Mirada » » CPT https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Mirada 2014 em vídeos, textos, fotos e sensações https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-2014-em-videos-textos-fotos-e-sensacoes/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/mirada-2014-em-videos-textos-fotos-e-sensacoes/#comments Sun, 14 Sep 2014 11:36:18 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1886 Matéria-Prima

De 4 a 13 de setembro, a baixada santista foi palco do encontro de artistas e público com apresentações cênicas, shows, performances e atividades formativas durante a terceira edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. Foram mais de 70 mil pessoas assistindo aos 40 espetáculos do festival, que propiciou o encontro de trupes de 15 países.

Durante 10 dias, a extensa programação cultural ganhou destaque no Ponto Digital Mirada. Aqui, o que você não pode perder desta cobertura: - Com sete espetáculos na programação, o grande homenageado desta edição foi o Chile. Saiba por que aqui.

- Maria Pagés trouxe da Espanha a sua dança flamenca em Utopia, um espetáculo sensorial aplaudido de pé. Maria Pagés em cena - Personagens do Mirada falam sobre seus ofícios e percepções do festival em entrevistas exclusivas. Entre os nomes da cena, estão a diretora Cibele Forjaz, responsável pelos Desafios Cênicos do Mirada, o ator português António Fonseca, a preparadora vocal Letícia Coura e o diretor Leonardo Moreira.

- O público também é protagonista do Mirada e opinou sobre o que viu nos espetáculos. Foi o caso dos clássicos reinventados, do burburinho por trás de A Imaginação do Futuroda peça infantil São Jorge Menino e, ainda, refletindo: Qual é a sua peça dos sonhos? Veja a seguir algumas das respostas:

- Do centro histórico à beira do mar, Santos se transformou. Seja com o Projeto Bispo ressignificando e ocupando as ruas centrais, com a Casa Rosada e o Emissário utilizados a todo vapor, com a criação da Cidade dos Containers ou com as visitas ao Centro Cultural Português. Emissário Submarino e outro ponto de vista da cidade

- Nem só de fruição viveu o público. As atividades formativas foram parte essencial da programação. Entre Encontrões, Pontos de Conexão e muita troca nas oficinas práticas - como as performances-relâmpago dos Desafios Cênicos, o corpo expressivo proposto pelo CPT, os Ensaios de Coro e a Imersão Olho-Urubu do SescTV, entre outras. Conheça o pensamento que embasou as formativas em vídeo:

- Por trás das coxias: Preparamos uma série de vídeos com a gente de teatro que dá vazão ao imaginário comum.

- A mirada por trás do mirada: as oficinas e a E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, que ganha a área de convivência do Sesc Santos até novembro.

- O processo de criação se transformou na grande história do Ponto Digital. Das peças que retratam fatos políticos à presença feminina no Festival, fomos atrás das histórias por trás das histórias.

- Nem só de teatro vivem as artes cênicas. A dança também ganha espaço enquanto a trilha sonora dá o tom.

- Os elementos do festival se espalharam pela cidade e deram o que falar entre os moradores da baixada. Os elementos esal

- E uma última miradela com espetáculos para ver quando quiser: Ilha do Tesouro, 13 Sonhos, Projeto Bispo, UtopiaOdisseia e Matéria-Prima mostram o por quê do sucesso entre os espectadores.]]>
Matéria-Prima

De 4 a 13 de setembro, a baixada santista foi palco do encontro de artistas e público com apresentações cênicas, shows, performances e atividades formativas durante a terceira edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. Foram mais de 70 mil pessoas assistindo aos 40 espetáculos do festival, que propiciou o encontro de trupes de 15 países.

Durante 10 dias, a extensa programação cultural ganhou destaque no Ponto Digital Mirada. Aqui, o que você não pode perder desta cobertura: - Com sete espetáculos na programação, o grande homenageado desta edição foi o Chile. Saiba por que aqui.

- Maria Pagés trouxe da Espanha a sua dança flamenca em Utopia, um espetáculo sensorial aplaudido de pé. Maria Pagés em cena - Personagens do Mirada falam sobre seus ofícios e percepções do festival em entrevistas exclusivas. Entre os nomes da cena, estão a diretora Cibele Forjaz, responsável pelos Desafios Cênicos do Mirada, o ator português António Fonseca, a preparadora vocal Letícia Coura e o diretor Leonardo Moreira.

- O público também é protagonista do Mirada e opinou sobre o que viu nos espetáculos. Foi o caso dos clássicos reinventados, do burburinho por trás de A Imaginação do Futuroda peça infantil São Jorge Menino e, ainda, refletindo: Qual é a sua peça dos sonhos? Veja a seguir algumas das respostas:

- Do centro histórico à beira do mar, Santos se transformou. Seja com o Projeto Bispo ressignificando e ocupando as ruas centrais, com a Casa Rosada e o Emissário utilizados a todo vapor, com a criação da Cidade dos Containers ou com as visitas ao Centro Cultural Português. Emissário Submarino e outro ponto de vista da cidade

- Nem só de fruição viveu o público. As atividades formativas foram parte essencial da programação. Entre Encontrões, Pontos de Conexão e muita troca nas oficinas práticas - como as performances-relâmpago dos Desafios Cênicos, o corpo expressivo proposto pelo CPT, os Ensaios de Coro e a Imersão Olho-Urubu do SescTV, entre outras. Conheça o pensamento que embasou as formativas em vídeo:

- Por trás das coxias: Preparamos uma série de vídeos com a gente de teatro que dá vazão ao imaginário comum.

- A mirada por trás do mirada: as oficinas e a E.CO: Exposição de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, que ganha a área de convivência do Sesc Santos até novembro.

- O processo de criação se transformou na grande história do Ponto Digital. Das peças que retratam fatos políticos à presença feminina no Festival, fomos atrás das histórias por trás das histórias.

- Nem só de teatro vivem as artes cênicas. A dança também ganha espaço enquanto a trilha sonora dá o tom.

- Os elementos do festival se espalharam pela cidade e deram o que falar entre os moradores da baixada. Os elementos esal

- E uma última miradela com espetáculos para ver quando quiser: Ilha do Tesouro, 13 Sonhos, Projeto Bispo, UtopiaOdisseia e Matéria-Prima mostram o por quê do sucesso entre os espectadores.]]>
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A popularização dos clássicos no Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-popularizacao-dos-classicos-dentro-do-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-popularizacao-dos-classicos-dentro-do-mirada/#comments Sat, 13 Sep 2014 19:46:55 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1715 Tchekhov na versão da companhia curitibana Ave Lola

“A gente traduz uma ideia de linguagem antiga e fora do nosso tempo. Isso significa atualizá-lo e popularizá-lo. Fazemos teatro para chegar nas pessoas”, afirma João Garcia Miguel, diretor português de Yerma, adaptação da peça de teatro do poeta espanhol Federico García Lorca. “Eu tenho acompanhado o festival e existe uma tendência interessante que é a utilização da dramaturgia clássica como trampolim para as questões contemporâneas de uma maneira criativa. Eu acho isso interessante do ponto de vista do teatro contemporâneo”, completa Leonardo Vieira, ministrante da Oficina CPT/Sesc – Centro de Pesquisa teatral: O Corpo Expressivo. A reflexão, trazidas por ambos participantes do Mirada, não aconteceu por acaso. “Na verdade a gente já contava com isso para dar força ao festival. Isso envolve todo o penso da programação, e como isso reverbera na cidade. O crescimento das ações formativas, que geram performances, também vai multiplicando o número de artistas da cidade. Com esse acesso, os aprendizes de teatro trazem consigo a família, os vizinhos... Gera um boca a boca maior. Por isso também tivemos essa preocupação de trazer textos clássicos de Shakespeare, Otelo etc.”, revela Leonardo Nicoletti, um dos curadores do evento. “Conto uma piada: um jovem amigo meu disse ‘tenho que ler Odisseia para a escola, mas tenho preguiça’. E eu disse “que pena que tem preguiça, porque é uma história maravilhosa”. Então me ocorreu que traduzindo-a para a linguagem teatral, poderia tirar toda a coisa pesada que tem a antiga linguagem literária, e fazer os jovens descobrirem que não são textos chatos, que podem ser prazerosos. Ao encontrar prazer nesta experiência, é possível que se animem a ler. Isso é o que mais me motiva”, explica Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia. A sua ideia, surgida em uma brincadeira, é exatamente o resultado que o público recebe. “Achei bem diferente, porque eles conseguem trazer o teatro que a gente perdeu a referência para o agora, com um efeito tão bonito como esse", reflete o aposentado Ivan Caldas, no público para ver uma obra clássica de Shakespeare dentro do Festival - a adaptação de Rei Lear. [caption id="attachment_1798" align="aligncenter" width="300"]Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia[/caption] “Toda essa nova forma de ver o teatro tem a ver com escrita de Tchekhov” adiciona ainda Ana Rosa Tezza, diretora da peça baseada na vida do dramaturgo russo. “Nós usamos as ferramentas de base que ele deixou. Mas existem várias maneiras de interpretar um grande mestre. Ele deixou tudo escrito. Como não somos ele, nos apropriamos do que ele disse de maneira respeitosa. E traduzimos isso da maneira como a gente imagina - e óbvio: cada cabeça uma sentença, cada grupo um trabalho”. O ator e diretor da peça chilena Otelo, Jaime Lorca, falou ainda sobre a escolha do texto original de Shakespeare. “É a primeira vez que fazemos uma adaptação, nós sempre trabalhamos com textos que criamos, e nos apoiamos muito na literatura, nas novelas, nos contos literários. Pegamos Shakespeare porque descobrimos que tinha muito sangue. Shakespeare era feito há quatro séculos, em teatros onde as pessoas comiam, bebiam, falavam, gritavam. Então era um teatro muito direto. E para o ator é maravilhoso, porque toca todas as notas da alma, da mais sublime às mais baixas e ruins. Tudo na mesma obra, no mesmo personagem”, relata. “É uma tragédia que tem muito melodrama. E nós fizemos esse link que tem nos melodramas na televisão, com as vidas de outras pessoas que se quer viver”, acrescenta Teresita Iacobelli, atriz do espetáculo. A ideia vai ao encontro do pensamento de João Garcia Miguel. “Quando trabalhamos com um clássico, reinventamos o passado. Deciframos os enigmas e encantamentos que eles tiveram com o mundo, afinal os clássicos sobreviveram. O que tentamos fazer é tentar trazer para hoje, para o nosso dia a dia. O clássico nos ajuda a pensar no passado e olhar para nós mesmos e nos entendermos hoje. O clássico nos ajuda a sermos mais honestos com a gente mesmo”, afirma. Coletivo Pão & Circo]]>
Tchekhov na versão da companhia curitibana Ave Lola

“A gente traduz uma ideia de linguagem antiga e fora do nosso tempo. Isso significa atualizá-lo e popularizá-lo. Fazemos teatro para chegar nas pessoas”, afirma João Garcia Miguel, diretor português de Yerma, adaptação da peça de teatro do poeta espanhol Federico García Lorca. “Eu tenho acompanhado o festival e existe uma tendência interessante que é a utilização da dramaturgia clássica como trampolim para as questões contemporâneas de uma maneira criativa. Eu acho isso interessante do ponto de vista do teatro contemporâneo”, completa Leonardo Vieira, ministrante da Oficina CPT/Sesc – Centro de Pesquisa teatral: O Corpo Expressivo. A reflexão, trazidas por ambos participantes do Mirada, não aconteceu por acaso. “Na verdade a gente já contava com isso para dar força ao festival. Isso envolve todo o penso da programação, e como isso reverbera na cidade. O crescimento das ações formativas, que geram performances, também vai multiplicando o número de artistas da cidade. Com esse acesso, os aprendizes de teatro trazem consigo a família, os vizinhos... Gera um boca a boca maior. Por isso também tivemos essa preocupação de trazer textos clássicos de Shakespeare, Otelo etc.”, revela Leonardo Nicoletti, um dos curadores do evento. “Conto uma piada: um jovem amigo meu disse ‘tenho que ler Odisseia para a escola, mas tenho preguiça’. E eu disse “que pena que tem preguiça, porque é uma história maravilhosa”. Então me ocorreu que traduzindo-a para a linguagem teatral, poderia tirar toda a coisa pesada que tem a antiga linguagem literária, e fazer os jovens descobrirem que não são textos chatos, que podem ser prazerosos. Ao encontrar prazer nesta experiência, é possível que se animem a ler. Isso é o que mais me motiva”, explica Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia. A sua ideia, surgida em uma brincadeira, é exatamente o resultado que o público recebe. “Achei bem diferente, porque eles conseguem trazer o teatro que a gente perdeu a referência para o agora, com um efeito tão bonito como esse", reflete o aposentado Ivan Caldas, no público para ver uma obra clássica de Shakespeare dentro do Festival - a adaptação de Rei Lear. [caption id="attachment_1798" align="aligncenter" width="300"]Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia[/caption] “Toda essa nova forma de ver o teatro tem a ver com escrita de Tchekhov” adiciona ainda Ana Rosa Tezza, diretora da peça baseada na vida do dramaturgo russo. “Nós usamos as ferramentas de base que ele deixou. Mas existem várias maneiras de interpretar um grande mestre. Ele deixou tudo escrito. Como não somos ele, nos apropriamos do que ele disse de maneira respeitosa. E traduzimos isso da maneira como a gente imagina - e óbvio: cada cabeça uma sentença, cada grupo um trabalho”. O ator e diretor da peça chilena Otelo, Jaime Lorca, falou ainda sobre a escolha do texto original de Shakespeare. “É a primeira vez que fazemos uma adaptação, nós sempre trabalhamos com textos que criamos, e nos apoiamos muito na literatura, nas novelas, nos contos literários. Pegamos Shakespeare porque descobrimos que tinha muito sangue. Shakespeare era feito há quatro séculos, em teatros onde as pessoas comiam, bebiam, falavam, gritavam. Então era um teatro muito direto. E para o ator é maravilhoso, porque toca todas as notas da alma, da mais sublime às mais baixas e ruins. Tudo na mesma obra, no mesmo personagem”, relata. “É uma tragédia que tem muito melodrama. E nós fizemos esse link que tem nos melodramas na televisão, com as vidas de outras pessoas que se quer viver”, acrescenta Teresita Iacobelli, atriz do espetáculo. A ideia vai ao encontro do pensamento de João Garcia Miguel. “Quando trabalhamos com um clássico, reinventamos o passado. Deciframos os enigmas e encantamentos que eles tiveram com o mundo, afinal os clássicos sobreviveram. O que tentamos fazer é tentar trazer para hoje, para o nosso dia a dia. O clássico nos ajuda a pensar no passado e olhar para nós mesmos e nos entendermos hoje. O clássico nos ajuda a sermos mais honestos com a gente mesmo”, afirma. Coletivo Pão & Circo]]>
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Afetos e Provocações: As atividades formativas do Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/afetos-e-provocacoes-as-atividades-formativas-do-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/afetos-e-provocacoes-as-atividades-formativas-do-mirada/#comments Fri, 12 Sep 2014 19:58:22 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1627 desafios-cenicos-santos

Além dos mais de 40 espetáculos da programação, esta edição do Mirada privilegiou o encontro e a troca de experiências entre os grupos e companhias participantes com as atividades formativas. São sete processos de criação, em que dramaturgos, diretores e atores compartilham conhecimento com o público. Depois, é nos Encontrões que todos falam sobre seus processos artísticos e, a partir desse pensamento conjunto, acontecem as criações e perfomances-relâmpago dos Desafios Cênicos. Conheça, no vídeo, o pensamento que embasou as formativas.]]>
desafios-cenicos-santos

Além dos mais de 40 espetáculos da programação, esta edição do Mirada privilegiou o encontro e a troca de experiências entre os grupos e companhias participantes com as atividades formativas. São sete processos de criação, em que dramaturgos, diretores e atores compartilham conhecimento com o público. Depois, é nos Encontrões que todos falam sobre seus processos artísticos e, a partir desse pensamento conjunto, acontecem as criações e perfomances-relâmpago dos Desafios Cênicos. Conheça, no vídeo, o pensamento que embasou as formativas.]]>
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CPT trabalha o corpo em oficina formativa https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/cpt-trabalha-o-corpo-em-oficina-formativa/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/cpt-trabalha-o-corpo-em-oficina-formativa/#comments Thu, 11 Sep 2014 18:54:31 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1530 Foto: Coletivo Pão & Circo

“O CPT já esteve no Mirada em outras oportunidades. Nós participamos de vários festivais internacionais e, aqui, vemos a preocupação com os artistas, a curadoria, os grupos, uma diversidade muito grande. Para o CPT é um privilégio essa troca”, conta Naiene Sanchez, uma das atrizes que ministra a oficina Centro de Pesquisa Teatral: O Corpo Expressivo, realizada pelo Centro de Pesquisa Teatral (CPT), de Antunes Filho, no Mirada. O que Naiene comemora é resultado do retorno dos seus próprios alunos. Jamili Limma, 29 anos, é santista, e conta sobre a oportunidade que a oficina, uma das atividades formativas propostas para esta edição, trouxe aos artistas locais. “Para Santos, que é um celeiro de artistas, é uma iniciativa importante. É raro ter a presença desses profissionais aqui na cidade, e quando eles vêm, cobram caro. Para quem tem um pagamento limitado, fica difícil ter acesso. Ter essa iniciativa dentro do Mirada é muito gratificante”. O ator Leonardo Vieira, que também ministra da oficina, completa. “Eu acho que Santos é tão próximo de São Paulo, mas ao mesmo tempo tão distante. Tem um cena de teatro aqui que não sobe muito e a gente também não desce muito pra ver o que está sendo feito. Os atores daqui estão aproveitando esse contato, sempre é importante olhar para as inquietações de cada companhia e cada trabalho. Tem gente de muitos lugares e formações diversas, e percebemos como essa metodologia se estabelece num ambiente como esse. Como o trabalho que o Antunes desenvolve - e nós estamos sendo porta-vozes - ecoa nos participantes". Essa ressonância acaba sendo refletida em outras questões do Festival, como conta Naiene. “Hoje em dia, com as redes de comunicação tão aquecidas, não tem como não pensarmos todos juntos. Tem outros diretores, atores, companhias e espetáculos que também estão ligados a nós. A atriz de A Reunião [Trinidad Gonzáles], peça que eu gostei muito, foi aluna do Antunes. Aqui vemos a importância de não ter uma questão geográfica que limite a arte. O Mirada dá a oportunidade pra questão geográfica não ser um entrave”. A metodologia e o resultado “Existe uma perspectiva pedagógica que o CPT já traz há alguns anos, com uma técnica e uma metodologia que o Antunes desenvolve e constituiu com esse olhar que ele sempre teve em relação ao ator. Aqui a gente tem uma regra interna que é não sonegar nenhum tipo de informação, em qualquer circunstância. A gente entra com a perspectiva de ter algum resultado no trabalho das pessoas, que de alguma maneira possa alimentar e ampliar as possibilidades poéticas de ação, de percepção no teatro”, revela Leonardo."O grupo Macunaíma, [parceiro no desenvolvimento dos exercícios práticos] é a companhia que faz as peças, e o CPT é o Antunes Filho mesmo, pesquisando e levando adiante os processos. Tem também o CPTzinho, que é o curso de formação de atores. Estou achando maravilhosa essa oportunidade, nós tivemos uma ano muito aquecido em relação aos processos de formação. Só esse ano já fizemos oficina no Rio, em Bogotá, em Petrópolis e São Paulo", revela Naiane. Beatriz Alves, 20 anos, atriz e aluna da oficina, reitera a ideia de formação. “Eu não conhecia essa parte das oficinas e foi uma experiência rica como descoberta do corpo do ator. Para entender melhor o nosso corpo e aprender a trabalhar com ele o fazer do teatro”, disse. “Com o CPT, podemos aprender um pouco do método deles, que é completamente diferente de tudo o que já vivi como atriz. Isso me fez me reconhecer, me reinvestigar”, nas palavras da colega Flávia Simões, 23 anos. Coletivo Pão & Circo]]>
Foto: Coletivo Pão & Circo

“O CPT já esteve no Mirada em outras oportunidades. Nós participamos de vários festivais internacionais e, aqui, vemos a preocupação com os artistas, a curadoria, os grupos, uma diversidade muito grande. Para o CPT é um privilégio essa troca”, conta Naiene Sanchez, uma das atrizes que ministra a oficina Centro de Pesquisa Teatral: O Corpo Expressivo, realizada pelo Centro de Pesquisa Teatral (CPT), de Antunes Filho, no Mirada. O que Naiene comemora é resultado do retorno dos seus próprios alunos. Jamili Limma, 29 anos, é santista, e conta sobre a oportunidade que a oficina, uma das atividades formativas propostas para esta edição, trouxe aos artistas locais. “Para Santos, que é um celeiro de artistas, é uma iniciativa importante. É raro ter a presença desses profissionais aqui na cidade, e quando eles vêm, cobram caro. Para quem tem um pagamento limitado, fica difícil ter acesso. Ter essa iniciativa dentro do Mirada é muito gratificante”. O ator Leonardo Vieira, que também ministra da oficina, completa. “Eu acho que Santos é tão próximo de São Paulo, mas ao mesmo tempo tão distante. Tem um cena de teatro aqui que não sobe muito e a gente também não desce muito pra ver o que está sendo feito. Os atores daqui estão aproveitando esse contato, sempre é importante olhar para as inquietações de cada companhia e cada trabalho. Tem gente de muitos lugares e formações diversas, e percebemos como essa metodologia se estabelece num ambiente como esse. Como o trabalho que o Antunes desenvolve - e nós estamos sendo porta-vozes - ecoa nos participantes". Essa ressonância acaba sendo refletida em outras questões do Festival, como conta Naiene. “Hoje em dia, com as redes de comunicação tão aquecidas, não tem como não pensarmos todos juntos. Tem outros diretores, atores, companhias e espetáculos que também estão ligados a nós. A atriz de A Reunião [Trinidad Gonzáles], peça que eu gostei muito, foi aluna do Antunes. Aqui vemos a importância de não ter uma questão geográfica que limite a arte. O Mirada dá a oportunidade pra questão geográfica não ser um entrave”. A metodologia e o resultado “Existe uma perspectiva pedagógica que o CPT já traz há alguns anos, com uma técnica e uma metodologia que o Antunes desenvolve e constituiu com esse olhar que ele sempre teve em relação ao ator. Aqui a gente tem uma regra interna que é não sonegar nenhum tipo de informação, em qualquer circunstância. A gente entra com a perspectiva de ter algum resultado no trabalho das pessoas, que de alguma maneira possa alimentar e ampliar as possibilidades poéticas de ação, de percepção no teatro”, revela Leonardo."O grupo Macunaíma, [parceiro no desenvolvimento dos exercícios práticos] é a companhia que faz as peças, e o CPT é o Antunes Filho mesmo, pesquisando e levando adiante os processos. Tem também o CPTzinho, que é o curso de formação de atores. Estou achando maravilhosa essa oportunidade, nós tivemos uma ano muito aquecido em relação aos processos de formação. Só esse ano já fizemos oficina no Rio, em Bogotá, em Petrópolis e São Paulo", revela Naiane. Beatriz Alves, 20 anos, atriz e aluna da oficina, reitera a ideia de formação. “Eu não conhecia essa parte das oficinas e foi uma experiência rica como descoberta do corpo do ator. Para entender melhor o nosso corpo e aprender a trabalhar com ele o fazer do teatro”, disse. “Com o CPT, podemos aprender um pouco do método deles, que é completamente diferente de tudo o que já vivi como atriz. Isso me fez me reconhecer, me reinvestigar”, nas palavras da colega Flávia Simões, 23 anos. Coletivo Pão & Circo]]>
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