Mirada » » chile https://mirada2014.sescsp.org.br/pt Festival Ibero-Americano de artes Cênicas de Santos Mon, 02 Feb 2015 13:08:25 +0000 pt-BR hourly 1 Fatos políticos entram em foco na programação do Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/fatos-politicos-ganham-atencao-na-programacao-do-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/fatos-politicos-ganham-atencao-na-programacao-do-mirada/#comments Sat, 13 Sep 2014 23:43:40 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1874 Os B - Considerações Apolíticas sobre o Nacionalismo

"Estamos politizando nossa história". A discussão política esteve no palco durante a terceira edição do Mirada. Companhias brasileiras, chilenas e bolivianas trataram do tema, em foco com os 50 anos do golpe militar no Brasil e com a contextualização das ditaduras na América Latina.

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Os B - Considerações Apolíticas sobre o Nacionalismo

"Estamos politizando nossa história". A discussão política esteve no palco durante a terceira edição do Mirada. Companhias brasileiras, chilenas e bolivianas trataram do tema, em foco com os 50 anos do golpe militar no Brasil e com a contextualização das ditaduras na América Latina.

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Chile é convidado de honra do Mirada 2014 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/chile-e-convidado-de-honra-do-mirada-2014/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/chile-e-convidado-de-honra-do-mirada-2014/#comments Sat, 13 Sep 2014 23:02:08 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1849 Foto: Dana Hosova

Na terceira edição do Mirada, o Chile brilhou como destaque na programação. O país, grande homenageado do evento, levou aos palcos sete peças de suas companhias: Castigo, O Jardim das Cerejeiras, A Imaginação do Futuro, A Reunião, O Homem de Lugar Nenhum, O Cavaleiro da Morte e Otelo. “O Chile entrou no evento como um país próximo, já que temos a cena chilena presente aqui em São Paulo. Nossa relação com o Chile já vem há mais de dez anos se tornando ainda mais profunda – temos acompanhado de perto o Festival de Santiago, Santiago a Mil, que pretende internacionalizar o teatro chileno. Então temos um contato aprofundado com a cena e produção do país”, revela Sergio Luis Oliveira, da Gerência de Ação Cultural do Sesc e um dos curadores do Mirada. A relação entre ambas as produções - a da nação homenageada e a brasileira - , no entanto, ficou por conta do público, que tirou as suas próprias conclusões. A pauta das conversas de corredor são, quem sabe, o resultado dessa aproximação que Sergio enxerga nesses últimos anos. “Achei uma cultura bem diferente, eles abordam de forma diferente a sociedade, a política”, sustenta Rafael Palmieri, músico e estudante de teatro. Já a aposentada Cleusa do Carmo usou essa diferença como fomento para a sua curiosidade. “Não conhecia o teatro chileno, adorei o trabalho deles pela força e atuação. A partir de agora, passarei a me interessar mais, gostei muito”, relata. O apreço de ambos, que estavam no público de O Homem Vindo de Lugar Nenhum, é explicada pela linguagem, como afirma Claudio Vega, ator da peça chilena. “Toda a nossa obra é teatro gestual. É uma metalinguagem. É uma linguagem universal”, explica. [caption id="attachment_1865" align="aligncenter" width="300"]Elenco da peça chilena O Jardim das Cerejeiras (Foto: Coletivo Pão & Circo) Elenco da peça chilena O Jardim das Cerejeiras (Foto: Coletivo Pão & Circo)[/caption] O brasileiro Bruno Henrique Miranda, ator, também traçou o seu paralelo. “Achei coisas parecidas e outras diferentes. Eles trazem outros olhares, outras propostas, até por ser outra cultura”, afirma. Já para Héctor Noguera, diretor de O Jardim das Cerejeiras, em termos técnicos no entanto, há contrapontos. “Anos atrás vi o teatro brasileiro em festivais. Gostei muito. Eu me recordo de ambas as cenas como bem diferentes. O teatro brasileiro naquele momento era muito mais físico e musical do que o nosso. O teatro do chile é mais político”, afirma. A declaração de Noguera é alinhada com o pensamento de Sérgio. “Os chilenos possuem um teatro engajado, muito político, militante, tanto em textos quanto em um sentido estético, inovador. Isso se revelou um acerto, que vemos também pelo retorno que estamos tendo de diretores, atores e até publico”, completa Sergio, reiterando os depoimentos ouvidos pelos corredores durante o festival. Se por um lado o Brasil, representado pelo público do Mirada, vê a escolha como um acerto, do outro lado das coxias, a ideia segue sendo a mesma. “Eu acho que o chileno é um povo amistoso, acolhedor e muito curioso”, revela Ana Tezza, diretora de Tchekhov. “Eu acredito que o Mirada trouxe uma boa mostra do teatro do Chile. São sete companhias, cada um com um estilo muito diferente. Isso que é legal no festival, a celebração da diversidade”, comemora Noguera. Coletivo Pão & Circo ]]>
Foto: Dana Hosova

Na terceira edição do Mirada, o Chile brilhou como destaque na programação. O país, grande homenageado do evento, levou aos palcos sete peças de suas companhias: Castigo, O Jardim das Cerejeiras, A Imaginação do Futuro, A Reunião, O Homem de Lugar Nenhum, O Cavaleiro da Morte e Otelo. “O Chile entrou no evento como um país próximo, já que temos a cena chilena presente aqui em São Paulo. Nossa relação com o Chile já vem há mais de dez anos se tornando ainda mais profunda – temos acompanhado de perto o Festival de Santiago, Santiago a Mil, que pretende internacionalizar o teatro chileno. Então temos um contato aprofundado com a cena e produção do país”, revela Sergio Luis Oliveira, da Gerência de Ação Cultural do Sesc e um dos curadores do Mirada. A relação entre ambas as produções - a da nação homenageada e a brasileira - , no entanto, ficou por conta do público, que tirou as suas próprias conclusões. A pauta das conversas de corredor são, quem sabe, o resultado dessa aproximação que Sergio enxerga nesses últimos anos. “Achei uma cultura bem diferente, eles abordam de forma diferente a sociedade, a política”, sustenta Rafael Palmieri, músico e estudante de teatro. Já a aposentada Cleusa do Carmo usou essa diferença como fomento para a sua curiosidade. “Não conhecia o teatro chileno, adorei o trabalho deles pela força e atuação. A partir de agora, passarei a me interessar mais, gostei muito”, relata. O apreço de ambos, que estavam no público de O Homem Vindo de Lugar Nenhum, é explicada pela linguagem, como afirma Claudio Vega, ator da peça chilena. “Toda a nossa obra é teatro gestual. É uma metalinguagem. É uma linguagem universal”, explica. [caption id="attachment_1865" align="aligncenter" width="300"]Elenco da peça chilena O Jardim das Cerejeiras (Foto: Coletivo Pão & Circo) Elenco da peça chilena O Jardim das Cerejeiras (Foto: Coletivo Pão & Circo)[/caption] O brasileiro Bruno Henrique Miranda, ator, também traçou o seu paralelo. “Achei coisas parecidas e outras diferentes. Eles trazem outros olhares, outras propostas, até por ser outra cultura”, afirma. Já para Héctor Noguera, diretor de O Jardim das Cerejeiras, em termos técnicos no entanto, há contrapontos. “Anos atrás vi o teatro brasileiro em festivais. Gostei muito. Eu me recordo de ambas as cenas como bem diferentes. O teatro brasileiro naquele momento era muito mais físico e musical do que o nosso. O teatro do chile é mais político”, afirma. A declaração de Noguera é alinhada com o pensamento de Sérgio. “Os chilenos possuem um teatro engajado, muito político, militante, tanto em textos quanto em um sentido estético, inovador. Isso se revelou um acerto, que vemos também pelo retorno que estamos tendo de diretores, atores e até publico”, completa Sergio, reiterando os depoimentos ouvidos pelos corredores durante o festival. Se por um lado o Brasil, representado pelo público do Mirada, vê a escolha como um acerto, do outro lado das coxias, a ideia segue sendo a mesma. “Eu acho que o chileno é um povo amistoso, acolhedor e muito curioso”, revela Ana Tezza, diretora de Tchekhov. “Eu acredito que o Mirada trouxe uma boa mostra do teatro do Chile. São sete companhias, cada um com um estilo muito diferente. Isso que é legal no festival, a celebração da diversidade”, comemora Noguera. Coletivo Pão & Circo ]]>
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A popularização dos clássicos no Mirada https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-popularizacao-dos-classicos-dentro-do-mirada/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/a-popularizacao-dos-classicos-dentro-do-mirada/#comments Sat, 13 Sep 2014 19:46:55 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1715 Tchekhov na versão da companhia curitibana Ave Lola

“A gente traduz uma ideia de linguagem antiga e fora do nosso tempo. Isso significa atualizá-lo e popularizá-lo. Fazemos teatro para chegar nas pessoas”, afirma João Garcia Miguel, diretor português de Yerma, adaptação da peça de teatro do poeta espanhol Federico García Lorca. “Eu tenho acompanhado o festival e existe uma tendência interessante que é a utilização da dramaturgia clássica como trampolim para as questões contemporâneas de uma maneira criativa. Eu acho isso interessante do ponto de vista do teatro contemporâneo”, completa Leonardo Vieira, ministrante da Oficina CPT/Sesc – Centro de Pesquisa teatral: O Corpo Expressivo. A reflexão, trazidas por ambos participantes do Mirada, não aconteceu por acaso. “Na verdade a gente já contava com isso para dar força ao festival. Isso envolve todo o penso da programação, e como isso reverbera na cidade. O crescimento das ações formativas, que geram performances, também vai multiplicando o número de artistas da cidade. Com esse acesso, os aprendizes de teatro trazem consigo a família, os vizinhos... Gera um boca a boca maior. Por isso também tivemos essa preocupação de trazer textos clássicos de Shakespeare, Otelo etc.”, revela Leonardo Nicoletti, um dos curadores do evento. “Conto uma piada: um jovem amigo meu disse ‘tenho que ler Odisseia para a escola, mas tenho preguiça’. E eu disse “que pena que tem preguiça, porque é uma história maravilhosa”. Então me ocorreu que traduzindo-a para a linguagem teatral, poderia tirar toda a coisa pesada que tem a antiga linguagem literária, e fazer os jovens descobrirem que não são textos chatos, que podem ser prazerosos. Ao encontrar prazer nesta experiência, é possível que se animem a ler. Isso é o que mais me motiva”, explica Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia. A sua ideia, surgida em uma brincadeira, é exatamente o resultado que o público recebe. “Achei bem diferente, porque eles conseguem trazer o teatro que a gente perdeu a referência para o agora, com um efeito tão bonito como esse", reflete o aposentado Ivan Caldas, no público para ver uma obra clássica de Shakespeare dentro do Festival - a adaptação de Rei Lear. [caption id="attachment_1798" align="aligncenter" width="300"]Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia[/caption] “Toda essa nova forma de ver o teatro tem a ver com escrita de Tchekhov” adiciona ainda Ana Rosa Tezza, diretora da peça baseada na vida do dramaturgo russo. “Nós usamos as ferramentas de base que ele deixou. Mas existem várias maneiras de interpretar um grande mestre. Ele deixou tudo escrito. Como não somos ele, nos apropriamos do que ele disse de maneira respeitosa. E traduzimos isso da maneira como a gente imagina - e óbvio: cada cabeça uma sentença, cada grupo um trabalho”. O ator e diretor da peça chilena Otelo, Jaime Lorca, falou ainda sobre a escolha do texto original de Shakespeare. “É a primeira vez que fazemos uma adaptação, nós sempre trabalhamos com textos que criamos, e nos apoiamos muito na literatura, nas novelas, nos contos literários. Pegamos Shakespeare porque descobrimos que tinha muito sangue. Shakespeare era feito há quatro séculos, em teatros onde as pessoas comiam, bebiam, falavam, gritavam. Então era um teatro muito direto. E para o ator é maravilhoso, porque toca todas as notas da alma, da mais sublime às mais baixas e ruins. Tudo na mesma obra, no mesmo personagem”, relata. “É uma tragédia que tem muito melodrama. E nós fizemos esse link que tem nos melodramas na televisão, com as vidas de outras pessoas que se quer viver”, acrescenta Teresita Iacobelli, atriz do espetáculo. A ideia vai ao encontro do pensamento de João Garcia Miguel. “Quando trabalhamos com um clássico, reinventamos o passado. Deciframos os enigmas e encantamentos que eles tiveram com o mundo, afinal os clássicos sobreviveram. O que tentamos fazer é tentar trazer para hoje, para o nosso dia a dia. O clássico nos ajuda a pensar no passado e olhar para nós mesmos e nos entendermos hoje. O clássico nos ajuda a sermos mais honestos com a gente mesmo”, afirma. Coletivo Pão & Circo]]>
Tchekhov na versão da companhia curitibana Ave Lola

“A gente traduz uma ideia de linguagem antiga e fora do nosso tempo. Isso significa atualizá-lo e popularizá-lo. Fazemos teatro para chegar nas pessoas”, afirma João Garcia Miguel, diretor português de Yerma, adaptação da peça de teatro do poeta espanhol Federico García Lorca. “Eu tenho acompanhado o festival e existe uma tendência interessante que é a utilização da dramaturgia clássica como trampolim para as questões contemporâneas de uma maneira criativa. Eu acho isso interessante do ponto de vista do teatro contemporâneo”, completa Leonardo Vieira, ministrante da Oficina CPT/Sesc – Centro de Pesquisa teatral: O Corpo Expressivo. A reflexão, trazidas por ambos participantes do Mirada, não aconteceu por acaso. “Na verdade a gente já contava com isso para dar força ao festival. Isso envolve todo o penso da programação, e como isso reverbera na cidade. O crescimento das ações formativas, que geram performances, também vai multiplicando o número de artistas da cidade. Com esse acesso, os aprendizes de teatro trazem consigo a família, os vizinhos... Gera um boca a boca maior. Por isso também tivemos essa preocupação de trazer textos clássicos de Shakespeare, Otelo etc.”, revela Leonardo Nicoletti, um dos curadores do evento. “Conto uma piada: um jovem amigo meu disse ‘tenho que ler Odisseia para a escola, mas tenho preguiça’. E eu disse “que pena que tem preguiça, porque é uma história maravilhosa”. Então me ocorreu que traduzindo-a para a linguagem teatral, poderia tirar toda a coisa pesada que tem a antiga linguagem literária, e fazer os jovens descobrirem que não são textos chatos, que podem ser prazerosos. Ao encontrar prazer nesta experiência, é possível que se animem a ler. Isso é o que mais me motiva”, explica Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia. A sua ideia, surgida em uma brincadeira, é exatamente o resultado que o público recebe. “Achei bem diferente, porque eles conseguem trazer o teatro que a gente perdeu a referência para o agora, com um efeito tão bonito como esse", reflete o aposentado Ivan Caldas, no público para ver uma obra clássica de Shakespeare dentro do Festival - a adaptação de Rei Lear. [caption id="attachment_1798" align="aligncenter" width="300"]Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia Juan Fernando Cerdas Albertazzi, diretor de Odisseia[/caption] “Toda essa nova forma de ver o teatro tem a ver com escrita de Tchekhov” adiciona ainda Ana Rosa Tezza, diretora da peça baseada na vida do dramaturgo russo. “Nós usamos as ferramentas de base que ele deixou. Mas existem várias maneiras de interpretar um grande mestre. Ele deixou tudo escrito. Como não somos ele, nos apropriamos do que ele disse de maneira respeitosa. E traduzimos isso da maneira como a gente imagina - e óbvio: cada cabeça uma sentença, cada grupo um trabalho”. O ator e diretor da peça chilena Otelo, Jaime Lorca, falou ainda sobre a escolha do texto original de Shakespeare. “É a primeira vez que fazemos uma adaptação, nós sempre trabalhamos com textos que criamos, e nos apoiamos muito na literatura, nas novelas, nos contos literários. Pegamos Shakespeare porque descobrimos que tinha muito sangue. Shakespeare era feito há quatro séculos, em teatros onde as pessoas comiam, bebiam, falavam, gritavam. Então era um teatro muito direto. E para o ator é maravilhoso, porque toca todas as notas da alma, da mais sublime às mais baixas e ruins. Tudo na mesma obra, no mesmo personagem”, relata. “É uma tragédia que tem muito melodrama. E nós fizemos esse link que tem nos melodramas na televisão, com as vidas de outras pessoas que se quer viver”, acrescenta Teresita Iacobelli, atriz do espetáculo. A ideia vai ao encontro do pensamento de João Garcia Miguel. “Quando trabalhamos com um clássico, reinventamos o passado. Deciframos os enigmas e encantamentos que eles tiveram com o mundo, afinal os clássicos sobreviveram. O que tentamos fazer é tentar trazer para hoje, para o nosso dia a dia. O clássico nos ajuda a pensar no passado e olhar para nós mesmos e nos entendermos hoje. O clássico nos ajuda a sermos mais honestos com a gente mesmo”, afirma. Coletivo Pão & Circo]]>
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Burburinhos por trás de ‘A Imaginação do Futuro’ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/burburinhos-por-tras-de-a-imaginacao-do-futuro/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/burburinhos-por-tras-de-a-imaginacao-do-futuro/#comments Sat, 06 Sep 2014 17:08:09 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1145 A Imaginação do Futuro (Foto: Compañia La Resentida)

Salvador Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América. Governou o Chile entre 1970 a 1973 e foi deposto por um golpe liderado por Augusto Pinochet, seu chefe das Forças Armadas. Sua morte durante o golpe nunca foi explicada. Suicídio (com a arma que fora presente de Fidel Castro) ou assassinato (como defende sua sobrinha, a escritora Isabel Allende)? Ninguém tem respostas. Todos têm imaginação. Para contar sobre os últimos dias deste homem que mudou a história do Chile, o diretor Marco Layera usou humor ácido, uma trupe de atores afiados, som alto nudez e ironia escancarada. Exatamente nesta ordem. Durante a peça, um grito. Um xingamento impublicável. O restante do público comentou baixinho e a peça seguiu. Ninguém se retirou. Logo que as luzes se apagaram indicando o final do espetáculo, as palmas encheram o teatro. A plateia ficou dividida entre aqueles que aplaudiram fervorosamente em pé e os que educadamente permaneceram sentados. Na saída, pouca coragem para ir embora. Quem estava em grupo debatia, desconhecidos trocavam opiniões como se tivesse ali uma mesa, um bar, uma urna eletrônica por perto. “A peça é polêmica. Mas a história política do Chile é polêmica. Os atores só mostraram isso. Aos berros, pra que todo mundo ouvisse". Rosane Viana, 72 anos, socióloga. “Gosto quando alguém explica política fazendo deboche. Fica mais fácil de entender e até de se revoltar”. Wellington Sousa, 27 anos, analista de sistemas. “Um soco. Bem No estômago. Preciso que pare de doer pra conseguir falar”. Bete Prado, 60 anos, professora universitária. A Imaginação do Futuro é apresentada pela Cia Teatro La re-sentida, do Chile. Nascida em 2008, ela foi formada por jovens atores da cena teatral do país, e tem como ideia central a reflexão a partir da provocação e quebra de tabus. A programação do Mirada segue. Confira os próximos espetáculos e mire você mesmo. Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
A Imaginação do Futuro (Foto: Compañia La Resentida)

Salvador Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América. Governou o Chile entre 1970 a 1973 e foi deposto por um golpe liderado por Augusto Pinochet, seu chefe das Forças Armadas. Sua morte durante o golpe nunca foi explicada. Suicídio (com a arma que fora presente de Fidel Castro) ou assassinato (como defende sua sobrinha, a escritora Isabel Allende)? Ninguém tem respostas. Todos têm imaginação. Para contar sobre os últimos dias deste homem que mudou a história do Chile, o diretor Marco Layera usou humor ácido, uma trupe de atores afiados, som alto nudez e ironia escancarada. Exatamente nesta ordem. Durante a peça, um grito. Um xingamento impublicável. O restante do público comentou baixinho e a peça seguiu. Ninguém se retirou. Logo que as luzes se apagaram indicando o final do espetáculo, as palmas encheram o teatro. A plateia ficou dividida entre aqueles que aplaudiram fervorosamente em pé e os que educadamente permaneceram sentados. Na saída, pouca coragem para ir embora. Quem estava em grupo debatia, desconhecidos trocavam opiniões como se tivesse ali uma mesa, um bar, uma urna eletrônica por perto. “A peça é polêmica. Mas a história política do Chile é polêmica. Os atores só mostraram isso. Aos berros, pra que todo mundo ouvisse". Rosane Viana, 72 anos, socióloga. “Gosto quando alguém explica política fazendo deboche. Fica mais fácil de entender e até de se revoltar”. Wellington Sousa, 27 anos, analista de sistemas. “Um soco. Bem No estômago. Preciso que pare de doer pra conseguir falar”. Bete Prado, 60 anos, professora universitária. A Imaginação do Futuro é apresentada pela Cia Teatro La re-sentida, do Chile. Nascida em 2008, ela foi formada por jovens atores da cena teatral do país, e tem como ideia central a reflexão a partir da provocação e quebra de tabus. A programação do Mirada segue. Confira os próximos espetáculos e mire você mesmo. Texto: Coletivo Pão & Circo]]>
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O Mirada entra em cena https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-mirada-entra-em-cena/ https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/o-mirada-entra-em-cena/#comments Sat, 06 Sep 2014 00:13:47 +0000 https://mirada2014.sescsp.org.br/pt/?p=1091 Mirada 2014

Na noite da última quinta-feira (4), o Mirada teve a sua abertura oficial. O grande start ficou por conta da Compañia La Resentida, com a peça A Imaginação do Futuro. Representante do Chile, o grande homenageado desta edição do Festival, o espetáculo recria a história dos últimos dias de Salvador Allende, presidente do país entre os anos de 1970 e 1973. A abertura contou ainda com a presença de Lucía De La Maza, coordenadora da área de Teatro do Conselho da Cultura do Chile,  e Raul Christiano de Oliveira Sanchez, Secretário de Cultura de Santos. Danilo Miranda, Diretor Regional do Sesc de São Paulo e membro do Conselho Diretivo do Mirada, também esteve presente e falou sobre a importância daqueles que fazem parte do evento. "Os atores, as atrizes, os cenógrafos e todos aqueles que fazem esse festival acontecer são os verdadeiros donos do palco", disse. O espetáculo espanhol Chapeuzinho Galáctico seguiu as apresentações iniciais. O Mirada acontece até o dia 13 de setembro. Para conferir a programação completa e informações sobre ingressos, clique aqui. Querô Filmes e Coletivo Pão & Circo]]>
Mirada 2014

Na noite da última quinta-feira (4), o Mirada teve a sua abertura oficial. O grande start ficou por conta da Compañia La Resentida, com a peça A Imaginação do Futuro. Representante do Chile, o grande homenageado desta edição do Festival, o espetáculo recria a história dos últimos dias de Salvador Allende, presidente do país entre os anos de 1970 e 1973. A abertura contou ainda com a presença de Lucía De La Maza, coordenadora da área de Teatro do Conselho da Cultura do Chile,  e Raul Christiano de Oliveira Sanchez, Secretário de Cultura de Santos. Danilo Miranda, Diretor Regional do Sesc de São Paulo e membro do Conselho Diretivo do Mirada, também esteve presente e falou sobre a importância daqueles que fazem parte do evento. "Os atores, as atrizes, os cenógrafos e todos aqueles que fazem esse festival acontecer são os verdadeiros donos do palco", disse. O espetáculo espanhol Chapeuzinho Galáctico seguiu as apresentações iniciais. O Mirada acontece até o dia 13 de setembro. Para conferir a programação completa e informações sobre ingressos, clique aqui. Querô Filmes e Coletivo Pão & Circo]]>
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