SESC Mirada » Intervenções / Instalações https://mirada2012.sescsp.org.br 5 - 15 de setembro de 2012 Mon, 17 Sep 2012 11:54:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=3.4.1 O Circo das Penas (El Circo de las Penas) https://mirada2012.sescsp.org.br/o-circo-de-penas-el-circo-de-las-penas/ https://mirada2012.sescsp.org.br/o-circo-de-penas-el-circo-de-las-penas/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:17:20 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=307 O Circo das Penas (El Circo de las Penas)
Antigua y Barbuda 

Misto de instalação e drama, o espetáculo é narrado por meio de máquinas que mostram como a alma se expressa por objetos autômatos. Existe um único habitante nesse universo: um construtor de artefatos, saudoso do olhar atento que se perdeu em relação à arte de forjá-los. A figura do inventor busca essa magia concebendo máquinas como esculturas, considerando suas memórias. Nessa espirituosa viagem, o espectador contempla como a experiência do homem comum pode se tornar extraordinária por meio de recursos multimídia e ambientação sonora. Entre as seis máquinas construídas pelo inventor, estão a de chorar, a da essência da música, a das recordações e a que mede o amor.

O homem que inspira essa história é o português João Siqueiro (1850-?), do qual se tem poucas informações biográficas. Filho de sapateiro, teve a mãe morta em criança e foi um adulto solitário e reservado. Mas seu legado técnico, artístico e filosófico é reconhecido pelos desenhos de suas máquinas, descobertos após sua morte. Siqueiro imaginava cada uma dessas esculturas provocando reações dos sentidos: ver, ouvir, cheirar, degustar e tatear. A memória unificaria todos os sentidos da pessoa e reconstruiria subjetividades do real. A companhia Antigua y Barbuda reconstrói alguns desses mecanismos em O Circo das Penas (2010). Seus fundadores, Jordà Ferré e Óscar de Paz, também trazem para o MIRADA o espetáculo B.A.R.R.A. (2007).

 

Ideia original: Jordà Ferré e Oscar de Paz
Dramaturgia: Josep Pere Peyró
Texto: João Siqueiro
Sonoplastia: Pablo Rega
Construção: Antigua y Barbuda
Com: Carles Figols
Colaboração: CAER – Centre d’Arts Escèniques Reus, IMAC Mataró, Festival Panorama d’Olot e ICIC – Institut Català de les Indústries Culturals

Visitação
De 5 a 15/9. Terça a sexta, das 10h às 21h | Sábado, domingo, segunda e feriado, das 10h às 18h30

Espetáculos
Dias 7, 10 e 13/9
sexta, segunda e quinta, às 21h

Convivência SESC | 60 min | 14 anos | Grátis | Retirada de ingresso 1h antes

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B.A.R.R.A. https://mirada2012.sescsp.org.br/b-a-r-r-a/ https://mirada2012.sescsp.org.br/b-a-r-r-a/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:15:38 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=304 Antigua y Barbuda

A palavra e sigla do título em espanhol quer dizer balcão ou, por impulso artístico, Bar Automatizado Rústico Realmente Auténtico (B.A.R.R.A.). Nessa escultura em movimento, que possui traços humanos, uma criança evolui a adulto, vira barman e aciona uma série de dispositivos para servir aos espectadores. Cor da pele, religião, sexo, cultura ou nível econômico, tudo isso soa indiferente a esse homem. Ele sofre de uma enfermidade que o isola da sociedade e o obriga a viver numa bolha. Daí o engenho para compartilhar problemas, angústias e alegrias com pessoas em vários cantos do mundo.

A insólita engenhoca é feita com materiais como ferro, cobre, resina e fibra de vidro. Como se fosse um jogo lúdico a um só tempo rústico e sofisticado, a máquina lembra um brinquedo de parque de diversões com suas luzinhas.

A companhia Antigua y Barbuda foi criada em 2002 pelos construtores de máquinas cênicas Jordà Ferré e Oscar de Paz, idealizadores de B.A.R.R.A. (2007) e O Circo das Penas (2010), ambos neste MIRADA. Eles concebem projetos afeitos a diferentes áreas, como as artes plásticas e o teatro. Já colaboraram com os compatriotas do La Fura dels Baus e o francês Royal de Luxe.

Ideia original: Jordà Ferré e Oscar de Paz | Direção artística: Jomi Oligor e Marc Ménager | Com: Oscar de Paz, Jordà Ferré e Carles Figols | Coprodução: Festival Trapezi-Reus, Festival Trapezi-Vilanova, Festival Panorama, Fira de Teatre al Carrer Tàrrega, Festival Excentrique, Norfolk & Norwich Festival e L’Usine | Colaboração: Generalitat de Catalunya, Institut Català de les Indústries Culturals

Visitação
De 5 a 15/9. Terça a sexta, das 10h às 21h | Sábado, domingo, segunda e feriado, das 10h às 18h30.

Espetáculos
Dia 5. Quarta, às 23h.
Dias 8, 11 e 15. Sábados e terça, às 19h e às 23h.
Dia 14. Sexta, às 19h.
Convivência SESC | 30 min | Livre | Grátis | Retirada de ingresso 1h antes

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Rodriguianas https://mirada2012.sescsp.org.br/rodriguianas/ https://mirada2012.sescsp.org.br/rodriguianas/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:14:34 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=299 BRASIL (SP)
Enlace Coletivo de Artes

Inspirada nas noivas espectrais, sedutoras e por vezes patéticas que

deambulam pelas 17 peças de Nelson Rodrigues, a intervenção em espaço público reúne criadores da cena teatral santista que intentam quebrar o monopólio da realidade estabelecida para propor a escolha do que é real. No território urbano de hoje, onde o pós-modernismo está associado à decadência das grandes ideias, valores e instituições sociais, surgem situações, olhares sobre a obra de um gênio obsessivo, tarado, libertário, reacionário, polêmico, pornográfico. São apresentadas loucas vítimas que insistem no direito à singularidade, à interioridade. Noivas que sonham e carregam suas tragédias para que a fantasia possa explodir na cidade sob a forma de imagens consideradas gratificantes, fomentando o delírio como linguagem. E noivos também vestidos a caráter como figuras de Nelson Rodrigues.

O objetivo não é a articulação de uma totalidade de sentidos, mas a articulação de afetos feita de encontros voláteis, fugidios, com a vida. Não há  prejulgamento das ações criadas nesse encontro entre diferentes tipos de moralidade: a da direção, a dos atores e a do público. A ideia é forjar um espaço de hospitalidade, de acolhimento das diferenças, das alteridades.

Essa homenagem ao pernambucano-fluminense Nelson Rodrigues, cujo centenário de nascimento é lembrado em 2012, tem sua razão de ser na rede de pelo menos 19 coletivos e escolas de Cubatão, Guarujá, Praia Grande, São Vicente e Santos. Quem articula essa teia de dezenas de artistas em torno do dramaturgo que participou da valorização dos temas marginais e revelou o que era silenciado no discurso da moralidade é a atriz e diretora Maria Tornatore, com quase de 40 anos de militância artística na região.

Direção: Maria Tornatore | Criação: Enlace Coletivo de Artes
Dias 5, 8, 11 e 15/9. Quarta, sábados e terça, às 11h e às 15h.
Diversos locais da cidade de Santos | Livre | Grátis

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#Simbyosis https://mirada2012.sescsp.org.br/simbyosis/ https://mirada2012.sescsp.org.br/simbyosis/#comments Tue, 14 Aug 2012 15:13:02 +0000 admin https://www.mostrasescdeartes.com.br/mirada2012/?p=293 BRASIL (PA)
Roberta Carvalho

As copas de árvores à beira do lago, do cais, na praça, no vão entre prédios, enfim, são múltiplas as paisagens que ganham outras “peles” por meio das silhuetas dos rostos, dos corpos demasiados humanos nas imagens digitais videográficas ou fotográficas projetadas nesta obra afeita à instalação e à intervenção em espaços públicos, modalidades comuns às artes visuais contemporâneas e das quais as artes cênicas também se apropriam de quando em quando.

Da relação entre tecnologia e arte, abre-se o portal da natureza simbolizada por dois seres ou espécies. Simbiose é a associação entre instâncias que harmonizam seus elementos para que ambas saiam bem nutridas uma da outra. A síntese poética, no caso, vai além da mera utilização da folhagem ou do reflexo na água como anteparos.

Em ações noturnas que demandam estrutura de luz potente, as figuras, geralmente amazônicas, dialogam com o volume da árvore conforme seu entorno no local da cidade. É como se corpo/imagem se adequasse ao espaço ao qual é destinado, compondo um só organismo. Sob o prisma de folhas e galhos, por exemplo, a imagem de um homem em posição fetal pode fazer com que uma árvore se converta em ventre.

Nascida em Belém (PA), onde vive, a artista Roberta Carvalho aninha linguagens em processo de hibridismo: vai da fotografia ao vídeo, passa pelo mapping (técnica de mapear a superfície onde é projetada) e retorna à fotografia como registro desse percurso. O resultado são esculturas que têm lá sua tridimensionalidade, como atesta uma espectadora de Lorena (SP), emocionada, ao se deparar recentemente com uma árvore “piscando” para ela: “Eu sabia que elas tinham olhos e nos observavam, elas nos veem”. O contato é a chave desse trabalho embrionário da floresta, nortista-universal, em circulação pelo país desde 2008. Propõe, em suma, que a arte afete a vida das pessoas e seja afetada por elas.

De 5 a 15/9. Todos os dias, a partir das 19h.
Ponto de Encontro SESC | Livre | Grátis

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