime tenha sido motivado por homofobia] e a lei PL22* caiu de novo, então eu resolvi usar isso em cena. As pessoas morrem por serem só o que são. Isso é muito duro. A gente não pode apenas falar que a vida é linda. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Então nós temos que colocar isso, porque eu acredito que o ator tem um papel fundamental de combate, de cunho político. E o meu é o movimento LGBT, então eu vou continuar nessa batalha. Desafio concluído Muito mais do que uma performance-relâmpago, o projeto proporcionou trocas de experiências e despertou a criatividade. O diretor Kadu Verissímo, de Projeto Bispo, conta sobre o resultado do Desafios Cênicos. O bacana do festival é a troca mesmo, é conhecer o outro, ver o trabalho do outro, ver como o outro pensa teatro e está todo mundo sempre no mesmo barco, mas cada um com a sua ideia e cada um com os seus planos. No fundo, estamos todos dialogando juntos. A troca é sempre o mais importante. Já a estudante de teatro Noemi Figueiredo participou da oficina e já está de olho no próximo Mirada. O Mirada tem um peso muito grade na vida de qualquer artista. Então se você tem no currículo que participou de um projeto do Mirada ou participou do Antunes, isso acaba deixando a bagagem forte e o peso nas costas maior ainda. Porque quem conhece o Mirada sabe que as pessoas são muito boas. É bem gratificante estar no Mirada e espero em 2016  eu esteja no festival de novo. *Projeto de lei que tem por objetivo criminalizar a homofobia no país. Coletivo Pão & Circo  ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Os espetáculos não são só para serem vistos, eles tem uma ação direta sobre a vida e a categoria artística da cidade”, explica Diego Moschkovitch, um dos responsáveis pelo Desafios Cênicos. A apresentação da manhã deste sábado (13) no Emissário Submarino, reuniu os atores do grupo da baixada santista O Coletivo ao lado de estudantes de artes cênicas para apresentações-relâmpago na cidade. - Desafio: O que é comer pedra? O primeiro grupo se apropriou das pedreiras que separam a terra do mar. Diego se encarregou de guiar os oficineiros e conta um pouco como foi esse processo: Nós recebemos o desafio do João Garcia Miguel, que é o diretor do espetáculo Yerma. O João trouxe muitas imagens e muitas referências pessoais dele, de coisas que movem ele no processo criativo. Ele mostrou pra gente um vídeo de uma performance que ele fez um tempo atrás em Portugal. Era uma câmera ligada e ele comendo pedras. E tem toda a questão: o que é comer pedra? O que é comer pedra para cada um? Nós conversamos bastante com os oficineiros e chegamos à conclusão de que cada um deveria trazer para a cena o que é esse ato para si. Nós tínhamos essa referência, e de repente nós chegamos no Emissário e tem essa pedreira. A ideia era trabalhar com a urgência, em um desafio que pudesse ser feito brevemente, já que tivemos pouco tempo para ensaiarmos. - Desafio: O que você esconde? O diretor colombiano Fabio Rubiano, da companhia Petra Teatro, desafiou o segundo grupo, da companhia santista O Coletivo. A atriz Renata Carvalho conta como foi participar da performance. A Cibele Forjaz viu o nosso espetáculo, Projeto Bispo, e ficou muito animada e quis que nós participássemos do Desafio Cênico. O Bispo tem essa coisa de descobrir o espaço público e a Cibele tem muito disso também, e o convite apareceu no Encontrão. Por isso, ela viu esse casamento direto entre as duas ideias. O resultado foi maravilhoso, desafiador. No final, o teatro sempre acontece e sempre dá certo. Tivemos quatro perguntas que nortearam a peça. E depois, isso foi se encaixando em outras perguntas, como: Do que você tem medo? O que você esconde? O que você mente? O pacto com o diabo deveria ser o final e o final tinha que ser espetacular. Nós resolvemos falar da transfobia e lesbofobia. No final, era só pra eu me enrolar no plástico e cair, mas aconteceu esse crime bárbaro com esse jovem [na semana de 10 de setembro, um jovem de 18 anos foi encontrado morto na região metropolitana de Goiânia. A principal suspeita é que o crime tenha sido motivado por homofobia] e a lei PL22* caiu de novo, então eu resolvi usar isso em cena. As pessoas morrem por serem só o que são. Isso é muito duro. A gente não pode apenas falar que a vida é linda. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Então nós temos que colocar isso, porque eu acredito que o ator tem um papel fundamental de combate, de cunho político. E o meu é o movimento LGBT, então eu vou continuar nessa batalha. Desafio concluído Muito mais do que uma performance-relâmpago, o projeto proporcionou trocas de experiências e despertou a criatividade. O diretor Kadu Verissímo, de Projeto Bispo, conta sobre o resultado do Desafios Cênicos. O bacana do festival é a troca mesmo, é conhecer o outro, ver o trabalho do outro, ver como o outro pensa teatro e está todo mundo sempre no mesmo barco, mas cada um com a sua ideia e cada um com os seus planos. No fundo, estamos todos dialogando juntos. A troca é sempre o mais importante. Já a estudante de teatro Noemi Figueiredo participou da oficina e já está de olho no próximo Mirada. O Mirada tem um peso muito grade na vida de qualquer artista. Então se você tem no currículo que participou de um projeto do Mirada ou participou do Antunes, isso acaba deixando a bagagem forte e o peso nas costas maior ainda. Porque quem conhece o Mirada sabe que as pessoas são muito boas. É bem gratificante estar no Mirada e espero em 2016  eu esteja no festival de novo. *Projeto de lei que tem por objetivo criminalizar a homofobia no país. Coletivo Pão & Circo  ]]>
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A popularização dos clássicos no Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-popularizacao-dos-classicos-dentro-do-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-popularizacao-dos-classicos-dentro-do-mirada/#comments Sat, 13 Sep 2014 19:46:55 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1715 Tchekhov na versão da companhia curitibana Ave Lola

“A gente traduz uma ideia de linguagem antiga e fora do nosso tempo. Isso significa atualizá-lo e popularizá-lo. Fazemos teatro para chegar nas pessoas”, afirma João Garcia Miguel, diretor português de Yerma, adaptação da peça de teatro do poeta espanhol Federico García Lorca. “Eu tenho acompanhado o festival e existe uma tendência interessante que é a utilização da dramaturgia clássica como trampolim para as questões contemporâneas de uma maneira criativa. Eu acho isso interessante do ponto de vista do teatro contemporâneo”, completa Leonardo Vieira, ministrante da Oficina CPT/Sesc – Centro de Pesquisa teatral: O Corpo Expressivo. A reflexão, trazidas por ambos participantes do Mirada, não aconteceu por acaso. “Na verdade a gente já contava com isso para dar força ao festival. Isso envolve todo o penso da programação, e como isso reverbera na cidade. O crescimento das ações formativas, que geram performances, também vai multiplicando o número de artistas da cidade. Com esse acesso, os aprendizes de teatro trazem consigo a família, os vizinhos... Gera um boca a boca maior. Por isso também tivemos essa preocupação de trazer textos clássicos de Shakespeare, Otelo etc.”, revela Leonardo Nicoletti, um dos curadores do evento. “Conto uma piada: um jovem amigo meu disse ‘tenho que ler Odisseia para a escola, mas tenho preguiça’. E eu disse “que pena que tem preguiça, porque é uma história maravilhosa”. Então me ocorreu que traduzindo-a para a linguagem teatral, poderia tirar toda a coisa pesada que tem a antiga linguagem literária, e fazer os jovens descobrirem que não são textos chatos, que podem ser prazerosos. Ao encontrar prazer nesta experiência, é possível que se animem a ler. Isso é o que mais me motiva”, explica Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia. A sua ideia, surgida em uma brincadeira, é exatamente o resultado que o público recebe. “Achei bem diferente, porque eles conseguem trazer o teatro que a gente perdeu a referência para o agora, com um efeito tão bonito como esse", reflete o aposentado Ivan Caldas, no público para ver uma obra clássica de Shakespeare dentro do Festival - a adaptação de Rei Lear. [caption id="attachment_1798" align="aligncenter" width="300"]Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia[/caption] “Toda essa nova forma de ver o teatro tem a ver com escrita de Tchekhov” adiciona ainda Ana Rosa Tezza, diretora da peça baseada na vida do dramaturgo russo. “Nós usamos as ferramentas de base que ele deixou. Mas existem várias maneiras de interpretar um grande mestre. Ele deixou tudo escrito. Como não somos ele, nos apropriamos do que ele disse de maneira respeitosa. E traduzimos isso da maneira como a gente imagina - e óbvio: cada cabeça uma sentença, cada grupo um trabalho”. O ator e diretor da peça chilena Otelo, Jaime Lorca, falou ainda sobre a escolha do texto original de Shakespeare. “É a primeira vez que fazemos uma adaptação, nós sempre trabalhamos com textos que criamos, e nos apoiamos muito na literatura, nas novelas, nos contos literários. Pegamos Shakespeare porque descobrimos que tinha muito sangue. Shakespeare era feito há quatro séculos, em teatros onde as pessoas comiam, bebiam, falavam, gritavam. Então era um teatro muito direto. E para o ator é maravilhoso, porque toca todas as notas da alma, da mais sublime às mais baixas e ruins. Tudo na mesma obra, no mesmo personagem”, relata. “É uma tragédia que tem muito melodrama. E nós fizemos esse link que tem nos melodramas na televisão, com as vidas de outras pessoas que se quer viver”, acrescenta Teresita Iacobelli, atriz do espetáculo. A ideia vai ao encontro do pensamento de João Garcia Miguel. “Quando trabalhamos com um clássico, reinventamos o passado. Deciframos os enigmas e encantamentos que eles tiveram com o mundo, afinal os clássicos sobreviveram. O que tentamos fazer é tentar trazer para hoje, para o nosso dia a dia. O clássico nos ajuda a pensar no passado e olhar para nós mesmos e nos entendermos hoje. O clássico nos ajuda a sermos mais honestos com a gente mesmo”, afirma. Coletivo Pão & Circo]]>
Tchekhov na versão da companhia curitibana Ave Lola

“A gente traduz uma ideia de linguagem antiga e fora do nosso tempo. Isso significa atualizá-lo e popularizá-lo. Fazemos teatro para chegar nas pessoas”, afirma João Garcia Miguel, diretor português de Yerma, adaptação da peça de teatro do poeta espanhol Federico García Lorca. “Eu tenho acompanhado o festival e existe uma tendência interessante que é a utilização da dramaturgia clássica como trampolim para as questões contemporâneas de uma maneira criativa. Eu acho isso interessante do ponto de vista do teatro contemporâneo”, completa Leonardo Vieira, ministrante da Oficina CPT/Sesc – Centro de Pesquisa teatral: O Corpo Expressivo. A reflexão, trazidas por ambos participantes do Mirada, não aconteceu por acaso. “Na verdade a gente já contava com isso para dar força ao festival. Isso envolve todo o penso da programação, e como isso reverbera na cidade. O crescimento das ações formativas, que geram performances, também vai multiplicando o número de artistas da cidade. Com esse acesso, os aprendizes de teatro trazem consigo a família, os vizinhos... Gera um boca a boca maior. Por isso também tivemos essa preocupação de trazer textos clássicos de Shakespeare, Otelo etc.”, revela Leonardo Nicoletti, um dos curadores do evento. “Conto uma piada: um jovem amigo meu disse ‘tenho que ler Odisseia para a escola, mas tenho preguiça’. E eu disse “que pena que tem preguiça, porque é uma história maravilhosa”. Então me ocorreu que traduzindo-a para a linguagem teatral, poderia tirar toda a coisa pesada que tem a antiga linguagem literária, e fazer os jovens descobrirem que não são textos chatos, que podem ser prazerosos. Ao encontrar prazer nesta experiência, é possível que se animem a ler. Isso é o que mais me motiva”, explica Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia. A sua ideia, surgida em uma brincadeira, é exatamente o resultado que o público recebe. “Achei bem diferente, porque eles conseguem trazer o teatro que a gente perdeu a referência para o agora, com um efeito tão bonito como esse", reflete o aposentado Ivan Caldas, no público para ver uma obra clássica de Shakespeare dentro do Festival - a adaptação de Rei Lear. [caption id="attachment_1798" align="aligncenter" width="300"]Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia[/caption] “Toda essa nova forma de ver o teatro tem a ver com escrita de Tchekhov” adiciona ainda Ana Rosa Tezza, diretora da peça baseada na vida do dramaturgo russo. “Nós usamos as ferramentas de base que ele deixou. Mas existem várias maneiras de interpretar um grande mestre. Ele deixou tudo escrito. Como não somos ele, nos apropriamos do que ele disse de maneira respeitosa. E traduzimos isso da maneira como a gente imagina - e óbvio: cada cabeça uma sentença, cada grupo um trabalho”. O ator e diretor da peça chilena Otelo, Jaime Lorca, falou ainda sobre a escolha do texto original de Shakespeare. “É a primeira vez que fazemos uma adaptação, nós sempre trabalhamos com textos que criamos, e nos apoiamos muito na literatura, nas novelas, nos contos literários. Pegamos Shakespeare porque descobrimos que tinha muito sangue. Shakespeare era feito há quatro séculos, em teatros onde as pessoas comiam, bebiam, falavam, gritavam. Então era um teatro muito direto. E para o ator é maravilhoso, porque toca todas as notas da alma, da mais sublime às mais baixas e ruins. Tudo na mesma obra, no mesmo personagem”, relata. “É uma tragédia que tem muito melodrama. E nós fizemos esse link que tem nos melodramas na televisão, com as vidas de outras pessoas que se quer viver”, acrescenta Teresita Iacobelli, atriz do espetáculo. A ideia vai ao encontro do pensamento de João Garcia Miguel. “Quando trabalhamos com um clássico, reinventamos o passado. Deciframos os enigmas e encantamentos que eles tiveram com o mundo, afinal os clássicos sobreviveram. O que tentamos fazer é tentar trazer para hoje, para o nosso dia a dia. O clássico nos ajuda a pensar no passado e olhar para nós mesmos e nos entendermos hoje. O clássico nos ajuda a sermos mais honestos com a gente mesmo”, afirma. Coletivo Pão & Circo]]>
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13 sonhos impressiona o público com apresentação imaginada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/13-sonhos-impressiona-o-publico-com-apresentacao-imaginada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/13-sonhos-impressiona-o-publico-com-apresentacao-imaginada/#comments Mon, 08 Sep 2014 15:52:50 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1322 Screen Shot 2014-09-08 at 7.30.25 AM

Uma das peças mais esperadas do Mirada desembarca da Colômbia. Trazida pela Fundación Teatro Odeon, de Bogotá, 13 Sonhos brinca com o imaginário do público mostrando uma história que se utiliza de artifícios em cena para criar uma atmosfera teatral completamente sonhada. “O público está surpreendido. Fascinado com o cenário e a construção. A sensação é de que ele esperava que isso fosse possível, como se a peça tivesse saindo de um sonho”, afirma a atriz Judith Segura, que está no elenco do espetáculo. Em vídeo, Judith falou um pouco mais sobre a peça, e também sobre o seu trabalho como atriz para a construção dessa imaginação coletiva. Uma de suas barreiras, ela conta, é a da língua: “Eu utilizei algumas palavras-chave para que o público pudesse me entender melhor. Meu personagem é o único que fala diretamente com o ele, então senti a necessidade de estabelecer uma identificação mais fácil”, conta. O espetáculo, que foi montado no estacionamento do Sesc Santos com cerca de 1500 metros de ambientes pensados para a encenação, segue até o final do Mirada e acabou de ganhar sessões extras em novos horários. Os ingressos para o espetáculo estão esgotados, mas é possível conhecer o cenário em uma visitação gratuita guiada pela diretora e diretora de arte, Laura Villegas.]]>
Screen Shot 2014-09-08 at 7.30.25 AM

Uma das peças mais esperadas do Mirada desembarca da Colômbia. Trazida pela Fundación Teatro Odeon, de Bogotá, 13 Sonhos brinca com o imaginário do público mostrando uma história que se utiliza de artifícios em cena para criar uma atmosfera teatral completamente sonhada. “O público está surpreendido. Fascinado com o cenário e a construção. A sensação é de que ele esperava que isso fosse possível, como se a peça tivesse saindo de um sonho”, afirma a atriz Judith Segura, que está no elenco do espetáculo. Em vídeo, Judith falou um pouco mais sobre a peça, e também sobre o seu trabalho como atriz para a construção dessa imaginação coletiva. Uma de suas barreiras, ela conta, é a da língua: “Eu utilizei algumas palavras-chave para que o público pudesse me entender melhor. Meu personagem é o único que fala diretamente com o ele, então senti a necessidade de estabelecer uma identificação mais fácil”, conta. O espetáculo, que foi montado no estacionamento do Sesc Santos com cerca de 1500 metros de ambientes pensados para a encenação, segue até o final do Mirada e acabou de ganhar sessões extras em novos horários. Os ingressos para o espetáculo estão esgotados, mas é possível conhecer o cenário em uma visitação gratuita guiada pela diretora e diretora de arte, Laura Villegas.]]>
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O Ilha do Tesouro brinca com a imaginação trazendo o público para dentro do espetáculo https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-ilha-do-tesouro-brinca-com-a-imaginacao-trazendo-o-publico-para-dentro-do-espetaculo/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-ilha-do-tesouro-brinca-com-a-imaginacao-trazendo-o-publico-para-dentro-do-espetaculo/#comments Sun, 07 Sep 2014 14:19:20 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1189 Captura de tela 2014-09-07 às 11.23.23

Soltar a imaginação e brincar com as emoções infantis em uma vista de tirar o fôlego. Esse é o resultado do espetáculo O Ilha do Tesouro, um dos destaques do Mirada 2014. Apresentada pelo Kompanhia de Teatro, grupo paulista formado em 1989, a peça teve lugar no Museu Fortaleza da Barra, localizado nas dependências da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá. Com uma proposta totalmente diferente ao teatro convencional, as crianças participam da peça enfrentando piratas, fugindo de inimigos e superando obstáculos que causam diferentes sensações. A ideia é que os pequenos, acompanhados de pessoas com quem possuem um vínculo afetivo, possam transformar esse momento em uma conquista mágica e pessoal. Trazer um teatro fora dos padrões, que brinca com o imaginário infantil e adulto, não é novidade para a Kompanhia, que inspirou a criação do Teatro do Centro da Terra, em São Paulo. A casa de espetáculos situa-se a 12 metros da superfície terrestre, e para chegar ao teatro, o público deve equipar-se com capacetes e luzes de mineiro para enfrentar a descida pelos túneis e escadarias de uma mina de ouro abandonada. O Ilha do Tesouro segue em cartaz dos dias 7 a 8, e então de 12 a 13 de setembro, sempre com duas apresentações diárias, as 11h e 15. Para saber mais informações sobre ingressos e acessibilidade, clique aqui. Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Querô Filmes]]>
Captura de tela 2014-09-07 às 11.23.23

Soltar a imaginação e brincar com as emoções infantis em uma vista de tirar o fôlego. Esse é o resultado do espetáculo O Ilha do Tesouro, um dos destaques do Mirada 2014. Apresentada pelo Kompanhia de Teatro, grupo paulista formado em 1989, a peça teve lugar no Museu Fortaleza da Barra, localizado nas dependências da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, em Guarujá. Com uma proposta totalmente diferente ao teatro convencional, as crianças participam da peça enfrentando piratas, fugindo de inimigos e superando obstáculos que causam diferentes sensações. A ideia é que os pequenos, acompanhados de pessoas com quem possuem um vínculo afetivo, possam transformar esse momento em uma conquista mágica e pessoal. Trazer um teatro fora dos padrões, que brinca com o imaginário infantil e adulto, não é novidade para a Kompanhia, que inspirou a criação do Teatro do Centro da Terra, em São Paulo. A casa de espetáculos situa-se a 12 metros da superfície terrestre, e para chegar ao teatro, o público deve equipar-se com capacetes e luzes de mineiro para enfrentar a descida pelos túneis e escadarias de uma mina de ouro abandonada. O Ilha do Tesouro segue em cartaz dos dias 7 a 8, e então de 12 a 13 de setembro, sempre com duas apresentações diárias, as 11h e 15. Para saber mais informações sobre ingressos e acessibilidade, clique aqui. Texto: Coletivo Pão & Circo Vídeo: Querô Filmes]]>
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3 perguntas para Trinidad González, de A Reunião https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/3-perguntas-para-trinidad-gonzalez-de-a-reuniao/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/3-perguntas-para-trinidad-gonzalez-de-a-reuniao/#comments Sat, 06 Sep 2014 21:06:22 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1164 Foto: Coletivo Pão & Circo

A Reunião é uma das representantes do Chile, país homenageado no Mirada 2014. A peça apresenta a história de Cristóvão Colombo, descobridor da América, aprisionado pelos reis católicos após entenderem que ele abusou de seu poder nas Índias. Com esta história central, o espetáculo passa por uma reflexão sobre temas como a relação com os povos indígenas, o poder da Igreja e da oligarquia, e a luta de classes. Apresentada pelo grupo Teatro en El Blanco, formado em 2006, ela chega ao Mirada com uma nova direção da companhia: Trinidad González – que também atua em cena. Essa é a terceira visita do Teatro ao Brasil. Durante o ensaio deste sábado (6), o Coletivo Pão e Circo bateu um papo rápido com a diretora, antes que entrasse nas coxias para o seu momento de concentração. Confira: PGM: A Reunião é uma peça política? O que se percebe, assistindo ao espetáculo, é a preocupação do grupo para mostrar sempre uma visão bilateral. Quando se reflete sobre um tema, me parece que é sempre melhor mostrar os dois lados. Mostrar só um lado é limitar. A nós não interessa ser um teatro panfletário. Muito pelo contrário. Nos interessamos em lançar perguntas. PGM: Como o Grupo foi formado? O nosso grupo foi criado em 2006, e havia outro diretor e dramaturgo. Quem dirigia a companhia era Guillermo Calderón, que agora trabalha na Alemanha, Nova York e América Latina. Com ele fizemos Neve e Diciembre, nosso primeiro trabalho. Ele saiu do grupo para tomar novos caminhos e eu assumi a dramaturgia e direção. PGM: Toda arte é política? Eu creio que todo ato é político - entendendo que ela [a política] é um elemento essencial para a vida humana. Jamais como uma coisa panfletária ou partidista. Nesse sentido, jamais. E sim como um espaço de reflexão. Eu penso no mundo como um espaço político. Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

A Reunião é uma das representantes do Chile, país homenageado no Mirada 2014. A peça apresenta a história de Cristóvão Colombo, descobridor da América, aprisionado pelos reis católicos após entenderem que ele abusou de seu poder nas Índias. Com esta história central, o espetáculo passa por uma reflexão sobre temas como a relação com os povos indígenas, o poder da Igreja e da oligarquia, e a luta de classes. Apresentada pelo grupo Teatro en El Blanco, formado em 2006, ela chega ao Mirada com uma nova direção da companhia: Trinidad González – que também atua em cena. Essa é a terceira visita do Teatro ao Brasil. Durante o ensaio deste sábado (6), o Coletivo Pão e Circo bateu um papo rápido com a diretora, antes que entrasse nas coxias para o seu momento de concentração. Confira: PGM: A Reunião é uma peça política? O que se percebe, assistindo ao espetáculo, é a preocupação do grupo para mostrar sempre uma visão bilateral. Quando se reflete sobre um tema, me parece que é sempre melhor mostrar os dois lados. Mostrar só um lado é limitar. A nós não interessa ser um teatro panfletário. Muito pelo contrário. Nos interessamos em lançar perguntas. PGM: Como o Grupo foi formado? O nosso grupo foi criado em 2006, e havia outro diretor e dramaturgo. Quem dirigia a companhia era Guillermo Calderón, que agora trabalha na Alemanha, Nova York e América Latina. Com ele fizemos Neve e Diciembre, nosso primeiro trabalho. Ele saiu do grupo para tomar novos caminhos e eu assumi a dramaturgia e direção. PGM: Toda arte é política? Eu creio que todo ato é político - entendendo que ela [a política] é um elemento essencial para a vida humana. Jamais como uma coisa panfletária ou partidista. Nesse sentido, jamais. E sim como um espaço de reflexão. Eu penso no mundo como um espaço político. Coletivo Pão & Circo ]]>
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O ciclo da vida https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-ciclo-da-vida/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-ciclo-da-vida/#comments Sat, 06 Sep 2014 18:39:25 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1152 materia

Dois meninos e duas meninas refletem sobre as fases da vida, desde a primeira infância até o que eles acreditam ser a vida adulta. Do amanhecer ao anoitecer. Em cena, eles observam os outros e percebem como os outros os observam. Falam sobre as angústias e os papéis que interpretam na vida para ser a criança que os adultos acham que eles são, ou para ser os amigos que os colegas pensam ter. Neste vídeo, conheça o ponto de vista dos atores Candela, Gonzalo, Irene e Siro, sobre Matéria-Prima, premiado espetáculo da companhia espanhola La Tristura. Dias 9 e 10 de setembro, terça e quarta-feira, a peça sobe a serra para duas apresentações no Teatro Ancheita, no Sesc Consolação, como parte do projeto Extensão Mirada.]]>
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Dois meninos e duas meninas refletem sobre as fases da vida, desde a primeira infância até o que eles acreditam ser a vida adulta. Do amanhecer ao anoitecer. Em cena, eles observam os outros e percebem como os outros os observam. Falam sobre as angústias e os papéis que interpretam na vida para ser a criança que os adultos acham que eles são, ou para ser os amigos que os colegas pensam ter. Neste vídeo, conheça o ponto de vista dos atores Candela, Gonzalo, Irene e Siro, sobre Matéria-Prima, premiado espetáculo da companhia espanhola La Tristura. Dias 9 e 10 de setembro, terça e quarta-feira, a peça sobe a serra para duas apresentações no Teatro Ancheita, no Sesc Consolação, como parte do projeto Extensão Mirada.]]>
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Os desafios na produção de Puzzle https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-desafios-na-producao-de-puzzle-2/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/os-desafios-na-producao-de-puzzle-2/#comments Sat, 06 Sep 2014 13:26:09 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1137 Cenário de papel do espetáculo Puzzle (a), com produção de Luque Daltrozo.

Luque Daltrozo, diretor de produção do espetáculo Puzzle (a), desembarcou no Mirada 2014. Enquanto o trabalho de montagem do cenário da peça que será exibida nos dias 7 e 8 de setembro não começam, ele aproveitou para assistir alguns dos espetáculos do festival e conversou com a equipe do Ponto Digital Mirada. Perguntamos a ele qual foi o principal desafio para a produção de Puzzle. Ele contou que vinte dias antes de embarcar para a Frankfurt, onde o espetáculo realizou sua estreia mundial durante a Feira do Livro, que neste ano homenageava o Brasil, sua equipe soube que o teatro Mousonturm não permitia papel no cenário. Motivo? Ser um material com grande capacidade de combustão, colocando o espaço em risco. Puzzle possui cenário todo feito de papel, que vai se transformando à tinta e sofrendo intervenções dos atores ao longo da encenação. Sem papel quem entrava em risco era o espetáculo. Então Luque e sua equipe teve que pesquisar novos materiais até descobrirem um papel que não queima, conseguindo, finalmente, a aprovação para realizar o espetáculo no centro cultural alemão. Nem sempre Luque trabalhou na produção. Antes gostava de estar no palco atuando. Começou na produção quase sem querer, ajudando nos espetáculos em que era ator, sempre com medo que isso atrapalhasse a concentração dos ensaios. Com o passar do tempo foi percebendo que era muito mais protagonista atrás das cortinas que na frente delas. E já soma quase trinta anos de trabalho como diretor. Puzzle será apresentado no Teatro do Sesc Santos, mesmo palco em que foi encenado o espetáculo A Imaginação do Futuro, da companhia La Resentida, que representou o Chile, país homenageado desta edição do Mirada. Daltrozo disse ter se emocionado com a forma que o grupo recriou os últimos dias de Salvador Allende antes do golpe, pela semelhança que percebe na história daquele país com o nosso.]]>
Cenário de papel do espetáculo Puzzle (a), com produção de Luque Daltrozo.

Luque Daltrozo, diretor de produção do espetáculo Puzzle (a), desembarcou no Mirada 2014. Enquanto o trabalho de montagem do cenário da peça que será exibida nos dias 7 e 8 de setembro não começam, ele aproveitou para assistir alguns dos espetáculos do festival e conversou com a equipe do Ponto Digital Mirada. Perguntamos a ele qual foi o principal desafio para a produção de Puzzle. Ele contou que vinte dias antes de embarcar para a Frankfurt, onde o espetáculo realizou sua estreia mundial durante a Feira do Livro, que neste ano homenageava o Brasil, sua equipe soube que o teatro Mousonturm não permitia papel no cenário. Motivo? Ser um material com grande capacidade de combustão, colocando o espaço em risco. Puzzle possui cenário todo feito de papel, que vai se transformando à tinta e sofrendo intervenções dos atores ao longo da encenação. Sem papel quem entrava em risco era o espetáculo. Então Luque e sua equipe teve que pesquisar novos materiais até descobrirem um papel que não queima, conseguindo, finalmente, a aprovação para realizar o espetáculo no centro cultural alemão. Nem sempre Luque trabalhou na produção. Antes gostava de estar no palco atuando. Começou na produção quase sem querer, ajudando nos espetáculos em que era ator, sempre com medo que isso atrapalhasse a concentração dos ensaios. Com o passar do tempo foi percebendo que era muito mais protagonista atrás das cortinas que na frente delas. E já soma quase trinta anos de trabalho como diretor. Puzzle será apresentado no Teatro do Sesc Santos, mesmo palco em que foi encenado o espetáculo A Imaginação do Futuro, da companhia La Resentida, que representou o Chile, país homenageado desta edição do Mirada. Daltrozo disse ter se emocionado com a forma que o grupo recriou os últimos dias de Salvador Allende antes do golpe, pela semelhança que percebe na história daquele país com o nosso.]]>
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A identidade visual do Mirada 2014 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/entenda-a-identidade-visual-do-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/entenda-a-identidade-visual-do-mirada/#comments Sat, 06 Sep 2014 12:00:16 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1095 Foto: Coletivo Pão & Circo

Concreto, mar, inovação. Três palavras-chave ditam a identidade visual do Mirada 2014. No porto, na praia ou pelas ruas, totens do Festival criam curiosidade no público com a sua característica de desconstrução. A ideia parece simples, mas foi executada pela união de duas equipes que trabalharam para que o evento pudesse registrar de maneira fiel o espírito da cidade de Santos. O designer Mateus Acioli, sócio do estúdio Drum, responsável pelo visual gráfico, explica um pouco das suas escolhas: “Santos tem muito concreto, mas ao mesmo tempo é uma cidade antiga, tem prédios desgastados e de cores opacas, pastel”. É daí que nasceu a ideia do uso de suas cores: o rosa e o amarelo são o pôr do sol difuso, ofuscado pelo cinza típico das metrópoles. Já as linhas e formas lembram o mapa da cidade e de seus canais, e representam o encontro das nacionalidades, uma das grandes características do Mirada. Nas ruas, as intervenções e totens ficaram a cargo do cenógrafo Márcio Medina, também responsável por este trabalho nas edições anteriores. A diferença para o ano de 2014 ficou por conta da palavra de ordem: desconstrução. “Explodimos o cubo”, afirma, lembrando do formato das intervenções passadas. A alusão explica o novo formato. “Os totens deste ano são os vértices dos cubos dos anos anteriores. Como a edição desse ano é muito jovem, vanguardista, acreditamos na inovação”, diz. O velho dá lugar ao novo sem perder a essência – as vértices do antigo cubo acabam se transformando em setas que apontam para algum lugar. Que podem ser o passado ou o futuro – a escolha fica por conta do espectador. Para onde você vai mirar? Coletivo Pão & Circo]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

Concreto, mar, inovação. Três palavras-chave ditam a identidade visual do Mirada 2014. No porto, na praia ou pelas ruas, totens do Festival criam curiosidade no público com a sua característica de desconstrução. A ideia parece simples, mas foi executada pela união de duas equipes que trabalharam para que o evento pudesse registrar de maneira fiel o espírito da cidade de Santos. O designer Mateus Acioli, sócio do estúdio Drum, responsável pelo visual gráfico, explica um pouco das suas escolhas: “Santos tem muito concreto, mas ao mesmo tempo é uma cidade antiga, tem prédios desgastados e de cores opacas, pastel”. É daí que nasceu a ideia do uso de suas cores: o rosa e o amarelo são o pôr do sol difuso, ofuscado pelo cinza típico das metrópoles. Já as linhas e formas lembram o mapa da cidade e de seus canais, e representam o encontro das nacionalidades, uma das grandes características do Mirada. Nas ruas, as intervenções e totens ficaram a cargo do cenógrafo Márcio Medina, também responsável por este trabalho nas edições anteriores. A diferença para o ano de 2014 ficou por conta da palavra de ordem: desconstrução. “Explodimos o cubo”, afirma, lembrando do formato das intervenções passadas. A alusão explica o novo formato. “Os totens deste ano são os vértices dos cubos dos anos anteriores. Como a edição desse ano é muito jovem, vanguardista, acreditamos na inovação”, diz. O velho dá lugar ao novo sem perder a essência – as vértices do antigo cubo acabam se transformando em setas que apontam para algum lugar. Que podem ser o passado ou o futuro – a escolha fica por conta do espectador. Para onde você vai mirar? Coletivo Pão & Circo]]>
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Um clássico revisitado https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/um-classico-revisitado/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/um-classico-revisitado/#comments Sat, 06 Sep 2014 05:38:16 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1127 Ruy Filho, em primeiro plano, durante a performance do grupo Insectotrópics.

Meia noite e meia. Logo após a segunda apresentação de "Chapeuzinho Galáctico", do grupo espanhol Insectotrópics, conversamos com Ruy Filho, diretor de teatro e editor da revista digital Antro Positivo, sobre essa experimentação que se apropria e revisita o conto da Chapeuzinho Vermelho, misturando teatro, música, artes visuais e live cinema. Ponto Digital Mirada - O que você achou do espetáculo? Ruy Filho - Achei divertido. Achei ousado. Uma mistura meio de anos 1980 com a tecnologia, do chroma key com o som de hoje. Uma mistureba muito interessante. Nesse sentido, acho que o espetáculo convence pelo jogo, pela maneira que vai lidando performaticamente com todos os elementos. Isso é o mais bacana de tudo. Eu fiquei muito impressionado no instante em que eles matam a vovó. Acho que ali é o ápice estético e dramático. A atriz faz bem, o momento da música é muito bom e a estética nesse instante é realmente primorosa. PDM - Como você percebe um espetáculo como este inserido no contexto de um festival como o Mirada? RF - Eu acho importantíssimo! Acho que tem que ter cada vez mais essas coisas no festival para tirar um pouco do ranso que a gente costuma ter de que o experimentalismo é sempre muito chato e muito hermético. Isso aqui é uma grande diversão. É quase que uma rave em forma de teatro, para a gente poder assistir e se entreter. É muito bacana. PDM - Teatro é ritual? RF - Não necessariamente. Esse aqui, apesar dele terminar com essa cara ritualística, do lobo, do cósmico e essa coisa toda, ele tem que ser muito programado, o tempo todo controlado por quem está editando todas essas imagens ao vivo e o jogo da atriz com a câmera tem que ser muito correto. Não dá pra fazer aquilo de uma forma muito catártica. Tem que ser muito ensaiado. PDM - Você já tinha visto alguma coisa do grupo? RF - Não tinha. Eu estava super curioso para ver o trabalho deles. Só conhecia por imagens. E as imagens não mentem o que o espetáculo é.]]>
Ruy Filho, em primeiro plano, durante a performance do grupo Insectotrópics.

Meia noite e meia. Logo após a segunda apresentação de "Chapeuzinho Galáctico", do grupo espanhol Insectotrópics, conversamos com Ruy Filho, diretor de teatro e editor da revista digital Antro Positivo, sobre essa experimentação que se apropria e revisita o conto da Chapeuzinho Vermelho, misturando teatro, música, artes visuais e live cinema. Ponto Digital Mirada - O que você achou do espetáculo? Ruy Filho - Achei divertido. Achei ousado. Uma mistura meio de anos 1980 com a tecnologia, do chroma key com o som de hoje. Uma mistureba muito interessante. Nesse sentido, acho que o espetáculo convence pelo jogo, pela maneira que vai lidando performaticamente com todos os elementos. Isso é o mais bacana de tudo. Eu fiquei muito impressionado no instante em que eles matam a vovó. Acho que ali é o ápice estético e dramático. A atriz faz bem, o momento da música é muito bom e a estética nesse instante é realmente primorosa. PDM - Como você percebe um espetáculo como este inserido no contexto de um festival como o Mirada? RF - Eu acho importantíssimo! Acho que tem que ter cada vez mais essas coisas no festival para tirar um pouco do ranso que a gente costuma ter de que o experimentalismo é sempre muito chato e muito hermético. Isso aqui é uma grande diversão. É quase que uma rave em forma de teatro, para a gente poder assistir e se entreter. É muito bacana. PDM - Teatro é ritual? RF - Não necessariamente. Esse aqui, apesar dele terminar com essa cara ritualística, do lobo, do cósmico e essa coisa toda, ele tem que ser muito programado, o tempo todo controlado por quem está editando todas essas imagens ao vivo e o jogo da atriz com a câmera tem que ser muito correto. Não dá pra fazer aquilo de uma forma muito catártica. Tem que ser muito ensaiado. PDM - Você já tinha visto alguma coisa do grupo? RF - Não tinha. Eu estava super curioso para ver o trabalho deles. Só conhecia por imagens. E as imagens não mentem o que o espetáculo é.]]>
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O Mirada entra em cena https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-mirada-entra-em-cena/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-mirada-entra-em-cena/#comments Sat, 06 Sep 2014 00:13:47 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1091 Mirada 2014

Na noite da última quinta-feira (4), o Mirada teve a sua abertura oficial. O grande start ficou por conta da Compañia La Resentida, com a peça A Imaginação do Futuro. Representante do Chile, o grande homenageado desta edição do Festival, o espetáculo recria a história dos últimos dias de Salvador Allende, presidente do país entre os anos de 1970 e 1973. A abertura contou ainda com a presença de Lucía De La Maza, coordenadora da área de Teatro do Conselho da Cultura do Chile,  e Raul Christiano de Oliveira Sanchez, Secretário de Cultura de Santos. Danilo Miranda, Diretor Regional do Sesc de São Paulo e membro do Conselho Diretivo do Mirada, também esteve presente e falou sobre a importância daqueles que fazem parte do evento. "Os atores, as atrizes, os cenógrafos e todos aqueles que fazem esse festival acontecer são os verdadeiros donos do palco", disse. O espetáculo espanhol Chapeuzinho Galáctico seguiu as apresentações iniciais. O Mirada acontece até o dia 13 de setembro. Para conferir a programação completa e informações sobre ingressos, clique aqui. Querô Filmes e Coletivo Pão & Circo]]>
Mirada 2014

Na noite da última quinta-feira (4), o Mirada teve a sua abertura oficial. O grande start ficou por conta da Compañia La Resentida, com a peça A Imaginação do Futuro. Representante do Chile, o grande homenageado desta edição do Festival, o espetáculo recria a história dos últimos dias de Salvador Allende, presidente do país entre os anos de 1970 e 1973. A abertura contou ainda com a presença de Lucía De La Maza, coordenadora da área de Teatro do Conselho da Cultura do Chile,  e Raul Christiano de Oliveira Sanchez, Secretário de Cultura de Santos. Danilo Miranda, Diretor Regional do Sesc de São Paulo e membro do Conselho Diretivo do Mirada, também esteve presente e falou sobre a importância daqueles que fazem parte do evento. "Os atores, as atrizes, os cenógrafos e todos aqueles que fazem esse festival acontecer são os verdadeiros donos do palco", disse. O espetáculo espanhol Chapeuzinho Galáctico seguiu as apresentações iniciais. O Mirada acontece até o dia 13 de setembro. Para conferir a programação completa e informações sobre ingressos, clique aqui. Querô Filmes e Coletivo Pão & Circo]]>
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