Mirada » » Emissário Submarino https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Os Desafios Cênicos e as performances-relâmpago espalhadas pela cidade https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/desafios-cenicos-e-performances-relampago/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/desafios-cenicos-e-performances-relampago/#comments Sat, 13 Sep 2014 23:28:37 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1719 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Os espetáculos não são só para serem vistos, eles tem uma ação direta sobre a vida e a categoria artística da cidade”, explica Diego Moschkovitch, um dos responsáveis pelo Desafios Cênicos. A apresentação da manhã deste sábado (13) no Emissário Submarino, reuniu os atores do grupo da baixada santista O Coletivo ao lado de estudantes de artes cênicas para apresentações-relâmpago na cidade. - Desafio: O que é comer pedra? O primeiro grupo se apropriou das pedreiras que separam a terra do mar. Diego se encarregou de guiar os oficineiros e conta um pouco como foi esse processo: Nós recebemos o desafio do João Garcia Miguel, que é o diretor do espetáculo Yerma. O João trouxe muitas imagens e muitas referências pessoais dele, de coisas que movem ele no processo criativo. Ele mostrou pra gente um vídeo de uma performance que ele fez um tempo atrás em Portugal. Era uma câmera ligada e ele comendo pedras. E tem toda a questão: o que é comer pedra? O que é comer pedra para cada um? Nós conversamos bastante com os oficineiros e chegamos à conclusão de que cada um deveria trazer para a cena o que é esse ato para si. Nós tínhamos essa referência, e de repente nós chegamos no Emissário e tem essa pedreira. A ideia era trabalhar com a urgência, em um desafio que pudesse ser feito brevemente, já que tivemos pouco tempo para ensaiarmos. - Desafio: O que você esconde? O diretor colombiano Fabio Rubiano, da companhia Petra Teatro, desafiou o segundo grupo, da companhia santista O Coletivo. A atriz Renata Carvalho conta como foi participar da performance. A Cibele Forjaz viu o nosso espetáculo, Projeto Bispo, e ficou muito animada e quis que nós participássemos do Desafio Cênico. O Bispo tem essa coisa de descobrir o espaço público e a Cibele tem muito disso também, e o convite apareceu no Encontrão. Por isso, ela viu esse casamento direto entre as duas ideias. O resultado foi maravilhoso, desafiador. No final, o teatro sempre acontece e sempre dá certo. Tivemos quatro perguntas que nortearam a peça. E depois, isso foi se encaixando em outras perguntas, como: Do que você tem medo? O que você esconde? O que você mente? O pacto com o diabo deveria ser o final e o final tinha que ser espetacular. Nós resolvemos falar da transfobia e lesbofobia. No final, era só pra eu me enrolar no plástico e cair, mas aconteceu esse crime bárbaro com esse jovem [na semana de 10 de setembro, um jovem de 18 anos foi encontrado morto na região metropolitana de Goiânia. A principal suspeita é que o crime tenha sido motivado por homofobia] e a lei PL22* caiu de novo, então eu resolvi usar isso em cena. As pessoas morrem por serem só o que são. Isso é muito duro. A gente não pode apenas falar que a vida é linda. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Então nós temos que colocar isso, porque eu acredito que o ator tem um papel fundamental de combate, de cunho político. E o meu é o movimento LGBT, então eu vou continuar nessa batalha. Desafio concluído Muito mais do que uma performance-relâmpago, o projeto proporcionou trocas de experiências e despertou a criatividade. O diretor Kadu Verissímo, de Projeto Bispo, conta sobre o resultado do Desafios Cênicos. O bacana do festival é a troca mesmo, é conhecer o outro, ver o trabalho do outro, ver como o outro pensa teatro e está todo mundo sempre no mesmo barco, mas cada um com a sua ideia e cada um com os seus planos. No fundo, estamos todos dialogando juntos. A troca é sempre o mais importante. Já a estudante de teatro Noemi Figueiredo participou da oficina e já está de olho no próximo Mirada. O Mirada tem um peso muito grade na vida de qualquer artista. Então se você tem no currículo que participou de um projeto do Mirada ou participou do Antunes, isso acaba deixando a bagagem forte e o peso nas costas maior ainda. Porque quem conhece o Mirada sabe que as pessoas são muito boas. É bem gratificante estar no Mirada e espero em 2016  eu esteja no festival de novo. *Projeto de lei que tem por objetivo criminalizar a homofobia no país. Coletivo Pão & Circo  ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Os espetáculos não são só para serem vistos, eles tem uma ação direta sobre a vida e a categoria artística da cidade”, explica Diego Moschkovitch, um dos responsáveis pelo Desafios Cênicos. A apresentação da manhã deste sábado (13) no Emissário Submarino, reuniu os atores do grupo da baixada santista O Coletivo ao lado de estudantes de artes cênicas para apresentações-relâmpago na cidade. - Desafio: O que é comer pedra? O primeiro grupo se apropriou das pedreiras que separam a terra do mar. Diego se encarregou de guiar os oficineiros e conta um pouco como foi esse processo: Nós recebemos o desafio do João Garcia Miguel, que é o diretor do espetáculo Yerma. O João trouxe muitas imagens e muitas referências pessoais dele, de coisas que movem ele no processo criativo. Ele mostrou pra gente um vídeo de uma performance que ele fez um tempo atrás em Portugal. Era uma câmera ligada e ele comendo pedras. E tem toda a questão: o que é comer pedra? O que é comer pedra para cada um? Nós conversamos bastante com os oficineiros e chegamos à conclusão de que cada um deveria trazer para a cena o que é esse ato para si. Nós tínhamos essa referência, e de repente nós chegamos no Emissário e tem essa pedreira. A ideia era trabalhar com a urgência, em um desafio que pudesse ser feito brevemente, já que tivemos pouco tempo para ensaiarmos. - Desafio: O que você esconde? O diretor colombiano Fabio Rubiano, da companhia Petra Teatro, desafiou o segundo grupo, da companhia santista O Coletivo. A atriz Renata Carvalho conta como foi participar da performance. A Cibele Forjaz viu o nosso espetáculo, Projeto Bispo, e ficou muito animada e quis que nós participássemos do Desafio Cênico. O Bispo tem essa coisa de descobrir o espaço público e a Cibele tem muito disso também, e o convite apareceu no Encontrão. Por isso, ela viu esse casamento direto entre as duas ideias. O resultado foi maravilhoso, desafiador. No final, o teatro sempre acontece e sempre dá certo. Tivemos quatro perguntas que nortearam a peça. E depois, isso foi se encaixando em outras perguntas, como: Do que você tem medo? O que você esconde? O que você mente? O pacto com o diabo deveria ser o final e o final tinha que ser espetacular. Nós resolvemos falar da transfobia e lesbofobia. No final, era só pra eu me enrolar no plástico e cair, mas aconteceu esse crime bárbaro com esse jovem [na semana de 10 de setembro, um jovem de 18 anos foi encontrado morto na região metropolitana de Goiânia. A principal suspeita é que o crime tenha sido motivado por homofobia] e a lei PL22* caiu de novo, então eu resolvi usar isso em cena. As pessoas morrem por serem só o que são. Isso é muito duro. A gente não pode apenas falar que a vida é linda. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Então nós temos que colocar isso, porque eu acredito que o ator tem um papel fundamental de combate, de cunho político. E o meu é o movimento LGBT, então eu vou continuar nessa batalha. Desafio concluído Muito mais do que uma performance-relâmpago, o projeto proporcionou trocas de experiências e despertou a criatividade. O diretor Kadu Verissímo, de Projeto Bispo, conta sobre o resultado do Desafios Cênicos. O bacana do festival é a troca mesmo, é conhecer o outro, ver o trabalho do outro, ver como o outro pensa teatro e está todo mundo sempre no mesmo barco, mas cada um com a sua ideia e cada um com os seus planos. No fundo, estamos todos dialogando juntos. A troca é sempre o mais importante. Já a estudante de teatro Noemi Figueiredo participou da oficina e já está de olho no próximo Mirada. O Mirada tem um peso muito grade na vida de qualquer artista. Então se você tem no currículo que participou de um projeto do Mirada ou participou do Antunes, isso acaba deixando a bagagem forte e o peso nas costas maior ainda. Porque quem conhece o Mirada sabe que as pessoas são muito boas. É bem gratificante estar no Mirada e espero em 2016  eu esteja no festival de novo. *Projeto de lei que tem por objetivo criminalizar a homofobia no país. Coletivo Pão & Circo  ]]>
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Mirada transforma espaços da cidade em núcleos culturais https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-transforma-espacos-da-cidade-em-nucleos-culturais/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-transforma-espacos-da-cidade-em-nucleos-culturais/#comments Fri, 12 Sep 2014 21:55:33 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1628 Foto: Coletivo Pão & Circo

“Há do ponto de vista do Mirada uma investigação: que outros espaços mais nós podemos conseguir? Que outros espaços mais nós temos que dar voz? Foi assim com o Emissário, a Casa Rosada - Sabesp, o Centro de Cultura Português. São espaços de memória dentro da cidade. Eles estão por aí. Trata de nós, a cada edição, cavar um pouquinho mais, no sentido arqueológico mesmo. Uma arqueologia da cidade também é o papel do festival. Ir cavocando, pincelando e descobrindo novas texturas, novos espaços e novos parceiros”. É assim que Sérgio Luis Oliveira, da Gerência de Ação Cultural do Sesc e um dos curadores do Mirada, explica a inserção de novos cenários no festival. Neste ano, o trajeto que uma vez pertenceu ao esgoto da cidade se transformou no fluxo do público – e em parte da identidade do festival - com a inclusão do Emissário Submarino e da Casa Rosada na lista de locais onde a programação acontece. “O resultado desta parceria está sendo bastante positivo. Os espetáculos que acontecem no antigo Prédio de Prevenção, apelidado de ‘Casa Rosada’, tiveram bom público e foram bastante interessantes. É uma satisfação para nós abrir as portas para atividades culturais como o teatro. Nossa intenção sempre foi propor ações que aproximassem a população da Companhia, promovendo a conscientização ambiental e, por que não, proporcionando também um espaço diferente para eventos como o Mirada, exposições e outras intervenções artísticas”, explica João Cesar Queiroz Prado, superintendente da Sabesp na Baixada Santista. “O olhar do parque é um olhar múltiplo, é um lugar de contemplação, de atividades físicas, de esportes e de cultura. O Mirada é um evento internacional, só me dá prazer receber no parque um evento desse porte. Eu tenho as melhores avaliações para fazer”, conta Flavio Silva Martins, administrador do Parque Roberto Mário Santini - o Emissário Submarino. Esse resultado de que ele fala já pode ser visto. Rendre Ortiz, acordeonista colombiano e participante do espetáculo 13 Sonhos, aproveitou um momento de folga para passear pelo local. “Eu já estive no Brasil, mas é a primeira vez que visito Santos. Estou visitando o Emissário e achei a exposição de fotos incrível, não sabia que o festival se estendia até aqui. Foi uma ótima surpresa”, revelou. Assim como o colombiano, o professor de surf Augusto Martins vê um aspecto positivo na presença do Mirada no Emissário. "Eu frequento aqui desde criança e depois que o Parque foi urbanizado, os eventos começaram a acontecer com uma estrutura maravilhosa de segurança. Isso dá mais confiança para os turistas se aproximarem, porque aqui costumava ser uma área perigosa. Assim Com outras pessoas passam a tomar conta do espaço também. E muita gente veio conhecer o trabalho da escola de surf de Santos aqui no quebra-mar”, comemora. Na Casa Rosada, como conta Sérgio, o trabalho foi diferente, uma vez que o local não costuma receber programações culturais. “Nós tivemos o envolvimento das pessoas da gestão, elas fizeram muita questão que nos aproximássemos. No ano passado houve uma sondagem do espaço, vimos os potenciais de montagem e percebemos que poderíamos abrir ali obras de caráter mais alternativo. E o resultado lá foram as montagens de obras como o Terra de Santo, que exige um edifício particular onde é preciso remodelar o espaço. O próprio Odisseia, que é uma coisa menor, não pode ser em um teatro”, conta. “A importância é de participar ativamente do cenário cultural da Baixada Santista e contribuir em deixar uma imagem positiva da região aos nossos visitantes. Além disso, o Prédio é um patrimônio histórico da cidade de Santos, uma estrutura que faz parte da identidade do santista”, afirma João, com orgulho da parceria. Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“Há do ponto de vista do Mirada uma investigação: que outros espaços mais nós podemos conseguir? Que outros espaços mais nós temos que dar voz? Foi assim com o Emissário, a Casa Rosada - Sabesp, o Centro de Cultura Português. São espaços de memória dentro da cidade. Eles estão por aí. Trata de nós, a cada edição, cavar um pouquinho mais, no sentido arqueológico mesmo. Uma arqueologia da cidade também é o papel do festival. Ir cavocando, pincelando e descobrindo novas texturas, novos espaços e novos parceiros”. É assim que Sérgio Luis Oliveira, da Gerência de Ação Cultural do Sesc e um dos curadores do Mirada, explica a inserção de novos cenários no festival. Neste ano, o trajeto que uma vez pertenceu ao esgoto da cidade se transformou no fluxo do público – e em parte da identidade do festival - com a inclusão do Emissário Submarino e da Casa Rosada na lista de locais onde a programação acontece. “O resultado desta parceria está sendo bastante positivo. Os espetáculos que acontecem no antigo Prédio de Prevenção, apelidado de ‘Casa Rosada’, tiveram bom público e foram bastante interessantes. É uma satisfação para nós abrir as portas para atividades culturais como o teatro. Nossa intenção sempre foi propor ações que aproximassem a população da Companhia, promovendo a conscientização ambiental e, por que não, proporcionando também um espaço diferente para eventos como o Mirada, exposições e outras intervenções artísticas”, explica João Cesar Queiroz Prado, superintendente da Sabesp na Baixada Santista. “O olhar do parque é um olhar múltiplo, é um lugar de contemplação, de atividades físicas, de esportes e de cultura. O Mirada é um evento internacional, só me dá prazer receber no parque um evento desse porte. Eu tenho as melhores avaliações para fazer”, conta Flavio Silva Martins, administrador do Parque Roberto Mário Santini - o Emissário Submarino. Esse resultado de que ele fala já pode ser visto. Rendre Ortiz, acordeonista colombiano e participante do espetáculo 13 Sonhos, aproveitou um momento de folga para passear pelo local. “Eu já estive no Brasil, mas é a primeira vez que visito Santos. Estou visitando o Emissário e achei a exposição de fotos incrível, não sabia que o festival se estendia até aqui. Foi uma ótima surpresa”, revelou. Assim como o colombiano, o professor de surf Augusto Martins vê um aspecto positivo na presença do Mirada no Emissário. "Eu frequento aqui desde criança e depois que o Parque foi urbanizado, os eventos começaram a acontecer com uma estrutura maravilhosa de segurança. Isso dá mais confiança para os turistas se aproximarem, porque aqui costumava ser uma área perigosa. Assim Com outras pessoas passam a tomar conta do espaço também. E muita gente veio conhecer o trabalho da escola de surf de Santos aqui no quebra-mar”, comemora. Na Casa Rosada, como conta Sérgio, o trabalho foi diferente, uma vez que o local não costuma receber programações culturais. “Nós tivemos o envolvimento das pessoas da gestão, elas fizeram muita questão que nos aproximássemos. No ano passado houve uma sondagem do espaço, vimos os potenciais de montagem e percebemos que poderíamos abrir ali obras de caráter mais alternativo. E o resultado lá foram as montagens de obras como o Terra de Santo, que exige um edifício particular onde é preciso remodelar o espaço. O próprio Odisseia, que é uma coisa menor, não pode ser em um teatro”, conta. “A importância é de participar ativamente do cenário cultural da Baixada Santista e contribuir em deixar uma imagem positiva da região aos nossos visitantes. Além disso, o Prédio é um patrimônio histórico da cidade de Santos, uma estrutura que faz parte da identidade do santista”, afirma João, com orgulho da parceria. Coletivo Pão & Circo ]]>
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Por dentro da Cidade dos Containers https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/por-dentro-da-cidade-dos-containers/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/por-dentro-da-cidade-dos-containers/#comments Fri, 12 Sep 2014 00:54:59 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1617 cidade-dos-containers

Fomos conhecer a Cidade dos Containers, construída no Emissário Submarino durante o Mirada, e saber a opinião do público sobre a ocupação dos grupos que compõem o E.CO - Encontro de Coletivos no espaço, com oficinas e exposições de fotografia e audiovisual. ]]>
cidade-dos-containers

Fomos conhecer a Cidade dos Containers, construída no Emissário Submarino durante o Mirada, e saber a opinião do público sobre a ocupação dos grupos que compõem o E.CO - Encontro de Coletivos no espaço, com oficinas e exposições de fotografia e audiovisual. ]]>
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