SESC Mirada » Nacional https://mirada2012.sescsp.org.br 5 - 15 de setembro de 2012 Mon, 17 Sep 2012 11:54:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=3.4.1 Lamartine | Grupo de Teatro Macunaíma/CPT – SESC https://mirada2012.sescsp.org.br/lamartine-babo-grupo-de-teatro-macunaima-2/ https://mirada2012.sescsp.org.br/lamartine-babo-grupo-de-teatro-macunaima-2/#comments Sat, 18 Aug 2012 00:00:53 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=253 O núcleo artístico, que é sinônimo de Antunes Filho, um dos mestres da arte do teatro no Brasil, dessa vez o traz não no posto de diretor, mas de dramaturgo, autor do roteiro inspirado na vida e na obra do compositor carioca que dá nome ao espetáculo, um dos bambas da música popular brasileira. No enredo, um conjunto ensaia as inesquecíveis canções de Lamartine Babo, até que adentra o espaço um misterioso homem vestido de terno preto, presença formal de palavras idem, e acompanhado de sua sobrinha. Intercalando o ambiente de um sarau em meio a diálogos pontuais, o espetáculo se permite alguns quadros musicais que lembram canções famosas do homenageado, como Grau Dez, Jou Jou Balangandans, Marchinha do Grande Galo e Aeiou, esta uma parceria com Noel Rosa. A história envolve outras figuras, como uma diva que chega atrasada, outras cantoras e um maestro.

Lamartine Babo (1904-1963) compôs canções de vários gêneros, mas foi com as marchinhas carnavalescas, a começar pela clássica Se teu Cabelo Não Nega, que se tornou um nome conhecido. Em suas músicas predominam o humor refinado e a irreverência.

Quem assina a direção é Emerson Danesi, ator e braço direito de Antunes no Centro de Pesquisa Teatral, o lendário CPT, que está completando 30 anos em 2012 e é mantido pelo SESC/SP. A montagem estreou em 2009 justo no espaço do CPT, no Sesc Consolação, na capital, onde são realizados cursos e treinamentos de ator e de dramaturgia, entre outras áreas. Já o Grupo de Teatro Macunaíma, onde são produzidas as criações de Antunes Filho, nasceu com a estreia do espetáculo Macunaíma, em 1978, com o qual ele e os atores viajaram pelo Brasil e pelo mundo.

GRUPO DE TEATRO MACUNAÍMA / CPT-SESC
Texto:
Antunes Filho
Direção: Emerson Danesi
Direção musical: Fernanda Maia
Elenco: Adriano Bolshi, André Araújo, Flávia Strongolli, Ivo Leme, Leonardo Santiago, Marcos de Andrade, Natalie Pascoal, Patrícia Rita, Ricardo Venturin, Rodrigo Mercadante e Sady Medeiros

60 min | 12 anos

dias
6/9
, quinta, 19h
7/9, sexta, 19h
Auditório SESC Santos

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

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Romeu e Julieta | Grupo Galpão https://mirada2012.sescsp.org.br/romeu-e-julieta-grupo-galpao/ https://mirada2012.sescsp.org.br/romeu-e-julieta-grupo-galpao/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:11:58 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=289 Ao atualizar o sentido da mais conhecida história de amor da humanidade, a concepção de Gabriel Villela para o Galpão transpôs a tragédia dos dois jovens apaixonados para o contexto da cultura popular brasileira. Esse conceito sustenta todo o espetáculo, especialmente na figura do narrador, uma licença do próprio bardo em cena, a reger toda a ação com uma linguagem inspirada em Guimarães Rosa e no sertão mineiro.

Os milhares de espectadores conformam uma espécie de estádio lotado em torno da perua Veraneio modelo 1974, de cor vinho, batizada Esmeralda e transformada em “palco” para as ações, entre elas a dos enamorados no balcão. O enredo permanece intacto: duas famílias que sempre se odiaram, os Capuleto e os Montéquio, não impedem a paixão de seus filhos, mas colaboram bastante para o desfecho trágico, aqui repleto de excertos de uma comicidade lírica, alusiva ao picadeiro: há muitas cenas com os atores equilibrando-se em pernas-de-pau.

A montagem da tragédia de Shakespeare foi um marco na carreira do grupo. O encontro com Gabriel Villela significou a ousadia de fazer um clássico na rua. Ao texto original, com tradução de Onestaldo de Pennaforte, juntam-se elementos da cultura popular brasileira e mineira, presente nas serestas e modinhas, nos adereços e figurinos que remetem ao interior profundo do Brasil.

Desde sua estreia na histórica cidade de Ouro Preto, Romeu e Julieta construiu uma carreira de sucesso de público e crítica, no país e no exterior. Em 2000, coroou sua trajetória com uma série de apresentações em Londres, no palco do Shakespeare’s Globe Theatre, onde recebeu uma consagradora acolhida do público inglês. A visita foi repetida em maio deste ano.

GRUPO GALPÃO
Texto:
Willian Shakespeare
Dramaturgia: Cacá Brandão
Concepção e direção geral: Gabriel Villela
Elenco: Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Rodolfo Vaz e Teuda Bara

Patrocínio: Petrobras

90 min | livre | Espetáculo de Rua

dia
8/9, sábado, 16h | Emissário Submarino

Grátis

 

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Retábulo | Piollin Grupo de Teatro https://mirada2012.sescsp.org.br/retabulo-piollin-grupo-de-teatro/ https://mirada2012.sescsp.org.br/retabulo-piollin-grupo-de-teatro/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:10:20 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=283 Adaptação do conto Retábulo de Santa Joana Carolina, do escritor pernambucano Osman Lins (1924- 1978). Presente no livro Nove, Novena (1966), a obra fez dele um dos expoentes da ficção brasileira contemporânea. A narrativa é dividida em doze mistérios que recobrem – em ordem cronológica, desde o nascimento até sua morte e enterro – a vida de uma humilde professora primária da roça, do longínquo mundo rural do Nordeste. Ela é explorada pelos senhores de terra por onde passa. O texto mostra seus sofrimentos de mulher simples do povo por meio de vários eus-narradores. É uma história que fala de força, amor e determinação. Não de uma heroína, porque não precisamos de heróis, como escreveu a então viúva do romancista, Julieta de Godoy Ladeira, “mas de uma criatura e de um criador que souberam porque vieram a este mundo”.

A linguagem ousada do conto e o eu multifacetado, fazem referência às figuras pintadas ou talhadas, geralmente em madeira ou mármore, para ornamentar altares, que aludem à uma história em série. Os 12 mistérios de Joana Carolina são encenados pelo Piollin Grupo de Teatro, da Paraíba, em atividade há 35 anos. A encenação dialoga com as proposituras narrativas osmanianas para tentar instaurar uma cena também rigorosa, apoiada simultaneamente na poesia da palavra e no corpo em ação. A espacialidade da sala é ocupada pelos atores e pelo público sem mediações. Simultaneidade e sobreposição de espaço e tempo ampliam, como num prisma, as possibilidades de leitura da encenação.

É a chance de o núcleo, integrado pelo ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos, dar um salto em relação à obra de 1992 Vau da Sarapalha, marco dos 35 anos de atividade, que apresentou uma transposição do conto do mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967). Essa peça projetou o núcleo de João Pessoa, formado pelos atores remanescentes Everaldo Pontes, Nanego Lira, Servilio de Holanda e Soia Lira, entre outros.

PIOLLIN GRUPO DE TEATRO
Texto:
Osman Lins
Dramaturgia: Luiz Carlos Vasconcelos, Márcio Marciano e Piollin Grupo de Teatro
Direção: Luiz Carlos Vasconcelos
Elenco: Everaldo Pontes, Ingrid Trigueiro, Luana Lima, Nanego Lira, Servilio de Holanda, Soia Lira e Suzy Lopes

Patrocínio: Petrobras

65 min | 12 anos

dias
6/9, quinta, 23h
7/9
, sexta, 23h
Ginásio Sesc Santos

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

 

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Pais e Filhos | Mundana Companhia de Teatro https://mirada2012.sescsp.org.br/pais-e-filhos-mundana-companhia-de-teatro/ https://mirada2012.sescsp.org.br/pais-e-filhos-mundana-companhia-de-teatro/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:08:47 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=274 Essa adaptação do romance homônimo do russo Ivan Turguêniev (1818-1883) chega ao MIRADA em caráter de pré-estreia, a duas semanas da previsão de entrar em cartaz na capital paulista. Bazárov é um jovem médico, niilista declarado, incapaz de acreditar em qualquer coisa que não seja mensurável pelas ciências naturais. Juntamente com seu amigo e seguidor Arkadi, Bazárov viaja pelo interior da Rússia para passar as férias da primavera em família. Nesse deslocamento, ambos encontram-se diante de caminhos a escolher, e não apenas de entroncamentos reais: a cada encruzilhada, precisam decidir entre o conservadorismo da geração dos anos 40 e o radicalismo da juventude dos anos 60 do século XIX, travando verdadeiros embates de ideias com as gerações que os sucedem.

O diretor convidado da Mundana Companhia é o russo Adolf Shapiro, de 73 anos. Pertencente a última geração russa de encenadores-pedagogos, ele foi aluno de Maria Knébel (1898-1985) nos anos 1960, a atriz e discípula do mestre Constantin Stanislavski (1863-1938) em sua última fase de sistematização do trabalho de autor. Knébel transmitiu para seus pupilos o método da análise ativa que Stanislavski elaborou nos últimos anos de sua vida e que, desde então, se tornou um dos pilares da encenação contemporânea. Hoje, Shapiro desenvolve trabalhos de criação e de ensino na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos. Ao adaptar a obra de Turguêniev para o teatro, ele e o núcleo paulista reavivam a importante e controversa obra de um dos grandes escritores russos do século XIX, contemporâneo de Dostoiévski, autor do romance O Idiota (2010), último e premiado espetáculo da companhia que também já montou Albert Camus e Samuel Beckett.

Desde o ano 2000, inspirados pela militância política dos artistas de teatro da cidade de São Paulo junto ao movimento Arte contra a Barbárie, Aury Porto e Luah Guimarãez desejavam criar um núcleo artístico formado essencialmente por atores-produtores. Com o pensamento voltado para a ideia da impermanência, característica fundamental à arte teatral, foi gestada a Mundana Companhia.

MUNDANA COMPANHIA DE TEATRO
Autor:
Ivan Turguêniev
Adaptação e direção geral: Adolf Shapiro
Tradução: Diego de Oliveira
Elenco: Beatriz Morelli, Donizeti Mazonas, Fredy Allan, Luah Guimarãez, Lúcia Romano, Luís Mármora, Sergio Siviero, Silvio Restife, Sofia Botelho, Sylvia Prado e Vanderlei Bernardino

150 min | 14 anos

dias
11/9, terça, 21h30
12/9, quarta, 21h30
Teatro Coliseu

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

 

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O Lançador de Foguetes | Grupo de Teatro de Pernas pro Ar https://mirada2012.sescsp.org.br/o-lancador-de-foguetes-grupo-de-teatro-de-pernas-pro-ar/ https://mirada2012.sescsp.org.br/o-lancador-de-foguetes-grupo-de-teatro-de-pernas-pro-ar/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:06:53 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=266 Ruas, praças, parques ou algum local alternativo. O protagonista desta história procura um lugar ideal em que possa convergir o espaço físico e a energia do público, elementos essenciais à excelência de sua experiência dita científica. Em suma, o excêntrico personagem recorre a alguns princípios da física quântica (a física das possibilidades) para mostrar que o pensamento também é energia que se materializa.

Deslocando-se com destreza pelo espaço ao ar livre com seu triciclo recheado de elementos cênicos, o sujeito calcula os fenômenos físicos que podem interferir nessa jornada. Utiliza malabares circenses como o diabolô (modalidade também conhecida como uma evolução do ioiô) e inventa engenhocas astrológicas para medir as distâncias, calcular o vento e sentir as energias. Para tanto, o personagem está em busca de outros parceiros para a empreitada. Após computar todas as informações, em meio a uma trilha sonora empolgante e curiosa, finalmente lança seus foguetes no ar. Na ocasião, leva também o público a sorrir e se emocionar com as possibilidades de transformação.

A intervenção de rua O Lançador de Foguetes consta no repertório do Grupo de Teatro De Pernas pro Ar desde 2006, mas a formação do núcleo acontece em 1988, na cidade gaúcha de Canoas, onde foi criado. O ator e diretor Luciano Wieser é cofundador junto de Raquel Durigon, aqui sua assistente.

Em sua sede, batizada de INVENTÁRIO – Espaço Criativo, localizada no bairro Estância Velha, periferia da cidade, os participantes propõem a realização de oficinas, ensaios e teatro de calçada (apresentações abertas à comunidade). Técnicas circenses, formas animadas e música são algumas das fronteiras dissolvidas a favor dos experimentos de linguagens. O grupo constrói suas próprias cenografias, verdadeiras traquitanas, além de figurinos excêntricos e bonecos com mecanismos de manipulação únicos. Tudo em favor de novas possibilidades para se comunicar com o espaço urbano.

GRUPO DE TEATRO DE PERNAS PRO AR
Direção, atuação e cenografia:
Luciano Wieser
Figurinos, maquiagem e assistência de direção: Raquel Durigon

60 min | livre | Espetáculo de Rua

dias
8/9, sábado, 12h Instituto Arte no Dique – Santos
9/9, domingo, 11hParque Tupiniquins – Bertioga

Grátis

 

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O Fio Mágico | Companhia Mão Molenga Teatro de Bonecos https://mirada2012.sescsp.org.br/o-fio-magico-companhia-mao-molenga-teatro-de-bonecos/ https://mirada2012.sescsp.org.br/o-fio-magico-companhia-mao-molenga-teatro-de-bonecos/#comments Tue, 14 Aug 2012 14:59:31 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=263 Gérard é um menino impaciente que recebe o dom de adiantar o tempo manipulando o fio de sua própria vida. A ação acontece na primeira metade do século XX, envolvendo situações no plano pessoal (a namorada, a mãe) e notícias de massacres internacionais (sua existência é atravessada pelas duas guerras mundiais). Mesmo diante de uma situação fantástica – a capacidade de antever, o que aparentemente resolveria seus problemas –, o personagem se depara com conflitos entre o bem e o mal, o envelhecimento e a inevitabilidade da morte. A vivência o leva a construir outro olhar sobre o significado de ser e estar no mundo, mostrando que é possível vencer obstáculos e ser bem-sucedido mesmo sem possuir um dom especial. A narrativa é apoiada pelo uso de máscaras e bonecos em diferentes técnicas, como recortes, fantoches e manipulação direta.

O diretor, cenógrafo, figurinista, ator, titeriteiro e arte-educador Marcondes Lima é o artista profissional mais importante em atividade hoje no teatro do Recife. Paralelamente ao trabalho com o Mão Molenga, ele dá aulas, ministra oficinas e, sobretudo, é parceiro de inúmeras criações na cidade.

Sediada em Recife, a Companhia Mão Molenga Teatro de Bonecos é especializada em bonecos e em formas animadas em palco, vídeo e televisão desde 1986. Nesses 26 anos de atividade ininterrupta, leva sua arte para onde é possível (escolas, praças, feiras etc.), sempre com o desejo de conquistar diferentes públicos e estimular novos artistas a seguirem o mágico ofício de dar vida ao inanimado.

COMPANHIA MÃO MOLENGA TEATRO DE BONECOS
Texto:
Carla Denise
Direção: Marcondes Lima
Elenco: Fábio Caio, Fátima Caio e Marcondes Lima

60 min | Livre | Infantil

dias
15/9, sábado, 11h e 16h
Auditório SESC Santos

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

 

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O Cantil | Teatro Máquina https://mirada2012.sescsp.org.br/o-cantil-teatro-maquina/ https://mirada2012.sescsp.org.br/o-cantil-teatro-maquina/#comments Tue, 14 Aug 2012 14:56:56 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=260 O Cantil (2008) surge de uma leitura bastante específica da peça A Exceção e a Regra, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898- 1956). Ao contrário da materialidade oral do texto, aqui a palavra é suprimida para que o gesto seja enfatizado e o trabalho dos atores “refuncionalizado” por meio de exercícios de demonstração e manipulação. Trata-se de uma viagem sem espaço nem tempo definidos. Dois homens seguem à procura de algo. Para o patrão, a viagem é urgente e aterradora; para o empregado, apenas objeto de seu ganha-pão. Entre os dois se estabelece uma relação nos extremos da desconfiança total e da pura subserviência, relação essa transfigurada pela ausência/presença do cantil (ferramenta de carpintaria semelhante à plaina).

A encenação enfatiza a metáfora da manipulação, estendendo a relação entre os personagens para os atores por meio das figuras condensadas do boneco-narrador e do manipulador-narrador.

Uma citação do teatrólogo francês Patrice Pavis, na qual se percebe a derivação do nome do núcleo de Fortaleza, de fato dimensiona não só a proposição desse espetáculo, mas a plataforma de prática e pensamento dos seus criadores. “A maquinaria é envergonhadamente escondida no chamado teatro ‘ilusionista’, mas ela sempre se deixa detectar desde que nos debrucemos sobre o ‘segredo de fabricação’. Tal realidade de máquina é, por definição, alheia ao mundo fictício sugerido pela cena.”

O Teatro Máquina (antiga Ba-guá Companhia de Teatro) está em atividade desde 2003, convertendo-se num dos agrupamentos mais coerentes e proativos do teatro de pesquisa nordestino. A dramaturgia épica, já por si mesma fragmentada e cheia de rupturas radicais, tem sido seu principal foco de interesse. Essa pesquisa se dá com textos do próprio Brecht e de autores importantes para o teatro colaborativo do grupo.

TEATRO MÁQUINA
Direção e dramaturgia:
Fran Teixeira
Elenco: Aline Silva, Ana Luiza Rios, Edivaldo Batista, Levy Mota, Loreta Dialla e Márcio Medeiros

40 min | 12 anos

dias
8/9, sábado, 21h
9/9
, domingo, 21h
Teatro SESC Santos

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

 

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Isso te Interessa? | Companhia Brasileira de Teatro https://mirada2012.sescsp.org.br/isso-te-interessa-companhia-brasileira-de-teatro/ https://mirada2012.sescsp.org.br/isso-te-interessa-companhia-brasileira-de-teatro/#comments Tue, 14 Aug 2012 14:47:09 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=233 A peça é um percurso no tempo de pelo menos três gerações de uma família. São “pais, mães, filhos e cães” que poderiam fazer parte de qualquer família comum, em qualquer cidade do mundo. Nada de especial acontece. Não há grandes eventos, apenas os acontecimentos-chave que determinam as trajetórias prosaicas das vidas dos personagens.  Um pai que fuma, uma mãe que esquece, um filho que vai embora, uma filha que fica grávida, uma mãe que se separa, os filhos que não “estão nem aí”, um pai que morre, uma filha que morre, uma mãe que fica, uma mãe que decide morrer, um filho que volta, um filho que se lembra, os cachorros que estão por ali, o tempo que passa, as pessoas de quem lembramos, o lugar para onde queremos ir e o lugar de onde nunca saímos.

O título original do texto de Noëlle Renaude, Bon, Saint-Cloud, faz referência a uma pequena cidade, Saint-Cloud, espécie de subúrbio burguês parisiense onde se pode ir passear aos fins de semana, ou simplesmente passar o dia, levar o cachorro para correr e escapar da rotina diária.

Introduzir uma autora até então inédita no Brasil faz parte da instigação maiúscula da Companhia Brasileira de Teatro, em busca de novas possibilidades dramatúrgicas que permitam expandir a presença do ator e a percepção do público, aqui convocado a acompanhar uma narrativa condensada.O projeto artístico iniciado em 1999 por Marcio Abreu, em Curitiba, ganhou profissionais afinados e tornouse um dos mais sólidos do país, trilhando narrativas de estranhamento e de delicadeza, como a elaborada pela francesa Noëlle, de 62 anos, formada em história da arte e línguas, autora de mais de 20 peças.

COMPANHIA BRASILEIRA DE TEATRO
Texto:
Noëlle Renaude
Tradução: Giovana Soar e Marcio Abreu
Direção: Marcio Abreu
Com: Giovana Soar, Nadja Naira, Ranieri Gonzalez, Rodrigo Ferrarini/ Rodrigo Bolzan

45 min | 18 anos

dias
10/9, segunda, 22h
11/9
, terça, 22h
C.A.I.S. Vila Mathias

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

 

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Hysteria | Grupo XIX de Teatro https://mirada2012.sescsp.org.br/hysteria-grupo-xix-de-teatro/ https://mirada2012.sescsp.org.br/hysteria-grupo-xix-de-teatro/#comments Tue, 14 Aug 2012 14:41:52 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=224 Clara, Hercília, Maria Tourinho, M.J. e Nini são internas de um hospício carioca no final do século XIX. Mães, meninas, amantes, solteiras, sentimentais, brasileiras de “existência estreita e confinada”, elas falam de si para mulheres do século XXI. Nas dependências desse estabelecimento feminino, cinco personagens diagnosticadas como histéricas revelam seus desvios e contradições – reflexos diretos de uma sociedade em transição, na qual os valores burgueses buscavam adequar a mulher a um novo pacto social. Cenicamente, o espetáculo abdica do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação (é sempre apresentado no meio da tarde para aproveitar a luz natural). A opção é por um espaço não convencional, neste caso a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, construída pelos espanhóis em 1584, época em que Portugal e Brasil estavam sob domínio da Espanha.

A plateia é dividida por gêneros. A feminina senta junto às atrizes em um semicírculo feito de bancos de madeira que ocupam a maior parte do espaço cênico. As mulheres são convidadas a interagir com as atrizes. Já a ala masculina senta em cadeiras ou arquibancadas no entorno da cena.

Fenômeno de público e de crítica na produção paulistana da década passada, Hysteria (2001) é a primeira obra do grupo XIX de Teatro, formado naquele mesmo ano. O núcleo desenvolve pesquisa temática voltada para a história brasileira, pesquisa estética de exploração de prédios históricos como espaços cênicos e investigação sobre a participação ativa do público. Desde 2004, cumpre residência artística na tombada Vila Operária Maria Zélia, no bairro paulistano do Belém, onde gesta suas criações.

GRUPO XIX DE TEATRO
Criação, pesquisa de texto e figurinos:
Grupo XIX de Teatro
Direção: Luiz Fernando Marques
Elenco: Evelyn Klein, Janaina Leite, Juliana Sanches, Mara Helleno e Tatiana Caltabiano

70 min | 14 anos

dias
8/9, sábado, 15h
9/9
, domingo, 15h
Fortaleza da Barra

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

Acesso gratuito de barco das 14h às 14h45

 

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Histórias de Família | Cia. Amok https://mirada2012.sescsp.org.br/historias-de-familia-cia-amok/ https://mirada2012.sescsp.org.br/historias-de-familia-cia-amok/#comments Tue, 14 Aug 2012 14:38:34 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=216 Em cena, o universo da infância e da violência no contexto da guerra que assolou a região dos Balcãs nos anos 1990. Nas ruínas da Iugoslávia, quatro personagens brincam de família, reproduzindo o comportamento delirante de adultos desorientados. Pouco a pouco, revela-se a lógica do conflito, criado e mantido pelo poder político, que se manifesta em todos os níveis da sociedade. A violência da brincadeira substitui aquela que é real nos combates. Nesse ritual, à imagem do clima político, a tensão entre todos é extrema. Uma terrível paródia familiar que apresenta a guerra por meio do lúdico e do derrisório e nos faz ver o teatro como o lugar onde os adultos continuam a fazer aquilo que fazem as crianças: produzir jogo.

Histórias de Família estreou em junho deste ano, e compõe a última parte da Trilogia da Guerra, projeto da Amok que inclui os espetáculos O Dragão (2008) e Kabul (2010), um percurso artístico sobre o tema dos conflitos bélicos.

Dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, francês radicado no Brasil há 18 anos, o grupo Amok Teatro foi fundado em 1998. Sediado no Rio de Janeiro, dedica-se à pesquisa contínua do trabalho do ator e das possibilidades de encenação. Seus espetáculos tratam de temas contemporâneos ao mesmo tempo que afirmam a cena como um espaço cerimonial. Além das criações, o grupo desenvolve atividades pedagógicas. A dramaturga sérvia Biljana Srbljanovic, de 41 anos, ficou conhecida em meados dos anos 1990. Ela se opôs firmemente ao regime ditatorial do então presidente Slobodan Milosevic, com uma coragem manifestada não somente em seus escritos, mas também em sua recusa em deixar Belgrado durante os bombardeios da Otan, em 1999, contra a limpeza étnica da maioria da população albanesa. Em 2001, o alemão Thomas Ostermeier encenou seu texto Supermercado no Festival de Viena.

CIA. AMOK
Texto:
Biljana Srbljanovic
Direção e adaptação: Ana Teixeira e Stephane Brodt
Elenco: Bruce Araujo, Christiane Góis, Rosana Barros e Stephane Brodt

Patrocínio: Petrobras

90 min | 16 anos

dias
6/9, quinta, 21h
7/9
, sexta, 21h
Casa da Frontaria Azulejada

R$ 10,00; R$ 5,00; R$ 2,50

 

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